Perigosah | Banda estreia com clipe de “Deusas & Diabas”
Guilherme Farizeli
Em primeiro lugar, bora correr perigo juntos? Essa é a provocação da banda Perigosah, formada por quatro músicos badalados da cena mineira. A cantora paranaense Fernanda Polse, que mora em Belo Horizonte, onde também vivem a baterista Isabella Figueira, o guitarrista Matheus Fleming e o baixista Salomão Terra. A saber, todos mineiros.
O single “Deusas & Diabas” (letra de Fernanda e músicas de todos) foi traduzido num clipe leve, intenso, divertido e sensual. Com ares de Quentin Tarantino, bastante catchup na pizza em vez de sangue e lançado na última quarta (1º).
A canção
Nesse sentido, “Deusas & Diabas” é um caldeirão que agita bateria eletrônica, synths, baixo, guitarra, bateria, percussão e muitas vozes. Tudo sob a influência dos indies rock, pop e um arrocha surpresa ao final. “Ela está inserida numa cena brasileira que é múltipla, que é rebolante, que tá aí querendo ser desabotoada! A música fala de potências e de forças arquetípicas, como sol, lua, santas, deusas e diabas. E, para mim, nenhuma deusa vem sem ser um pouco diaba também“, avisa a vocalista.
Para Fleming, a música embala “ritmos dançantes inspirados em LCD Soundsystem e Yeah Yeah Yeahs com uma letra empoderada. E, é claro, com um toque de brasilidade misturando tudo“. Parece que esse quarteto toca junto há anos! O single foi gravado no estúdio Ilha do Corvo, com produção do grande Leonardo Marques (Diesel, Udora e Transmissor) e é apenas a primeira faixa de um disco que já está em produção.
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O vídeo
O clipe foi dirigido por Natasha Vassou e Lucas Espeto, sobre argumento da banda. Além disso, a direção de fotografia foi assinada por Túlio Cipó (Djonga, Lamparina, Edgar), com a Babilonya Film Music, e a direção de arte, por Camila Buzelin, da Cenografia Sensível (Rosa Neon, Baka, Hot e Oreia, Localiza, Stella Artois e Skol Beats). Ao passo que Zefini fez a montagem e a pós-produção. O estilo foi criado por Daiana Arcanjo bem como por Carina Fonsec aka DAYKA (Lamparina, IMUNE) e a beleza por Tabata Caetano (Hit Parade). Tudo realizado com recursos da LAB, da Lei Aldir Blanc.
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Sobre a banda
O nome Perigosah vem de um desejo da banda de borrar as noções sociais de pureza e perigo. Um bom exemplo disso é a ideia de que a casa é um lugar seguro ao contrário da rua, sempre vista como um perigo. Em paralelo, muitos abusos e assédios se efetivam dentro das moradias. E a rua, que historicamente soa perigosa, é também o lugar do encontro, do respiro, onde achamos os nossos seus pares, a nossa família do coração e construímos alianças. E, a partir dessas alianças, criamos o que pode nos transformar.
“Para nós, ter uma banda chamada Perigosah é ultrapassar a noção de que o perigo só pode ser ruim. O que pode ser considerado perigoso hoje? Para o sistema vigente é ter consciência, alegria, amizade, gozo. Quando a gente pensa na persona da banda, pensa que esse perigo corresponde a gozar da alegria de fazer música, de ser artista e de aglutinar pessoas e causas. Esse é o tipo de perigo que a gente quer correr. Vem!“, instiga Fernanda.