Bright Memory Infinite review

Foto: ©Active Gaming Media Inc. All Rights Reserved.

‘Bright Memory: Infinite’ é extremamente curto e não justifica o preço

Felipe de Andrade

A (não tão) brilhante história do jogo criado por apenas uma pessoa. Bright Memory surgiu da mente do designer chinês Xiancheng Zeng que desenvolveu o título sozinho. A princípio ele estava criando uma espécie de demo para um projeto maior, e para tal iniciou uma campanha de financiamento coletivo visando o lançamento original com o nome de Bright Memory Episode 1. Tenso suas metas ultrapassadas muito além das expectativas,  Zeng resolveu mirar alto e lançar uma versão completa de seu jogo, assim nasceu Bright Memory.

O jogo

Lançado originalmente em janeiro de 2019 para PCs, pelo estúdio FYQD, o game ganhou sua versão versão Infinite em 21 de julho deste ano. Assim, ele finalmente chegou para a nova geração de consoles com a jogabilidade balanceada e visual melhorado. Além disso, definiu que o título seguiria o modelo de lançamento por capítulos ou episódios, como aconteceu com a franquia Life is Strange e o reboot de Hitman. Infinite se tornou o primeiro episódio de uma campanha maior, que infelizmente não tem previsão de receber sua possível continuação.

O jogo possui uma história com pouca profundidade do início ao fim da curta campanha, deixando mais perguntas do que respostas. Jogamos com Shelia, uma agente da Organização de Pesquisa Científica Sobrenatural (SRO, no original) enviada para investigar um fenômeno extraordinário que está ocorrendo em determinada região da China, assim como no céu de várias localidades ao redor do mundo, em 2036.

Bright Memory Infinite review
Foto: ©Active Gaming Media Inc. All Rights Reserved.

Tempo curtíssimo

Com a duração extremamente curta da campanha (duas horas são mais do que necessárias para chegar ao fim) tudo acaba quando parece que vai começar a engrenar. E, assim, ficamos sem saber quais os próximos acontecimentos. Dando mais ênfase ao fato de que Infinite não vale o preço que é cobrado por um jogo incompleto.

Desde quando foi revelado o jogo chamou atenção de fãs de jogos de tiro e ação do mundo todo. Todos ficaram animados para colocarem as mãos em um título que prometia unir o melhor dos dois estilos em um game. No entanto, o que poderia ser memorável na indústria de videogames, mas que ficou devendo bastante.

Fustração

A sensação que tive foi de estar jogando algo parecido com um Devil May Cry, só que em primeira pessoa. Isso por causa da ação acelerada com direito a muitos tiros, ataques especiais, combos de espada, assim como e monstros gigantes para detonar. Quesitos presentes em todos os jogos da franquia da Capcom.

E essa é a maior vantagem de Infinite: seu gameplay. Ele salva o projeto de ser um desperdício completo de tempo e dinheiro. Tanto do desenvolvedor,  quanto de nós, jogadores. Ele chega a empolgar ao ponto de existir um motivo para jogar novamente e buscar todos os troféus ou conquistas, dependendo da plataforma.

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Foto: ©Active Gaming Media Inc. All Rights Reserved.

Boa experiência

Apesar de pecar com a falta de duração, este FPS garante uma experiência sólida e até inovadora, de ação em primeira pessoa, mesclando características mais tradicionais de jogos de ação em terrceira pessoa. Além disso, quatro tipos de armas estão disponíveis para uso com munição normal e especial, além da espada de Shelia para desferir golpes corpo a corpo e a média distância e de habilidades especiais provenientes do braço robótico da protagonista. Somando-se a técnicas como pulo duplo, esquiva, correr por paredes, golpes furtivos e árvores de habilidades, podemos dizer que, em suma, o sistema de combate é um dos mais promissores que eu já vi.

No entanto, o mesmo não pode ser dito da parte visual, que conta com cenários repetitivos que entregam as mesmas texturas área após área. Os cenários que se destacam um pouco são as arenas de combates contra os três ou quatro chefes, que também são os destaques entre os inimigos que enfrentamos, pois eles são pouco variados tanto em visual, quanto em I.A., além de precisarem de mais polimento nas animações corporais, incluindo a própria Shelia.

É um pouco complicado definir Bright Memory Infinite, pois ele parece ficar em um meio termo entre uma techdemo razoável e um prólogo da campanha real, da mesma forma que aconteceu com Metal Gear Solid V, com o lançamento em duas partes, com o início separado do restante da campanha.

Bright Memory: Infinite – Veredito

Bright Memory Infinite é extremamente curto e não justifica o seu preço. Com uma história vaga e que não tem tempo de ser desenvolvida, o título passa longe de ser essencial para qualquer gamer apesar de possuir uma jogabilidade bem criativa. Só resta torcer para Zeng tenha muito tempo disponível em um futuro próximo para desenvolver o resto do jogo.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:

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Prós

  • Jogabilidade criativa
  • Combos com espada e armas de fogo
  • Bom uso de habilidades especiais

Contras

  • Gráficos ultrapassados
  • Curto demais
  • História fraca
  • Baixo custo benefício

Trailer de ‘Bright Memory: Infinite’

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Felipe de Andrade

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Créditos Galáticos:

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