HOME| Podcasts

Assassin’s Creed Valhalla é o jogo que a saga precisava

Alex Rodrigues

Antes de mais nada, o novo jogo da franquia Assassin’s Creed chegou com o pé na porta nos consoles da nova geração. Com gráficos super detalhados, um mundo gigantesco repleto de sidequests, diversos pontos de exploração, bem como combates insanos, Assassin’s Creed Valhalla surpreendeu até mesmo quem não esperava nada do novo capítulo.

Agora ambientado no mundo viking, Assassin’s Creed Valhalla cumpre bem em explorar o mundo junto com a mitologia nórdica. Em outras palavras, era o jogo que faltava para a série.

WandaVision: oito curiosidades que você, provavelmente, não sabia
Assista ao trailer de lançamento de Hitman III
Terceira temporada de The Boys vai abordar orgia

História

Você começa Assassin’s Creed Valhalla com Eivor, que pode ser tanto homem ou mulher. Se não quiser escolher, é possível deixar que os deuses escolham por você o sexo do personagem. Ou seja, sendo homem ou mulher, isso não influenciará em nada a história do jogo.

Eivor Marca-de-Lobo carrega nas costas um trauma de infância. Seus pais foram mortos numa invasão enquanto ainda era criança e ele leva a marca deste dia em seu rosto, uma cicatriz que sempre o fará lembrar do seu passado e por quem ele luta.

Nosso protagonista mantém um laço muito forte com seu irmão, Sigurd, e juntos deixam a Noruega em direção à Inglaterra, buscando, assim, novas alianças. Como muita gente sabe, o maior presente que os vikings podem receber é a entrada em Valhalla, paraíso onde, em suma, só entra nobres guerreiros mortos em batalha. Ou seja, você não vai para o novo país procurar novas amizades.

O clã do Corvo, que a princípio você faz parte, levanta acampamento em Ravensthorpe. Em um determinado momento, o irmão Sigurd tem que resolver outras pendências e, em outras palavras, você se torna o líder do clã. E não fique pensando que só irá resolver tudo na machadada. Como líder, você deve melhorar o assentamento, construir estábulos, lojas e bem como adicionar todo tipo de serviço como caça, pesca, tatuagens e até um local para evoluir a clarividência.

Você terá horas de arco principal para explorar, bem como diversas sidequests para dar melhorar o seu pequeno vilarejo e ainda dar aquela upada básica de vez em quando.

Assassin’s Creed Valhalla

Quando você imagina uma batalha real da era dos vikings, você pensa logo em brutalidade, membros decepados e armas poderosas. E é exatamente isso que o AC Valhalla trouxe. Prepare-se para ver membros voando, cabeças caindo feito melancias e muito sangue.

Aqui você vai deixar um pouco de lado os combates furtivos dos jogos anteriores e usar muito mais poderosos machados, lanças e espadas de duas mãos. Claro que ainda é possível desferir golpes letais com lâminas curtas, fica como opção de combate.

Além dos combates, você também poderá se aventurar em outras atividades. Por exemplo, como todo bom viking, Eivor é muito bom de copo. Nada mais justo do que entrar em uma disputa de quem bebe mais cerveja com estranhos por aí pra ganhar uma grana extra.

Novo modo de disputa

O game traz também um novo modo de disputa. Uma batalha de repente. Aqui, você vence seu oponente no insulto (se você é old gamer, verá semelhança das batalhas de insulto do Monkey Island, mas só se você for um verdadeiro old gamer!). Vale lembrar que a Ubisoft fez um comercial com o Caju e Castanha para o jogo com a dupla batalhando com o tema viking:

https://youtu.be/ywnlYNcAEMU

Tem muitas outras atividades. Um grande guerreiro viking tem que ter um tempo para salvar um gatinho em apuros (todos deveriam ter um tempo pra isso, afinal). Eivor também pode sair no tapa com um senhor que se diz “dono do sopapo”.

São todas atividades fora da quest principal, mas valem muito a pena, já que são divertidas e você soma aquela deliciosa XP extra.

E falando de XP, a série se tornou um verdadeiro RPG. A árvore de habilidades é a maior da série. Certos locais irão exigir um nível específico para combates, mas se você se garante, pode tentar entrar em uma área de nível 150 estando no 90.

O game vem com muitas horas de jogo e um vasto mapa. Pra quem curte explorar tudo irá gastar muito tempo explorando. Se você seguir praticamente só a quest principal, pode encerrar o game em torno de 40 a 60 horas. Senti que a história ficou um pouco extensa demais com atividades repetitivas. Se ele fosse 20 horas mais curto não haveria problema, ap meu entender.

Trilha Sonora

Esse foi mais um acerto do Assassin’s Creed Valhalla. A trilha sonora empolga e se encaixa perfeitamente nas cenas do jogo, dando ritmo e imersão. Além disso, os sons de ambiente foram bem executados, com gritos de guerra, sons das armas, equipamentos, cortes e no ambiente como um todo. Não há o que reclamar.

Problemas técnicos

Um dos grandes problemas do Assassin’s Creed Valhalla está nos consoles da geração anterior. Ou seja, Jogar o game num PS4 ou XBox One vai te trazer longas telas de carregamento. Até mesmo nas viagens rápidas, você irá esperar um bom tempo para mudar de localização. Isso não acontece nos consoles de nova geração com SSD.

Sem nenhuma surpresa, os bugs estão presentes no game. O personagem às vezes trava no cenário, NPCs se movimentando de maneira incorreta e os crashs (são poucos, mas estão lá).

Houveram relatos de pessoas que tiveram o save corrompido, mas não parece ser comum. Tirando os crashs, os bugs não comprometem o gameplay. Faltou um pouco de polimento mas nada muito grave.

Veredito

Assassin’s Creed Valhalla chegou como um dos grandes games da nova geração. Surpreendeu positivamente a maioria dos jogadores. É um jogo a princípio voltado mais para os fãs de RPG e destoa um pouco dos jogos antigos. Claro que quem não é tão fã assim do gênero vai se divertir ainda.

Por fim, se você é viciado em cultura nórdica e viking, vai amar muito esse novo game. Em suma, se você tiver um console da nova geração ou um PC maneiro, vai curtir demais.