Crítica de Série | Better Call Saul (Os cinco primeiros episódios)

Sabrina Rodrigues

“Advogados. Somos iguais a plano de saúde. Espero que vocês nunca precisem de nós, mas, pô, cara , não tê-los? Não dá.” 

Breaking Bad foi um dos maiores fenômenos  mundialmente, virou referência, entrou para a história da TV. O sucesso da série foi tamanha que um spin-off tornou-se algo inevitável. Muitos fãs ficaram divididos entre a euforia e o medo, pois não achavam que o produtor Vince Gilligan pudesse repetir o sucesso de BB. Os fãs chegaram até mesmo a temer um possível flop – a palavra da moda para algo que não alcança sucesso.

Mais uma vez, Vince foi ousado e junto com Peter Gould criaram Better Call Saul, um advogado que em Breaking Bad resolvia tudo, qualquer problema era Better Call Saul. O personagem Saul Goodman, do lendário comediante de 52 anos, Bob Odenkirk, caiu nas graças do público e foi assim que se desenvolveu a ideia de fazer uma série exclusiva sobre o advogado Jimmy McGill, porém, seis anos antes de ser o advogado Saul Goodman do Sr. Walter White, o Heisenberg de Breaking Bad.

Better Call Saul estreou pela Netflix no dia 9 de fevereiro desse ano com altos índices de audiência, conquistando o público e a crítica.

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No primeiro episódio, Uno, vemos um Jimmy McGill lutando para manter o orçamento em dia e em busca de clientes como defensor público que ganha cerca de 700,00 dólares a cada réu que defende. De cara, percebemos, como em Breaking Bad, o enquadramento num tom escuro, mas com cores fortes. Uno é uma pequena demonstração da transformação de um advogado que antes trabalhava numa lanchonete, e que agora encontra-se abarrotado em dívidas e que não mede as consequências quando se trata de se dar bem.

Alguns personagens de Breaking Bad surgem também em Better Call Saul, como Mike Ehrmantraut, interpretado por Jonathan Banks, que em BCS trabalha num estacionamento não facilitando em nada a vida de Jimmy McGill. Temos também uma participação especial de Raymond Cruz, o Tuco Salamanca, no episódio Mijo onde Jimmy tenta dar o golpe na esposa de um tesoureiro acusado de fraude, entretanto a tentativa dá errado e a tentativa de golpe é aplicada na avó de Tuco e vale a pena assistir ao episódio para ver no que isso vai dar.
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O terceiro episódio chama-se Nacho e é um desenrolar das trapalhadas em que Jimmy McGrill se envolve e ele tem que provar que o seu perigoso cliente é inocente. Daí, já começamos a nos deparar com alguns personagens que se tornarão recorrentes na série como o seu irmão Charles “Chuck” McGrill (Michael McKean) que sofre de uma estranha doença que o faz ter um hipersensibilidade eletromagnética.

O episódio Hero é uma demonstração do quanto a série está melhor a cada episódio e do quanto Jimmy está evoluindo nas suas armações. Meu palpite? A série já é um sucesso, se não se tornar o fenômeno como Breaking Bad, vai ficar bem perto. Se você ainda não assistiu corra!


 

Sabrina Rodrigues

NAN