‘Bridgerton’ é outro grande acerto da Netflix
Jorge Feitosa
Como toda donzela de romances açucarados, Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) anseia pelo seu debute na sociedade. Com isso, será apresentada juntamente com outras moças à própria Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel). Em outras palavras, essa é a oportunidade para ser cortejada proeminentes rapazes da alta roda e, quem sabe, conseguir um matrimônio. Assim, conseguirá uma vida confortável e um amor verdadeiro.
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Mas ser alçada à grandeza pela própria rainha pode se tornar um problema. Ainda mais se tiver um irmão zeloso como um cão de guarda (Jonathan Bailey). Assim, não lhe sobrará muitos pretendentes, exceto pelo asqueroso Nigel Berbrooke (Jamie Beamish). Isso fará a protagonista criar um plano para reverter essa situação. Se aliar com solteirão convicto Simon Basset (Regé-Jean Page), o duque de Hastings. Com isso, ela afasta os pretendentes indesejados de um lado e, nesse meio tempo, as mães ambiciosas de outro.
E é usando essa trama de comédia romântica; impulsionada pela narradora e colunista de fofoca Lady Whistledown (voz de Julie Andrews); que Bridgerton (Bridgerton), se tornou a queridinha da vez entre os espectadores da Netflix. E com justiça, diga-se desde já.
Produção e narrativa de qualidade
Usando dezenas de locações, bem como mais de 7.500 peças de figurino (a saber, 104 apenas para a protagonista); a produção é um primor em todos os quesitos técnicos. Ao adaptar o sucesso literário de Julia Quin, ela ousa até mesmo reescrever a história original. Em suma, ao incluir atores negros para personagens importantes, bem como criando outros, como é o caso da Marina Thompson de Ruby Barker.
Entre personagens principais, assim como coadjuvantes, destaque para a matrona de Polly Walker. Os roteiros conseguem nesse meio tempo costurar bem a narrativa de uma época em que praticamente não havia meio termo entre riqueza e pobreza. Além disso, o casamento entre famílias abastadas era um meio importante de manter a dignidade e a segurança material. Tornando-se, assim, um fardo que pesava desde cedo nas costas de mulheres que simplesmente não podiam dizer não aos arranjos matrimoniais.
Subtramas
Ao passo em que a trama principal se desenrola, vemos nesse meio tempo subtramas que retratam bem a sociedade da época. Bem como uma boa sacada história de inclusão dos negros por meio de um casamento apaixonado entre rei e rainha. Este fato, a saber, levou a queixas entre os puristas defensores da precisão histórica. Mas que não faz sentido, em se tratando de uma adaptação, sem falar no viés racista tal posição.
Bridgerton, em outras palavras, é um daqueles novelões pra adultos que dá gosto de acompanhar. Em suma, será muito melhor apreciado se vista em um ou dois episódios por vez. Assim, é possível saborear os conflitos entre os personagens que, felizmente, não demoram muito a se desenrolar. Por fim, é outra bola dentro de Shonda Rhimes.
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Ficha técnica
Título original: Bridgerton
Temporada: 1
Data de estreia: 25 de dezembro de 2020
Criação: Chris Van Dusen
Elenco: Adjoa Andoh, Lorraine Ashbourne, Jonathan Bailey, Ruby Barker, Sabrina Bartlett, Joanna Bobin, Harriet Cains, Bessie Carter, Nicola Coughlan, Phoebe Dynevor, Ruth Gemmell, Florence Hunt, Claudia Jessie, Ben Miller, Martins Imhangbe, Luke Newton, Regé-Jean Page, Golda Rosheuvel, Ruby Stokes, Luke Thompson, Will Tilston, Polly Walker, Julie Andrews
País: Estados Unidos
Idioma: Inglês
Gênero: Drama, romance
Ano de produção: 2020
Classificação: 16 anos
Onde assistir? Netflix