Bruninho e Davi retornam às origens com o single ‘Galera’

Na última quinta-feira (20) a dupla Bruninho e Davi lançou a música “Galera”, abrindo os trabalhos do disco Não é Uma Live, que traz 11 faixas, entre releituras e inéditas. Aliás, o single já está disponível nas plataformas digitais e conta com um videoclipe, que pode ser conferido no canal dos artistas no YouTube.

A saber, as demais faixas do projeto serão liberadas ao longo do semestre, e mostram um resgate às origens da dupla de Campo Grande. Sendo assim, além das músicas originais, o material promete ser animado, contendo regravações de clássicos do pop rock dos anos 90 e início dos anos 2000, mas na pegada sertaneja característica dos cantores. 

Portanto, o ULTRAVERSO convidou Bruninho e Davi para um bate papo em que falamos sobre o novo trabalho, escolha de repertório, parcerias e carreira. Então, acompanhe a nossa conversa:

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ULTRAVERSO: A dupla foi formada em Campo Grande (MS), em 2009. Nesse sentido, passado mais de uma década, qual o balanço vocês conseguem fazer desse período, os objetivos iniciais foram alcançados ou ainda falta algo?

BRUNINHO: Os objetivos foram alcançados muito além do que imaginávamos um dia. Se há quinze anos, quando tocávamos em barzinhos, alguém dissesse que chegaríamos aonde chegamos hoje, daríamos risada. Mas ainda faltam mais coisas, quando você já está vivendo de música, também começa a sonhar mais.   

DAVI: Quando íamos imaginar que gravaríamos um DVD no ginásio do Ibirapuera lotado, também ser amigos dos nossos ídolos. Portanto, o balanço é de que valeu a pena sim termos persistido na carreira. Hoje almejamos coisas maiores, nunca podemos parar de sonhar, estamos sempre na busca de novos objetivos profissionais.  

Vocês acabam de lançar o single ‘Galera’, que faz parte do projeto ‘Não é uma live’. Sendo assim, por que escolheram essa música para abrir este trabalho, o que ela tem de tão especial?

BRUNINHO: Essa música é a cara de Bruninho e Davi, e ela já estava com a gente há uns três anos, mas estávamos esperando a hora certa de lançar. Porém, por ser uma faixa mais animada, não fazia sentido lançar em 2020 ou 2021 em razão da pandemia. Portanto, era para ser agora, nesse momento de recomeço. Por isso, escolhemos uma música que tivesse a ver com energia, com galera, com essa parada que estávamos sentindo falta, é BeD voltando para o ‘bagaceira’ mesmo.

DAVI: Acredito que o público vai curtir demais, principalmente para aqueles que sempre falam que estão com saudades de ouvir o BeD de 2012, lá do comecinho. O povo quer bagunça [risos]. Com o tempo, na vida, vamos ficando mais tranquilos, mas na música continuamos agitando a galera, e essa faixa transmite essa molecagem nossa.

Além das inéditas, o trabalho vem com várias regravações de hits de pop rock das décadas de 90 e início dos anos 2000. Como foi feita essa seleção?   

DAVI: Foi bem difícil fazer a seleção, pensamos muito antes da gravação, pois individualmente temos sentimentos por determinadas músicas, mas tem aquelas que são unânimes, como as do Charlie Brown Jr, CPM22. São canções que todo mundo ouviu, mesmo quem não gosta de rock.

Por isso, pela quantidade de sucessos que existem dessa época, o trabalho de escolha foi complicado, fomos nos baseando naquelas que gostamos, também procuramos nos acervos da MTV, mas no final conseguimos chegar às faixas que curtimos.   

BRUNINHO: Ainda teve aquele lance da gente achar a música certa, mas acabava não se encaixando na nossa linguagem sertaneja. Portanto, foi um trabalho cuidadoso. Mas, estamos tão ansiosos quanto o público, ainda não ouvimos o resultado final destas regravações.  

Esse trabalho é mais intimista, no estilo de festa em casa, mas vocês já gravaram um DVD no ginásio do Ibirapuera, em 2016. Falando nisso, existe algo maior que ainda pensam fazer em se tratando de gravação de DVD?

DAVI: Sim, desejamos fazer algo maior, claro, se tudo der certo e as regras sanitárias permitirem. Então, algo está sendo planejado nesse sentido, pensamos em fazer uma gravação [de DVD] em Curitiba.

BRUNINHO: É por aí, em um estádio de Curitiba, não conta para ninguém não [risos].

Em relação às parcerias musicais, já possuem colaborações com Jorge e Matheus, Luan Santana entre outros. Mas, quais artistas vocês admiram e não tiveram a oportunidade gravar juntos?

BRUNINHO: Tem vários, muitos que são nossos amigos e outros que são ídolos, uns até estamos combinados para fazer a gravação, só que não veio a música certa ou ainda não chegou o momento. Por exemplo, somos fãs do Marcos e Belucci, além disso, são grandes amigos que temos, porém não chegou a hora, tem a Ivete também. Assim, música é muito de momento, se você tem uma afinidade com a pessoa e a música certa vem para o feat, não tem como errar. 

DAVI: Exatamente, e nosso som é bem eclético, mas sempre buscamos não perder a nossa essência.

Por fim, há quase dois anos o showbiz vem sofrendo com as consequências da pandemia, mas vocês continuaram lançando músicas. Entretanto, de que maneira tem lidado com o sentimento de não poder estar nos palcos de forma definitiva?

DAVI: Não poder fazer aquilo que você mais gosta é bem difícil, mas a partir de outubro do ano passado alguns eventos começaram a retomar, e temos sentido novamente um pouco da energia de estarmos perto do público.

BRUNINHO: Para lidar com isso, de não poder fazer shows, qualquer lugar que eu ia, levava um violão. Claro, bem no início do isolamento eu ficava só dentro de casa e não tinha o que fazer, mas aí vieram as lives e tentamos tampar um pouquinho o sol com a peneira, e isso já ajudou muito. Mas, a parte mais difícil foi ficar fora dos palcos, tocamos desde muito cedo, existia uma rotina musical forte há muito tempo, que foi interrompida pela pandemia.

Enfim, ouça e veja o clipe de ‘Galera’, de Bruninho e Davi