‘Cleanse’ é o maravilhoso clima de fim de festa da banda Joywave
Cadu Costa
Os americanos da banda Joywave chegaram mais uma vez para encerrar sua festa. A banda de indie rock de Rochester, Nova York, entrega mais um álbum extremamente conceitual feito pelas mãos de Daniel Armbruster (vocal), Joseph Morinelli (guitarra) e Paul Brenner (bateria). Vem que o ULTRAVERSO te conta o melhor do disco.
O intenso 4º álbum de estúdio do Joywave, ‘Cleanse’, foi lançado recentemente, é o mais curto de sua carreira, e sem dúvida o mais emocional. Temas de morte, estar entediado com a vida cotidiana e as mídias sociais é algo que não é novo na banda. O segundo álbum deles, Content, de 2017, já colocava a questão no título do álbum.
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Festa estranha, gente esquisita… ou não
Mas agora, eles soam mais sensíveis, mais afetados pelo mundo à sua volta. Sabe aquele clima de final de festa, quando tá todo mundo chapado e colocam as músicas mais viajantes justamente para irmos pensando na noite como uma extensão do planeta e ficarmos questionando o porquê de estarmos ali? Então, é sobre isso.
Escutando “Every Window Is A Mirror” você pode tanto imaginar estar numa multidão quanto o silêncio do seu quarto. A música resultante suaviza os pensamentos, optando por ritmos de bateria diretos e refrões cantados implorando para serem gritados por grandes públicos de arena. Ou por alguém bêbado andando sozinho na rua.
Clima nostálgico e “familiar” permeia o álbum
Porém, faixas como “Cyn City 2000” e “Buy American” fazem você se levantar e bombar novamente. Mas não se engane: o Joywave abraça o pop dançante encharcado em teclados eletrônicos e ritmos de guitarra otimistas, típico do soft rock dos anos 80.
E, nesse sentido, é bom demais. A música, em geral, te dá asas e em “Cleanse”, é permitido voar até onde se quiser. Basta fechar os olhos e imaginar.
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Conclusão
As músicas do Joywave estão brilhantes aqui, bem trabalhadas e carregadas de doces melodias para os ouvidos. Inegavelmente cativante, mas também inquietante, especialmente se você estiver prestando atenção nas letras. Que carregam uma falsa sensação de segurança e apatia. E na luta por conexão e realização em uma cultura descartável repleta de distrações e superficialidade, acredite. “Cleanse” é um álbum que vale a pena ouvir.