CCXP Worlds: DC Comics apresenta Future State

Guilherme Farizeli

Antes de tudo, é preciso ressaltar que a inércia não é o forte da DC Comics. Se nos cinemas o DCEU enfrenta um caminho confuso, nos quadrinhos a editora parece mais confiante para movimentos, digamos, ousados. Portanto, Future State, é animadora neste sentido.

Eventos como Injustice, Fim dos Futuros e até mesmo o reboot proposto nos Novos 52, deram uma nova vida às histórias dos heróis.

A saber, a editora vive um momento de muitas mudanças, tanto nos bastidores quanto nas histórias de seus principais personagens. A companhia tem enfrentado diversas reformulações em seus cargos, tudo por conta do reposicionamento da AT&T.

DC acerta em ‘fugir’ de mais um reboot

Fazendo uma rápida retrospectiva: antes de ser demitido, o coeditor chefe Dan Didio planejava a introdução de uma quinta geração de heróis, através do projeto 5G. Sim, mais um reboot.

Entretanto, com a saída de Didio, o projeto foi deixado de lado e os criadores resolveram abraçar de vez (e para sempre, assim espero) o conceito do multiverso, um dos mais charmosos e inovadores da editora.

A DC vai embarcar em suas múltiplas realidades e trabalhar com “pequenos mundos” dentro de seu grande ‘Omniverso’.

Multiverso bom é multiverso cheio

Esse conceito já vem rolando no evento Dark Knights: Death Metal, em que vemos diversas versões dos mesmos personagens em diferentes mundos. Para dar início a nova fase, que se conectará com o final de DK:DM, a editora vai lançar o evento chamado Future State, em janeiro e fevereiro de 2021.

A ideia é que esse evento amplie a diversidade dos heróis e rejuvenesça também os grandes ícones. E, assim, teríamos várias realidades acontecendo simultaneamente, com peso semelhante.

Yara Flor, a Mulher Maravilha brasileira

Entre os novos personagens em destaque, teremos a chegada de Yara Flor, a Mulher Maravilha brasileira. O Artist Valley da CCXP Worlds dedicou um painel exclusivo para conhecermos melhor a nova heroína. Participaram Joëlle Jones (Wonder Woman), Becky Cloonan, Michael W. Conrad e Jen Bartel (The Immortal Wonder Woman), L. L. McKinney e Alitha Martinez (The Immortal Wonder Woman – Nubia).

Joëlle Jones, autora da HQ, revelou que sua experiência na CCXP 2019 a ajudou na criação da personagem. Segundo ela, a empolgação dos fãs brasileiros foi um componente presente na elaboração do espírito da amazona.

No entanto, a autora não revelou muito mais sobre o desenrolar da história. Nesse sentido, essa foi uma tônica do painel. Os artistas falaram bastante sobre suas inspirações e visões, de maneira genérica. Entretanto, com a “desculpa” de não revelar nada sobre a trama, muito pouco sobre o novo universo foi contado.

Future State vem aí

O painel seguinte, mais focado no evento Future State, serviu mais para apresentar alguns dos artistas envolvidos. Participaram Jeremy Adams, Meghan Fitzmartin, Sean Lewis, Giannis Milonogiannis, Paula Sevenbergen e Brandon Thomas no painel moderado por Jessica Chen.

Mais uma vez, muito pouco foi revelado sobre as histórias. Considero um ponto negativo pela dificuldade que os leitores de quadrinhos enfrentam para encontrar esses exemplares aqui no Brasil. Ter um gostinho a mais sobre as histórias seria, com certeza, uma motivação extra para os fãs.

De legal, descobrimos que em Robin Imortal vamos ver uma parceria bem legal entre os robins Tim Drake e Stephanie Brown. Gostamos. Também pudemos ver esboços e visuais novos de vários personagens que farão parte do evento.

O expectativa para o evento Future State é ótima e só nos resta esperar pra ver no que vai dar.

Guilherme Farizeli

Músico há mais de mil vidas. Profissional de Marketing apaixonado por cinema, séries, quadrinhos e futebol. Bijú lover. Um amante incondicional da arte, que acredita que ela deve ser sempre inclusiva, democrática e representativa. Remember, kids: vida sem arte, não é NADA!
NAN