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Catarina, a Menina Chamada Passarinha crítica do filme Amazon Prime Video 2022

‘Catarina, a Menina Chamada Passarinha’ diverte bastante, mesmo diante de um tema tão sério

Bruno Oliveira

Catarina, a Menina Chamada Passarinha (Catherine Called Birdy) é o novo filme dirigido e escrito por Lena Dunham, mais conhecida pela ótima série “Girls” (2012 – 2017). O longa-metragem é baseado no livro de mesmo nome escrito por Karen Cushman lançado em 2015. No seu elenco como protagonista temos a incrível Bella Ramsey, mais conhecida por “Game of Thrones” e por ser a Ellie na vindoura série live-action de “The Last of Us”. Contracenando ao seu lado, temos o incrível Andrew Scott (o famoso padre de “Fleabag”) como seu pai e Billie Piper (nossa eterna Rose Tyler, de “Doctor Who”) como sua mãe.

Sinopse

Em 1290, em uma Inglaterra medieval, conhecemos Catarina (Bella Ramsey), a filha mais nova da Família Rollo. Ao notar que sua família está falida, o patriarca da família Rollo (Andrew Scott) tenta usar sua filha como a forma mais fácil de ganhar dinheiro, fazendo ela se casar com algum lorde rico da região. A protagonista, por abominar esse destino, começa a usar de suas artimanhas para afugentar tais pretendentes. Esse comportamento trará muitos conflitos entre sua família e nos mostrará um retrato cruel e divertido da época apresentada.

Divertido até quando é sério

É inegável dizer que Catarina, a Menina Chamada Passarinha é um filme divertido. A personagem principal, definitivamente é uma menina que está muito à frente do seu tempo. A protagonista age como criança ao mesmo tempo em que busca seus direitos. A menina possui apenas 14 anos e parece ser mais esperta do que todos à sua volta. Todo esse humor juvenil dita a história do início ao fim. Mesmo quando falamos de assuntos mais sérios, o tom mais leve inunda a tela e nos dá algo bem palatável e light para se divertir.

Por mais absurdo que achemos hoje em dia, uma jovem da idade dela ser usada para se casar com alguém em troca de um dote era normal. É com essa brincadeira que o roteiro brinca com o público. Sabemos o quão horrível é essa situação e, desde o início, torcemos por nossa jovem heroína. O texto também é muito bom para com isso, pois Catarina é uma completa rebelde e se nega a casar somente pelo dinheiro. Isso a faz criar situações que envergonham a todos, principalmente seu pai.

E por incrível que pareça, o pai dela não é um ser vilanesco. Todos podem pensar isso pela premissa, mas não é. Ele ainda é uma pessoa muito humana e que consegue sua grande redenção no final em um momento que eu diria ser muito fofo. Esse seu tom leve demais poderia prejudicar o filme como um todo, pois bem ou mal, é um assunto delicado a se tratar, mas não é isso que acontece. No fundo, estamos diante de uma obra infanto-juvenil que nos entrega uma atmosfera bem “good vibe”.

Conclusão

Catarina, a Menina Chamada Passarinha é uma obra bem divertida de se ver, ainda mais se for assisti-lo do lado de sua possível filha adolescente. Acho que esse filme vai conversar muito mais com elas, apesar de também servir para o público mais adulto. Um bom roteiro unido por belas atuações nos traz um passatempo divertido. Notar que certos costumes arcaicos não fazem mais partes do nosso dia a dia nos deixa respirando aliviados no final.