Ao Seu Lado
Crítica do filme
A Fênix Negra renasceu das cinzas no cinema. Por outro lado, nos quadrinhos, isso vem acontecendo constantemente há anos. Com quase 40 anos de histórias, a entidade cósmica em forma de pássaro de fogo é um dos principais personagens da cronologia mutante, tendo longas e icônicas sagas. Se você quiser se aventurar nas confusas linhas do tempo dos filhos do átomo, bem como saber mais sobre a ordem de leitura da versão maligna de Jean Grey, vem com a gente.
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A primeira aparição dos poderes de Jean com a força Fênix se deu na centésima edição dos Fabulosos X-Men, de Chris Claremount e, posteriormente, John Byrne. Lá, iniciava a fatídica viagem espacial onde os mutantes seriam bombardeados por uma rajada cósmica. Isso afetaria a garota Marvel para sempre. Seu primeiro uso desta força foi na edição #105, onde enfrentaria um ex-arauto de Galactus (Firelord). O poder teria extrapolado na edição #108, quando consertaria toda nossa realidade ao remontar o cristal M’krann. Esta primeira investida acabou ficando conhecida como Saga da Fênix. Mas não confundam com a que vem a seguir.
Sob a influência do mestre mental e força cósmica absorvida, Jean Grey vai, aos poucos, sucumbindo à personalidade maligna da Fênix Negra. Entrando em uma grande disputa contra o império Shi’ar, a telepata terá de se sacrificar em nome do grupo a fim de deter a entidade que a possuiu. Esse fato gera, assim, um dos maiores clássicos da história da Marvel Comics.
Lançado alguns anos depois, este one-shot mostra o final original que deveria ter ido para a edição #137. O desfecho, entretanto, acabou sendo vetado pelo editorial. Apesar do roteiro terminar com Jean viva, a forma como seus poderes são sugados pelo império Shi’ar é brutal e marcante.
Por ser uma premissa bastante marcante, duas vezes esta hipótese foi ensaiada pela Marvel. A primeira, em What If (1977) #27. Já a segunda ocorreu em What If (1989) #32-33. Ambas seguiriam o roteiro original, lançado na “História Não Contada”, quando os poderes de Jean foram retirados pelos Shi’ar, mas com consequências diferentes. Na primeira, a força Fênix vai retomando seus poderes, até derrotar Galactus e passar a sair escondida para devorar planetoides. Ao ser questionada, acaba incinerando Kitty Pride e outros X-Men. Além disso, ao final, ela acaba consumindo a si mesma e o universo em uma explosão de remorsos. Por outro lado, na segunda, temos a força Fênix percebendo não ser a verdadeira Jean Grey e indo matá-la para que vivesse sua vida. Com remorsos, ela acaba gerando um futuro semelhante a “Dias de um Futuro Esquecido”.
Um dos pontos mais importantes desta história viria, não uma história dos X-Men, mas do Quarteto Fantástico, de John Byrne. Na edição 286 da revista, descobrimos que a Fênix Negra não era a verdadeira Jean Grey, mas sim uma personificação da entidade cósmica. A verdadeira Jean, por sua vez, permanecia adormecida no mar desde então. A partir daí, alguns novos pontos dessa história seriam contados em X-Factor #38, na revista Clássicos dos X-Men #8 a #13 e Excalibur #61.
Saltando para o ano de 2002. O oitavo arco de histórias de Grant Morrison à frente dos X-Men. A força Fênix foi, aos poucos, retornando em Jean Grey. Houve breves aparições e diálogos em edições anteriores. Até que a força finalmente explode, dando um renascimento completo da entidade. Por causa disso, Jean Grey tem uma nova morte por sacrifício para salvar a humanidade. Desta vez, nos braços de Wolverine.
Em seu último arco, Morrison mostra o futuro final dos X-Men. Em mais um sacrifício, Jean consegue mandar Scott de volta para o presente para que este tenha uma vida ao lado de Emma Frost.
Lançada em cindo edições no ano de 2005, a minissérie traz o império Shi’ar libertando a Fênix a fim de matá-la de vez. Se libertando e revivendo Jean Grey, o embate gira em torno de tentar conviver com a entidade, bem como seguir em frente e se deixar aprisionar no cristal M’krann.
Escrita por Greg Pack, assim como na minissérie anterior, a Canção de Guerra da Fênix surge no ano seguinte. A edição retoma as irmãs Stepfords, a mutação secundária, e várias outras inovações implantadas por Grant Morrison aos mutantes. Uma interessante característica é que essa é a primeira saga da Fênix sem a presença de Jean Grey.
Durante a fase de Brian Michael Bendis nos X-Men no Marvel Now, os cinco mutantes da primeira classe do professor Xavier viajam para o presente para tentar convencer Scott a largar sua cruzada idealista. Com isto, surgem várias questões destes lapsos temporais. Alguns como as abordadas na revista solo desta jovem Jean Grey deslocada no tempo. A garota Marvel tem visões de seu futuro sendo dominada pela força Fênix. Por conta disso, ela acaba tecendo um grande treinamento para afastar este terrível destino.
Em uma investida para encontrar o clássico e o novo, a Marvel proporcionou um grande encontro entre a jovem Jean Grey, que estava perdida no presente, com a Jean Grey dos anos 80, antes de se tornar a Fênix Negra. Utilizando ainda seus poderes de forma mais branda, as duas terão várias aventuras juntas, incluindo uma incursão contra Galactus.
Por fim, a minissérie em cinco partes é a mais recente aparição da força cósmica nas HQs dos mutantes. Em mais um retorno à Terra, Fênix exuma o corpo de Jean. Desta vez, a luta acontece em seu subconsciente, criando barreiras contra a entidade. Com uma batalha mais íntima, tendo a ajuda dos X-Men, Jean consegue convencê-la de se afastar e seguir em frente.
Enfim, várias outras questões envolvendo a Fênix rechearam as páginas dos mutantes. Seja no universo Ultimate, onde Franklin Richards acabou se tornando o receptáculo, ou em toda a vasta saga de Rachel Summers como uma nova hospedeira, além de toda a consequência que isto traz (incluindo o embate ‘Vingadores vs. X-Men’, e o “Quinteto Fênix”). E vocês, o que acham que faltou no guia? Esperam ver esta grande antagonista em breve novamente?