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Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo - Crítica do filme - Ultraverso

Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo não traz absolutamente nada de novo

Bruno Oliveira

Borderlands, originalmente, nasceu como uma franquia de jogos que conseguiu um certo sucesso. Nunca joguei ou mesmo tive vontade de conhecer esse mundo com pessoas estranhas e monstros horrendos. Assim como outras adaptações recentes, Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo chega para expandir esse universo para outra mídia. A pergunta que fica é: Precisava mesmo?. O mundo pode ser original, os atores de peso, mas o enredo do filme é tão genérico que será esquecido em breve.

Sinopse do filme Borderlands

Lilith (Cate Blanchett) é uma caçadora de recompensas com um passado enigmático que retorna ao seu planeta natal, Pandora, em busca da filha desaparecida de Atlas (Edgar Ramirez), um influente proprietário de uma das mais poderosas empresas da galáxia. Para alcançar seu objetivo, Lilith forma uma equipe improvável composta pelo mercenário Roland (Kevin Hart), a imprevisível adolescente Tiny Tina (Ariana Greenblatt), e seu protetor monstruoso Krieg (Florian Munteanu), a excêntrica cientista Dr. Tannis (Jamie Lee Curtis) e o robô falante Claptrap (Jack Black). Esta aliança de desajustados enfrenta uma série de desafios, desde ameaças alienígenas até perigosos bandidos, enquanto tentam desvendar um dos maiores segredos de Pandora.

Aventura genérica

Se eu pudesse descrevê-lo com apenas uma palavra, ela seria ‘genérico’. Borderlands não chega a ser a pior coisa já feita no universo, mas somos colocados em uma aventura que não causa nenhum tipo de emoção positiva. Comecei a prever o que aconteceria e não fui decepcionado com isso. Uma história de caça ao tesouro que talvez divirta os mais jovens e aos fãs do jogo. Por falar nisso, não sei o quanto ele é fiel ao seu produto original, mas é possível notar elementos que com certeza estão nos jogos. Principalmente se falarmos de personagens secundários, armas e aparatos, monstros e os vilões mascarados.

Muitos problemas à vista

O maior inimigo dessa obra é o roteiro. Ele é ruim, com frases bobas, resoluções saídas do nada e com protagonistas usando chavões o tempo todo. Geralmente, em uma aventura do tipo, o robô acaba sendo o maior alívio cômico e aqui o robô Claptrap (Jack Black) é muito chato a ponto de querer que ele saia da história. O que dizer de algumas soluções horrorosas em que os protagonistas são colocados? É fraco demais. Além disso, devo mencionar que a edição é falha muitas vezes e de forma grosseira. Posicionamento geográfico de alguns personagens simplesmente mudam de um corte para o outro.

Atores de peso abaixo do que normalmente renderiam

Me surpreende ver alguns nomes grandes nessa produção que posso facilmente classificá-la como B. Começando por Eli Roth (Feriado Sangrento), que dirige e roteiriza essa aventura. Certamente, essa não foi uma das melhores coisas que já fez na vida e me dá a impressão que ele caiu de paraquedas no set de filmagens. Kevin Hart (Policial em Apuros), e Jamie Lee Curtis (Halloween), parecem estar aqui somente pelo dinheiro e suas atuações são muito abaixo do que podem render. Agora, o nome que me surpreende mesmo é de Cate Blanchett (Tár), que é grande demais para estar aqui e certamente não precisa desse dinheiro. Ainda assim, a atriz consegue se destacar mais do que os outros, fazendo um décimo do que ela é capaz.

Conclusão

Sinto que Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo faria um enorme sucesso cult nas locadoras dos anos 80 e 90. O seu visual futurístico mesclando tecnologia, sujeira e muitos monstros dignos de uma boa ficção dos anos 50, iria ganhar por meio do boca a boca da galera mais jovem que curte algo diferente e um pouco nojento. Acredito que só vá agradar de verdade o público dos jogos e os mais jovens. Gosto sempre de frisar: ele não é horroroso, mas não traz absolutamente nada de novo.