‘Atypical’ (3ª Temporada) | CRÍTICA
Paola Jullyanne
Para a alegria dos fãs que já estavam bastante ansiosos, a terceira temporada de Atypical chegou na Netflix no dia 1º de novembro. O segundo ano da série terminou cheio de incertezas sobre o futuro dos personagens na trama. Sam (Kier Gilchrist), agora, precisa lidar com os desafios da faculdade; Casey (Brigette Lundy-Paine) está em conflito com seus sentimentos entre sua melhor amiga e seu namorado; além de Elsa (Jennifer Jason Leigh) e Doug (Michael Rapaport), que estão tentando salvar o seu relacionamento.
NARRATIVA FLUIDA E DIVERTIDA
A saber, contando com 10 episódios, Atypical consegue desenvolver sua narrativa de maneira fluida e divertida. Começamos exatamente de onde terminou a segunda temporada, Casey e Izzie (Fivel Stewart) de mãos dadas no estacionamento, enquanto Sam logo acabara de dizer a Paige (Jenna Boyd) que a ama. Isso foi uma característica que agradou bastante e deixou a série ainda mais única. Cada novo episódio começa exatamente onde havia finalizado o anterior.
Se a adaptação a uma nova rotina traz complicações para qualquer adolescente de 18 anos, para pessoas com espectro autista isso pode ser ainda mais difícil. Isto porque, durante uma sessão de terapia em grupo, uma das integrantes afirma que 4 entre 5 autistas não conseguem concluir a graduação em quatro anos. Esta informação é o suficiente para deixar Sam ainda mais tenso com o que está por vir.
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Mesmo contando com o apoio incondicional da família e do seu melhor amigo Zahid (Nik Dodani), Sam terá que aprender sozinho a superar os novos obstáculos. Aliás, a sua amizade com Zahid passa por alguns momentos de tensão, o que acaba levando o relacionamento deles para uma nova fase. Por falar em amizade, voltemos a Casey e Izzie, que estão descobrindo como desenvolver da melhor maneira este sentimento que é tão novo para ambas.
Por outro lado, Evan (Graham Rogers) desenvolve um interesse pela profissão de socorrista e, consequentemente, tem uma aproximação maior com Doug. Ademais, o namoro com Casey vai bem, apesar das constantes mudanças de humor da adolescente, devido a culpa por nutrir um sentimento por alguém além do seu namorado. Enquanto isso, Elsa se esforça para dar espaço ao marido, para que ele decida se ainda vale a pena manter o casamento.
NOVOS PERSONAGENS
Ademais, mesmo com a trama mais focada na família Gardner, nesta temporada podemos observar o desenvolvimento de outros personagens coadjuvantes. Ainda assim, conhecemos um pouco mais da família do Evan e acompanhamos a adaptação de Paige na universidade. Além disso, novos personagens foram inseridos na trama: dois professores de Sam, que fazem ele ter uma nova perspectiva sobre ética e arte; além de Abby (Kimia Behpoornia), que começa uma amizade com Sam.
Contudo, Atypical não é uma história sobre autismo. É sobre pessoas e sua essência. Amores e desamores, conquistas e decepções, prazeres e desprazeres. É uma narrativa que nos faz pensar sobre nossas escolhas e suas consequências. Além disso, a série retrata uma família e seus conflitos em conjunto e individuais, nos mostrando que com muito amor, paciência e empatia, podemos resolver todos os problemas que nos cercam, por mais difícil que eles pareçam.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Atypical
Temporada: 3
Número de episódios: 10
Criador: Robia Rashid
Produtora: Jennifer Jason Leigh
Elenco: Keir Gilchrist, Jennifer Leigh, Brigette Paine, Amy Okuda, Michael Rapaport, Fivel Stewart
Distribuição: Netflix
Data de estreia: sex, 01/11/19
Gênero: comédia, drama
Ano de produção: 2019
Classificação: 14 anos