Marcelo Fernandes, Autor em Ultraverso

A necessidade de efeitos especiais transforma muitos filmes atuais em experiências entediantes. É tanta informação e mão pesada de diretores que usam CGI como muleta que roteiro e texto ficam relegados à ferramentas expositivas apenas para explicar o que está acontecendo na tela. Indo em direção contrária, O Portal Secreto tem, sim, efeitos especiais, mas eles estão lá para ajudar, e não se sobrepor à história.

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Leia a crítica do filme O Portal Secreto (2023) - Ultraverso

Patrick Gibson e Christoph Waltz. Créditos: Divulgação

Algo interessante na história em si é o humor britânico presente nos divertidos diálogos. A história do jovem Paul Carpenter (Patrick Gibson), que está em busca de recolocação profissional, ou seja, desempregado. Uma série de coincidências o levam a uma entrevista numa empresa que ele nunca ouvira falar. Lá ele conhece Sophie Pettingel (Sophie Wilde), e ambos começam a perceber alguns eventos estranhos.

A montagem do longa do diretor Jeffrey Walker é rápida e esperta, e ambos os aspectos complementam-se de uma forma bem sucedida. Em relação à dupla de protagonistas, se não brilha, pelo menos não compromete. Mesmo com menos tempo de tela, a dupla de veteranos Christoph Waltz e Sam Neill, que interpretam os chefes da tal empresa, transparece na tela que deve ter sido divertido participar das gravações.

Os efeitos, como dito antes, são econômicos e simples, um refresco para quem está enjoado de tantos cenários de fundo verde. O diretor confia na história, um tanto pueril e ingênua, e na atuação dos atores, para realizar um bom filme.

Patrick Gibson e Demi Harman. Créditos: Divulgação

Conclusão

Embora alguns erros, principalmente no final com uma iluminação bem escura que mal dá para discernir o que está acontecendo, o filme dá conta em sua proposta de ser leve e para toda a família. Com um enredo que lembra bastante uma mistura de O Guia do Mochileiro com contos infantis, O portal secreto é uma boa pedida com uma história divertida.

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