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‘Cannabis: o Investimento do Bem’ debate a importância da maconha para fins medicinais
Wilson Spiler
No último dia 14 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou três pessoas a cultivarem maconha para fins medicinais. Os votos pela permissão foram unânimes entre os ministros e permitem a extração do óleo canabidiol (CBD) da planta para uso próprio. Mas quais são os benefícios reais dos canabinóides? Por que a cannabis tem sido mais e mais usada em todo mundo para os mais diversos tratamentos? Além disso, quais os impactos da indústria canábica na economia? Portanto, vale a pena investir no setor?
O documentário Cannabis: o Investimento do Bem levanta alguns pontos importantes no debate sobre a regulamentação do plantio, fins medicinais, consumo recreativo da maconha e, principalmente, o potencial econômico do mercado. Além disso, traz depoimentos de familiares de pacientes com diagnósticos de diversas doenças e especialistas que defendem a exploração medicinal da cannabis para ganho de qualidade de vida.
O filme conta com falas de profissionais renomados e estudiosos na área, como os médicos Carolina Nocetti e Paulo Camiz. Além disso, traz depoimentos de ONGs e associações que defendem a causa, com argumentos válidos e contando a história da cannabis. Inclusive como a campanha difamatória contra a planta surgiu do racismo e deixa marcas durante décadas e até séculos.
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Ignorância custa vidas
Como filme, o documentário Cannabis: o Investimento do Bem é basicamente uma longa reportagem entremeando depoimentos e debatendo todo o preconceito em cima de uma planta que hoje é vista por muitos profissionais da Medicina como um medicamento eficiente. Então não há muito o que analisar tecnicamente a produção, embora a sua montagem pudesse ser mais dinâmica para manter o espectador interessado até o fim. Mas a obra vale bastante pela relevância de seu tema.
Alguns dos testemunhos são até chocantes, como, por exemplo, o que revela que pais com um filho tendo convulsões na UTI se negaram a aceitar esse tipo de tratamento. Ou seja, é a ignorância sendo sobreposta à falta de interesse por conhecimento. Esse obscurantismo traz alto custo para o sistema de saúde e pode provocar mortes. Ir contra o uso da planta é ir contra a ciência. E já vimos na pandemia o que essa incompreensão causou.
A aceitação da cannabis no país faria com o que o tratamento reduzisse demais os gastos. Fora isso, estamos falando de uma planta, algo oriundo da própria natureza. Com diversos estudos científicos que já comprovaram a eficiência da medicação, a única palavra para não autorizá-la é burrice. Afinal, como canta o Planet Hemp, “uma erva natural não pode te prejudicar”.
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Não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do ULTRAVERSO:
Assista ao filme Cannabis: o Investimento do Bem
Elenco do documentário Cannabis: o Investimento do Bem
Dra. Carolina Nocetti (Médica)
Dr. Paulo Camiz (Médico)
Fernanda Peixoto (Associação Maria Flor)
José Bacellar (Verdemed)
Cláudia (Mãe do Matheus)
James Kava (Reaja)
Fabiano Araújo (Reaja)
Guilherme Jabur (Aurapharma)
Caroline Cremonez (Mestre em farmacologia)
Rodolfo Rosato (Terracanabis)
Silvia Helena (Maria Flor)
Jéssica (Maria Flor)
Ficha Técnica do documentário Cannabis: o Investimento do Bem
Título original do filme: Cannabis: o Investimento do Bem
Duração: 75 minutos
País: Brasil
Gênero: documentário
Ano: 2021
Wilson Spiler
Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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