Cantor Wayd

Cantor Wayd lança álbum de estreia com influências de folk e pegada “blueseira”

Wilson Spiler

Primeiramente, sextou! E com esse dia magnífico, chega também mais uma edição dessa coluna que tanto amamos. Hoje, vamos conhecer melhor o cantor Wayd.

Nascido e criado no Rio de Janeiro, e apaixonado pela cidade, Waldyr Lima Neto não trilhou o caminho mais comum quando decidiu fazer música. Com a maioria das referências internacionais, como Bob Dylan, Beatles, Jack White, The white stripes, o artista compõe em inglês, forma que ele encontrou de se expressar melhor. Após algumas experiências com bandas e uma trajetória em paralelo como artista gráfico, veio a pandemia e Wayd decidiu se lançar em carreira solo com outras canções e o estilo com o qual sempre se identificou: o folk. Nasce então ‘Inside Out‘, seu primeiro álbum, totalmente autoral. A novidade chegou às plataformas digitais no dia 27 de outubro, pela distribuidora Tratore.

O disco, que traz influências do country, folk, rock e blues, possui nove canções, todas compostas por Wayd. O projeto contou com a participação de músicos como Miguel Bestard (violões, baixo e guitarra), que assina também a maior parte dos arranjos. Além dele, Fabiano Matos (bateria e cajon) e Rafael Trobo Goñio (baixo). O próprio artista assume o violão em faixas como “Disguise”, “Future Love” e “Legacy”, além do piano em “Wings”.

A gente convidou, portanto, o cantor Wayd para trocar uma ideia sobre o novo trabalho. Confira!

Você mesmo se diz tímido. Como resolveu se tornar músico e “enfrentar” os palcos?

Sou tímido na vida, mas no palco o personagem toma conta e é um dos poucos lugares que me sinto à vontade. A escolha da profissão tem a ver com isso, de poder botar meu interior para fora sem preocupação.

Suas maiores referências são folk, rock e blues. Como nasceu esse interesse por esses estilos? Influência de alguém?

Sim, influência da família. Meu pai ouve muita música internacional e sempre me interessei pelo idioma. Eu cresci escutando esses estilos musicais e eles acabaram me moldando como artista.

Como vê a recepção a esse estilo de som num Brasil tão dominado por ritmos mais populares?

A recepção é difícil, mas acredito na minha verdade como artista. E acho que as pessoas, se tiverem a oportunidade conhecer, poderão se interessar por uma música mais orgânica no sentido da produção, tanto instrumental como visual.

Por que a opção por cantar em inglês? Há algum desejo de compor em português futuramente?

Bom, acho que consigo me expressar melhor em inglês até o momento, por ser uma língua mais sintética. Mas já estou no processo de me encontrar, de escrever em português e encontrar minha voz.

Você sempre fez partes de bandas. O que o fez tomar essa decisão de investir na carreira solo?

Cheguei num momento da minha vida que eu achei que era melhor investir em mim, para eu me encontrar como artista. Acho que assim, até mesmo no futuro, se eu for participar de uma outra  banda estarei mais preparado.

Boa parte de suas letras são sobre amor. São situações que ocorreram contigo ou amigos? Qual a inspiração para compor?

A inspiração vem de todos os lados, muitas das músicas são baseadas em experiência pessoais, mas outras são histórias inspiradas em coisas variadas, tipo um livro, uma frase que eu vi em algum lugar… As vezes uma frase me dá uma ideia para uma música inteira. Porque uma frase gera um assunto, um assunto rende palavras e as palavras fazem a música.

Você também trabalha com arte gráfica e o single “Hometown” já trouxe um pouco desse seu lado. Pretende explorar mais essa faceta nos próximos clipes?

Sim! Pretendo contar uma história visual com o disco, então vai ter todo um processo de transformação do mundo animado para o mundo real na interação entre os clipes.

Wayd (Foto/Divulgação)

Com a situação da pandemia melhorando, já planeja realizar shows pelo Rio de Janeiro e, quiçá, Brasil afora?

Sim! Tenho uma live com estreia marcada para início de novembro e a partir do dia 18/11 inicio uma turnê no Uruguai! Vou abrir o show do meu amigo e parceiro de trabalho Miguel Bestard e vamos nos apresentar em algumas cidades do país.

Por fim, acompanhe o cantor Wayd

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Maré do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
NAN