Ao Seu Lado
Crítica do filme
Todos os caminhos levam à Roma. Inclusive os caminhos do cinema, e, por que não, do pipocast.
Hoje a galera do Pipocast bate um papo mega completo e divertido com o autor best-seller Eduardo Spohr, na expectativa do seu livro SANTO GUERREIRO: ROMA INVICTA, e celebrando os 20 anos do lançamento de GLADIADOR.
Mas para já aquecer antes do play, listamos aqui para vocês alguns filmes para entender a cronologia de Roma na TV e no cinema.
Um dos filmes que abordam um dos tempos mais antigos de Roma. Ambientado em 508 a.C, um dos maiores clássicos do cinema conta a história do surgimento da República romana, ameaçada pelo seu antigo rei Tarquínio, o Soberbo. Um filme imortalizado e que traz com grande precisão uma época caótica de Roma que ainda estava longe de se tornar um grande império.
Buscando vingança, o grande Aníbal (Victor Mature), general de Cartago, vai à Roma com seu exército de elefantes na histórica travessia dos alpes. O filme aborda a segunda guerra púnica que ocorreu entre 218 a.C. e 201 a.C.
Um dos filmes mais importantes da história do cinema, o clássico de Stanley Kubrick traz a história do escravo Spartacus (Kirk Douglas) ao se tornar gladiador e liderar uma das maiores revoltas de escravos que a história de Roma já viu. A ambientação ocorre entre 71 e 73 a.C.
A história de Spartacus também ganhou um remake para TV em 2004, e dois seriados norte-americanos em 2010 e 2011.
Outro grande clássico do cinema, desta vez dirigido por Joseph Mankiewicz e tendo Marlon Brando no papel de Marco Antônio. O filme adapta a emblemática peça de Willian Shakespeare, de onde surgiram as icônicas “A sorte está lançada” e “Até tu Brutus”. O filme sobrevive ao teste do tempo e mantem-se atual e surpreendente mesmo aos mais desacostumados com o cinema antigo.
A história do general Júlio César se passa entre 49 a.C. e 44 a.C. e foi abordada também no clássico Cleópatra, também de Mankiewicz, na série Roma, e claro, na série de filmes e quadrinhos de Asterix e Obelix.
Pode parecer repetição, mas este também é um dos maiores clássicos do cinema, e talvez o maior da lista. Ben-hur foi indicado para nada menos do que doze óscares, dos quais venceu onze, incluindo melhor filme. Durante anos, a história do príncipe que se tornou escravo foi a segunda maior bilheteria do mundo.
Apesar de ser uma história fictícia, a ambientação e contos paralelos que cercam a jornada de Judah Ben-Hur o fazem valer como um grande material de imersão para a Roma Antiga.
O filme se passa em paralelo com a história de Jesus Cristo, por volta do ano 30, e ganhou uma minissérie em 2010 e um remake em 2016 com Rodrigo Santoro no papel de Jesus.
Apesar das grandes polêmicas envolvendo a repercussão do filme, a Paixão de Cristo é sem dúvidas o maior retrato da vida do ser-humano mais famoso do mundo.
Dirigido por Mel Gibson e tendo Jim Cavizel interpretando o personagem título, o filme contou com uma recriação bastante precisa da época, e até mesmo falas ditas em hebraico. Por toda a importância de constatações históricas desta época, é um filme no mínimo interessante para ser visto, independente de credo.
Atualmente, Gibson e Cavizel trabalham numa sequência intitulada A Paixão de Cristo: A Ressurreição.
Tão polêmico quanto o anterior, Calígula traz Malcolm McDowell como o imperador Gaius em uma trama cheia de imprecisões históricas, mas com vários momentos interessantes sobre a vida do imperador tirano que governou Roma de 37 a 41. O filme se tornou conhecido por ser a primeira produção a ter sexo explícito com atores famosos (incluindo o eterno Peter O’Toole), e por ter cenas filmadas por Bob Guccione (fundador da revista Penthouse).
Retornando aos clássicos, a adaptação do livro de Henryk Sienkiewicz traz uma grandiosa história ambientada durante o reinado do imperador Nero (54 a 68). Além de marcar forte presença nas premiações, a história do general Marcus Vinicius é de suma importância por trazer os, até então desconhecidos, Bud Spencer, Sophia Loren e Elizabeth Taylor. Um grande filme obrigatório para os amantes de Roma e do cinema.
Além de várias produções antes, o filme também ganhou um remake para TV em 1985, e numa produção polonesa de 2001, que chegou a concorrer ao óscar de melhor filme estrangeiro.
Avançando um pouco mais, temos o início da Pax Romana de Marco Aurélio, e seu embate contra o filho Cômodo. Este momento histórico foi abordado em duas grandes obras distintas, onde ambas tomaram severas liberdades criativas.
Em A queda do Império Romano, temos Marco (Alec Guimess) sendo assassinado com uma maçã envenenada dada por um velho ancião partidário de Cômodo (Cristopher Plummer).
A trama segue as intenções do imperador sábio em deixar o trono para Livio (Stephen Boyd), e é contado pela perspectiva de sua filha Lucila (Sophia Loren). O longa, apesar de aclamado pela crítica, foi um grande fracasso do estúdio, mas segue eternamente como um dos filmes que mudaram o cinema.
Já em Gladiador, o filme mais recente da nossa lista, nós acompanhamos o fictício general Maximus (Russel Crowe) em sua jornada ao se tornar escravo, gladiador e uma das maiores ameaças ao novo imperador Cômodo (Joaquim Phoenix).
Ao contrário de seu antecessor, o longa de Ridley Scott não só foi um grande sucesso de público e crítica como chegou a vencer 5 dos 12 óscares ao qual foi indicado.
Segundo Ridley Scott, uma sequência vem sendo planejada para seguir a história 35 anos depois e acompanhar as consequências do grandioso final do filme.
Quer saber um pouco mais sobre estas obras, sobre os bastidores de gladiador e sobre a real história de Roma durante todo seu apogeu?
Dá uma escutada lá no Pipocast #056 – Tudo sobre Roma com Eduardo Spohr, e não esqueça de nos mandar o seu feedback em pipocadepedra@gmail.com