Conheça a Bikini Kill, banda feminista que fará show em São Paulo

Banda Bikini Kill, criadora do movimento Riot Grrrl, virá ao Brasil em março - Foto: Divulgação

Bikini Kill: conheça a banda precursora do Riot Grrrl que virá ao Brasil pela primeira vez

Marcelo Fernandes

Bikini Kill, banda punk feminista criou movimento nos anos 90 e influencia meninas a formarem seus próprios grupos até hoje. O grupo se apresenta com show único, em São Paulo.

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Os anos 90 foram abundantes em produção musical, mais especificamente o rock. Entre o nascimento e a morte do grunge no mainstream, um movimento centrado no protagonismo feminino apareceu na cidade de Olympia, no estado de Washington: o Riot Grrrl. A principal banda dessa cena, a Bikini Kill, irá se apresentar em um show único ano que vem em São Paulo.

Liderada pela vocalista Kathleen Hanna, o grupo conta com a baterista Tobi Vail, e a baixista Kathi Wilcox, a Bikini Kill inspirou e incentivou diversas bandas com mulheres em todos os instrumentos, saindo da posição de apenas cantoras como era antes com raras exceções. Bratmobile, L7, e muitas outras. O movimento Riot Grrrl veio de um fanzine escrito pela vocalista e brinca com a palavra “girl” e a onomatopeia “grrrr”, que simboliza raiva.

Conheça a Bikini Kill, banda feminista que fará show em São Paulo

Banda Bikini Kill, criadora do movimento Riot Grrrl, virá ao Brasil em março – Foto: Divulgação

Punk, feminismo e empoderamento feminino

Influenciada pela cultura punk e pela teoria feminista, Hanna criou o Bikini Kill com suas amigas de faculdade. Nos shows, as mulheres eram chamadas para ficar na frente do palco, enquanto os homens deveriam ficar atrás. A banda também era conhecida por manter um embargo à grandes veículos de mídia, com a divulgação de shows e discos sendo feitas principalmente por meio de fanzines e no boca a boca.

As integrantes do grupo tinham uma relação muito próxima com grandes estrelas da época, principalmente com estrelas do underground como Sonic Youth, e o Nirvana, incluindo tretas entre a vocalista do grupo e a esposa de Kurt Cobain, Courtney Love. Isso inclui uma vez que a vocalista do Bikini Kill  foi agredida em um Loolapalooza enquanto assistia um show pela vocalista do Hole.

As letras buscavam empoderar meninas e mulheres, muito antes do termo tornar-se moda, e ainda hoje contribuem para diversos debates. Após o término da banda, Kathleen Hanna criou outros dois projetos, o Le Tigre e Julie Ruin. Ambos foram muito bem recebidos por críticos e fãs, mas não causaram o mesmo impacto da Bikini Kill.

A apresentação única acontece na Audio, em São Paulo, no dia 5 de março. Os ingressos já estão disponíveis para venda no site https://www.ticket360.com.br. Os preços estão a partir de R$ 165,00. Há a possibilidade de meia entrada social por meio da doação de um quilo de alimento não perecível.

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Marcelo Fernandes

Jornalista, músico diletante, produtor cultural e fã de guitarras distorcidas e bandas obscuras.
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