BBB19 Big Brother Brasil 2019

BBBLAH! NO AR! #1 – Big Brother Brasil 2019

Lohan Lage Pignone

E começou o reality show mais famoso do Brasil: o BBB!

Sim, senhores, não se espantem: o BLAH!ZINGA não ficará de fora do universo dos realities. Afinal de contas, quem é que nunca deu uma espiadinha na vida alheia, não é verdade? E quanto ao BBB, peço licença para nomear este artigo (e os que virão sobre o mesmo tópico) de BBBlah! Excepcionalmente hoje(17/01), lançamos o BBBlah! na quinta-feira; mas a partir da semana que vem, fiquem ligados: teremos uma análise toda quarta-feira.

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O Big Brother Brasil marcou a geração de muitas pessoas. São dezoito anos de programa e, se analisarmos bem, é impressionante como esse reality baliza o sentimento do brasileiro em relação a tantos assuntos. Por causa do BBB, já se discutiu política social, sexualidade, assédio, bulimia, direitos da terceira idade, infidelidade, gênero, cotas raciais, agressão contra a mulher, preconceito linguístico, poliamor, guerra na Síria, e tantas outras pautas inerentes ao nosso cotidiano que nenhum outro programa de entretenimento televisivo conseguiu potencializar nessa dimensão estratosférica.

Big Brother Brasil / Big Brother Brasilnet

Daí você vem e diz: mas precisa de um programa como o BBB para abordarmos tudo isso?

Ora, e desde quando o BBB vê essas questões como necessidade? O BBB é um reality show de entretenimento, minha gente. Essa é a proposta do programa, since always. Quem cria grandes expectativas sobre o BBB é quem, geralmente, o classifica como lixo, como desperdício de tempo, como lavagem cerebral. Nunca foi tão fácil ter acesso a outros meios de entretenimento televisivo, a outros canais, a outras programações: pega o controle remoto, zapeia isso aí, assina a Netflix, inscreva-se nos canais dos youtubers, enfim. Opções é que não faltam para o seu bem-estar e seu gosto, basta que saia do comodismo típico de enaltecer qualquer outra atividade em detrimento do BBB. “Melhor ler um livro ou assistir a um filme do que ver BBB”, ok, eu também acho, mas nem por isso preciso assumir uma posição radical exclusivista e me referir ao BBB como se fosse o Lord Voldemort do entretenimento. Isso já deu, né, gente?

Big Brother Brasil / Internet

E o BBBlah! vem pra desmistificar isso. O termo “cult” é muito abrangente. Cultura é tudo aquilo que compõe a nossa história e orienta o modo como enxergamos o todo, a vida. Como já disse no início, o BBB faz parte, quer você queira, quer não, da nossa cultura. Mais que isso: talvez só esteja abaixo das novelas no que diz respeito à influência histórico-cultural no meio televisivo. “Ah, mas aquilo tudo lá é manipulado”, ok, mas veja bem, vou te contar um segredinho aqui ao pé do ouvido: tudo no meio do entretenimento é manipulado. Nada é impune. Tudo possui roteiro. Sim, até mesmo os realities shows. Isso não quer dizer que os participantes de um reality estejam encenando um papel (não necessariamente), mas por trás deles, por trás de todo o esquema criado, desde o processo seletivo, há um parâmetro, há um diretor que pratica as movimentações necessárias em prol, sobretudo, da audiência. Como já dizia Einstein, “Deus não joga dados”, e muito menos a produção de todo e qualquer programa.

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Pois bem, dito tudo isso (acho que falei demais), que comecem os jogos! O BBB estreou na última terça, 15/01, e a meu ver, as novidades apresentadas não colaram muito. É natural que se busque cada vez mais artifícios criativos para que se renove o formato, no entanto, nem sempre esses novos caminhos agradam. A entrada dos participantes ao vivo não aconteceu. Ao contrário disso, foi realizada por volta das 14 horas, através de uma prova já valendo imunidade para duas pessoas. Mesmo quem tem pay-per-view não viu, afinal, o programa não havia estreado oficialmente. A decisão da prova, aliás, foi bastante questionável: após uma revisão, a dupla vencedora perdeu a imunidade devido à corda que os unia ter arrebentado. Ok, mas isso não foi culpa deles, eles mantiveram as mãos unidas.

Big Brother Brasil / Internet

Enfim, vamos às apresentações: o ponto alto da edição. Ficou divertido e, não sei se a maioria teve essa impressão, mas me levou a gostar e a querer torcer por quase todos eles. Temos uma youtuber vegana, um vendedor de queijo e um de picolé, um laçador de cavalos, uma psicanalista que já se casou seis vezes (será que vai sair casada do BBB?), um trio de loiras que ainda estou tentando diferenciar, um surfista good vibes… enfim. Prefiro aguardar mais o desenrolar do jogo para que esse gosto refine mais e, aí sim, eu possa expressar com mais propriedade minha opinião sobre eles e quem, a meu ver, está se destacando mais.

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A princípio, notei que há um refletor maior direcionado para a participante Hana, que, por se assumir vegana, pode ter sido vista sob um viés exótico (aos olhos da edição). Nunca houve um vegano em todos os BBB’s. Inclusive, esse assunto gerou, ao vivo, um comentário indelicado do Tiago Leifert, ao tratar com zombaria o fato de Hana ter possivelmente consumido, sem querer, um alimento que contém ovos. Leifert não perde a chance de dar sua pisada na bola… mas vida que segue, tem muita estrada pela frente.

Big Brother Brasil / Internet

A grande novidade ficou a cargo do anúncio de que haverá um Superparedão, com 14 participantes, e o povo vai votar em quem quer que permaneça na casa. O menos votado vai rodar. Bem, não sei ao certo como vai ser o andamento da coisa toda essa semana, mas essa novidade tirou bastante a oportunidade de vermos os brothers se comprometerem já na primeira semana, tendo de indicar pessoas ao paredão. Ou seja… aparentemente, a friendzone vai durar mais tempo nessa edição.

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Por hoje é só. Semana que vem teremos mais material para ser comentado e analisado aqui no BBBlah!. Que seja divertido. Bora espiar sem preconceito?

Lohan Lage Pignone

Lohan Lage Pignone, 31, é nascido no Rio de Janeiro (RJ) e atualmente reside em Nova Friburgo (RJ). Graduado em Letras (Port./Lit.) pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduado em Roteiro para Cinema e TV, pela UVA. Publicou, em 2011, o livro “Poesia é Isso” (Ed. Multifoco). Assinou o roteiro e dirigiu o documentário em curta-metragem “Terra Nova, Friburgo”. Formou-se em Direção (Cinema) pela AIC.
NAN