Áster

Áster prepara EP com mistura de ritmos e mensagem potente

Monique Ferreira

Com o ideal de passar sua mensagem em forma de canção, a Áster é uma banda de Campos dos Goytacazes (RJ), formada em 2013. O grupo traz em suas letras uma temática de conscientização social, além de abordar temas autorreflexivos, em uma mistura de ritmos baseada no rock. Atualmente a banda está em processo de produção de seu primeiro EP, que irá refletir o momento atual do mundo em temáticas políticas e pandêmicas.

A Áster carrega em sua música o diferencial de trabalhar a poesia das letras com a mesma qualidade que aplica em suas melodias. Portanto, seria impossível conversar com os integrantes sem citar suas principais referências, a mensagem e o processo de transformar tudo isso em música. Assim, convidamos os integrantes e compositores Johnny Punk (guitarra) e Tamy Freitas (voz) para contar um pouco mais sobre este projeto.

Confira!

Áster existe desde 2013 tocando em diferentes ambientes, de bares a casamentos, com vários formatos. Qual é o segredo pra manter essa versatilidade por tanto tempo?

Tamy Freitas: Olha… Se tem um segredo a gente não sabe, não nos contaram (risos).

Johnny Punk: Brincadeiras à parte, é você amar muito o que faz. Porque tem dois fatores que nos levaram a esse pensamento e postura. Sabemos das diversidades que enfrentamos nessa jornada e digo que só com amor mesmo ao que faz pra manter esse pique de logísticas diferentes, repertórios e arranjos diferentes.

E por outro lado também o fato de ter que nos adaptarmos ao cenário que estávamos entrando pra mostrar nosso trabalho, então pensamos “vamos tocar no máximo de lugares possíveis e ir agregando o máximo de público, em diferentes estilo, possíveis pra nos colocarmos em evidência”. Para, dessa forma, mostrarmos nossa cara como banda, com nosso próprio pensamento e estilo.

A Áster está produzindo seu primeiro EP. Como está sendo esse processo?

Tamy: Está sendo uma experiência e tanto. É como você ver o nascimento de um filho, sabe?! Desde a elaboração do estilo, as letras criadas, o arranjo que iriamos colocar nesse trabalho. É um processo longo, trabalhoso, mas muito gratificante, cada momento, cada segundo.

Qual é a proposta do EP e o que podemos esperar dele?

Johnny: O EP é nosso primeiro trabalho, nossa identidade, em que vamos mostrar quem somos. Com a proposta de elevar o potencial do rock com nossas misturas de estilos e letras pensantes, queremos estimular as pessoas, justamente a pensar sobre assuntos cotidianos, internos em nossas reflexões e críticos desse mundo em que vivemos. E com isso trazemos um pouco dessa ideia com o lançamento desse EP.

Então, podem esperar desse EP misturas alucinantes em ritmos envolventes. Que vão te fazer pensar e dançar. Nossa ideia é fazer os ouvintes viajarem nos arranjos, como se estivessem sendo transportados pra outro mundo, mas em contra partida teremos letras que prendem a atenção e fazem pensar. Isso gera o ciclo de “tenho que ouvir essa música de novo” e se isso for atingido já mostra que nosso objetivo de fazer você pensar está dando certo.

Pelos pequenos spoilers que recebi, vocês trabalham com o conceito de letra-poesia. Qual é a mensagem que vocês querem passar?

Johnny: A vida é um ciclo e todos nós temos momentos de alegrias, tristezas, protestos, injurias, amores. Nós queremos motivar as pessoas a acordarem um pouco pra vida, sabendo respeitar seus momentos. Olhar pra si mesmo e reconhecer seus valores e os reconhecer em nossos semelhantes também. Inspirar pessoas a lutarem quando for preciso, ouvir sempre que possível e amar enquanto viver. O mundo está em um processo de transformação e autoconhecimento, e queremos ajudar as pessoas a refletirem sobre si, sobre os valores que nos impões e o que virou importante aos olhos do mundo.

Por que a escolha desse formato?

Johnny: Estamos brigando por lados e pessoas, onde o mundo devido está caminhando pra frente e como um todo. Por isso a escolha dessa forma de expressão através de poesia. Acredito que estimulando o pensamento podemos evoluir um todo e não apenas enriquecer fulanos e ciclanos com tudo que é imposto a nós. Como, por exemplo, até nossa forma de pensar.

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A história do rock nacional nos apresentou grandes poetas e musicistas, que com certeza foram influência para vocês. Além do rock, vocês buscam influencias em outros estilos?

Johnny: Com certeza! Hoje em dia é quase impossível não se influenciar por variados gêneros, seja em qualquer área da vida. Nós temos, por exemplo, em nossas vertentes, misturas que agregam Ragga, Eletrônico, Hip-Hop, além dos variados estilos dentro do próprio rock, como o Hard Rock, Glam Metal, Funky Rock, Hard Core, entre outros. É difícil até definir qual estilo de rock nós somos devido a tantas misturas (risos)!

Tamy: Eu, particularmente, busco referências em estilos como Trip Hop, Rap, Eletro. Acho misturas que dão certo com o rock, se souber encaixar direitinho.

Seguindo esse pensamento: além de música e poesia, quais são as outras artes que influenciam a banda?

Johnny: A gente tem muita influência também da parte teatral e da dança, agregando até essas influências aos nossos shows. A arte de forma geral é muito inspiradora pra todas as partes, então, pra nós foi só juntar os gostos, paixões e experiências que surgiu nosso projeto.

Tamy: Também busco referências em filmes musicais, quanto a composições e ideias futuras, para cenário, figurinos e afins. Nesse sentido, outra arte que me inspiro muito e inclusive, temos como proposta incluir nos shows e clipes, é a dança. Dança num show de rock? Que loucura! Mas sim, vai rolar! E isso tudo afeta nas composições, principalmente dos arranjos. Porque temos uma gama enorme de possibilidades e misturas, além de podermos brincar, usar e abusar da criatividade, sem nos prender a rótulos de “uma banda de rock”.

Por fim, quais são os três artistas da cena nacional que vocês convidariam para um sarau?

Johnny: Essa pergunta é muito difícil! São tantas influencias e inspirações na atualidade que fica difícil de escolher só três. Num pensamento conjunto com a Tamy, convidaríamos a Pitty, Marcelo Falcão e Black Alien.

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Maré do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Monique Ferreira

Monique Ferreira é produtora artística, de eventos e audiovisual. É CEO da agência Na Beira do Palco, que realiza eventos no mercado independente do Rio de Janeiro e atua com lançamentos e produção artística de bandas e músicos. Se dedica à produção de conteúdo web sobre music business para artistas independentes.
NAN