Festival do Rio 2023 – Blackberry apresenta um ótimo exemplo de sucesso e fracasso
Bruno Oliveira
Blackberry é mais um desses filmes que tem estado na moda no momento: o gênero que pega algum empreendedorismo de sucesso e mostra toda a sua ascensão e queda. Nesse caso, o assunto é o famoso telefone Blackberry que fez um enorme sucesso no início dos anos 2000. Se você era bem sucedido, se era alguém com a reputação a zelar, provavelmente era um possuidor de tal telefone. Problemas legais e a chegada do iPhone, em 2007, levaram essa inovadora empresa a ser praticamente esquecida.
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A história começa em 1996 quando Mike Lazaridis (Jay Baruchel) e Jim Balsillie (Glen Howerton) se uniram para criar o celular Blackberry. Enquanto um era a mente do projeto, o outro usava de todas as suas artimanhas possíveis para vender o projeto. O que vemos durante toda a projeção é a ascensão meteórica de um produto que se extinguiu com a mesma velocidade que fez sucesso. Nesse percurso, acompanhamos todas as situações importantes passadas por essas pessoas nesse curto período.
Tudo baseado em fatos
Tenho que lembrar que essa história é baseada em fatos. É uma completa loucura pensar que tudo o que vimos durante todo o longa é verdade. Provavelmente devem ter momentos mais romanceados do que outros, mas as coisas aconteceram. O sucesso pode ser ótimo, mas a ganância pode te levar a ruína. Em determinado momento o personagem de Jim Balsille diz que para ter sucesso é preciso fazer sacrifícios. O problema é que a conta chega no final do dia e tudo o que você almejou, pode simplesmente virar pó.
Mas o que aconteceu para essa grande empresa, que dominou o ramo dos telefones, simplesmente sumir do mapa? Dois fatores foram determinantes para isso, e praticamente, ocorreram ao mesmo tempo: as ações de Jim Balsille que culminaram em golpe fiscal; e não ver a Apple chegando com tudo no retrovisor. A primeira foi feita com todo o intuito de se tornar grandiosa e não precisar ser comprada de forma hostil. Entendo o movimento, mas cavou um buraco grande para o declínio. O segundo motivo foi a falta de visão do que estava por vir. A acomodação de que as coisas estavam dando certo, fez a empresa ficar cega para o futuro.
A grande atuação de Glenn Howerton
Sobre a atuação, é preciso tirar alguns segundos desse texto para falar de Glenn Howerton (It’s Always Sunny in Philadelphia). Ele simplesmente destrói como o CEO Jim Balsillie. Ele é o típico psicopata que grita, esperneia e que consegue o que quer. Em muitos momentos, ele até se torna exagerado, mas não deixa de ser algo interessantíssimo de ver. Melhor atuação de longe de todo o longa e eu clamava por ele estar sempre em cena para ver que tipo de berro ele daria.
Conclusão
Acaba que Blackberry é um bom filme para ser assistido. Ele é dinâmico, facilmente explicado e pode ficar como um ótimo exemplo de sucesso e fracasso. Certo foi quem vendeu as ações quando a empresa ainda estava no ápice, caso de um querido personagem do longa. A título de curiosidade, essa empresa que foi líder no mercado, hoje em dia possui 0% desse mesmo mercado. Desistiram de telefones celulares e agora vivem da criação de softwares para cibersegurança.
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Trailer do filme Blackberry
Ficha Técnica do filme Blackberry
Título original: Blackberry
Direção: Matt Johnson
Roteiro: Matt Johnson e Matthew Miller baseado no livro Losing The Signal, de Jacquie McNish e Sean Silcoff
Elenco: Jay Baruchel, Glenn Howerton, Matt Johnson, Martin Donovan, Saul Rubinek
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 12 de outubro de 2023
Duração: 120 minutos
País: Canadá
Gênero: Biografia, Drama, Comédia
Ano: 2023
Classificação: 12 anos