crédito: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

‘Citadel’ | Série do Prime Video é um belo passatempo

Bruno Oliveira

A série ‘Citadel’ mal estreou no Prime Video e já se encerrou. Com apenas seis episódios, ela nos traz uma mistura de gêneros como ação, aventura, espionagem e ficção científica. Essa receita misturada no liquidificador é uma criação de Josh Appelbaum (As Tartaruhas Ninja: Fora das Sombras), Bryan Oh (Life On Mars) e David Weil (Hunters), e com a produção executiva dos irmãos Anthony e Joe Russo, os grandes responsáveis por Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato.

Sinopse

Citadel é o nome de uma agência de espionagem global e independente que atua escondida para proteger o mundo. Ao ser traída por um agente infiltrado, a Citadel tem seus agentes dizimados pelo grupo chamado Mantícora, uma organização que atua no submundo buscando estabelecer uma nova ordem mundial. No meio disso tudo conhecemos os agentes Mason Kane (Richard Madden) e Nadia Singh (Priyanka Chopra Jonas) que conseguem sobreviver ao ataque, mas perdem suas memórias. Oito anos depois são descobertos tendo uma vida normal. Agora eles precisam se juntar para salvar suas famílias e o mundo das garras da Mantícora.

Citadel
crédito: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Uma boa série, mas que possui algumas facilitações

Não dá para negar que Citadel é minimamente divertida, mas passa longe da perfeição. Tendo uma mistura imensa de gêneros, ela consegue divertir ao mesmo tempo que parece ter situações facilitadas e sem muitas explicações aparentes. Ela me lembrou demais a franquia G.I. Joe, pois os elementos estão todos ali presentes. Tanto em relação aos personagens (heróis e vilões), apetrechos tecnológicos e por ter essa pegada de uma ação louca cometida somente pelos melhores da área.

A série conta com uma boa produção, possui bons “plots” e engaja devido aos protagonistas que soam bastante interessantes, mas o seu maior problema reside no roteiro. Muitas situações de perigo são amenizadas graças ao poder divino de quem escreve. É uma fuga de um lugar altamente protegido sem mostrar o mínimo de dificuldade, é um objeto importante para heróis e vilões que simplesmente surge sem aviso prévio, e uma situação em que o avião está sem piloto, pois foi morto, e ainda sim o avião chega ao destino final sem nem explicar quem o pilotou. Sei que são detalhes que podem passar batido, mas que fere um pouco a credibilidade do que estou vendo. O mundo tem que soar crível de acordo com as regras impostas.

Espionagem

Como é de praxe em filmes ou séries de espionagem, (e isso não é um spoiler), a história precisa de um traidor. Esse é um elemento chave do gênero e isso persegue nossos personagens do início ao fim e a pergunta surge: Afinal quem é o traidor da Citadel? Essa resposta deixarei para quem for ver, mas essa revelação não é tão difícil de se prever. O diferencial dela é que a brincadeira de quem é ou não o traidor, permanece até o último momento dessa temporada. E quando vem, o efeito surge como uma grande bomba.

Segredos também fazem parte desse tipo de narrativa, e isso temos de sobra aqui. Todos os personagens possuem segredos e aquela máxima de “não acredite em ninguém” surge com força. Quem está falando a verdade? Quem está mentindo? O bom disso tudo é que até o último segundo somos apresentados a novas revelações que mudam completamente a percepção que temos de cada personagem. Todo mundo é sempre mais do que aparenta.

crédito: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Backstop

Um elemento colocado na série que ajudou demais o seu andamento foi a inclusão de um procedimento chamando Backstop. Ele apaga a memória dos agentes para que eles não revelem segredos caso sejam capturados pelo inimigo. Nossos protagonistas sofrem esse procedimento, mas todos eles possuem backup para recuperarem suas memórias de volta. Essa é uma das brincadeiras que o roteiro faz com o público, pois começamos a descobrir todas as tramas junto com nossos protagonistas.

Mason Kane e Nadia Singh

Esses são os nomes de nossos protagonistas que são interpretados respectivamente por Richard Madden (Game of Thrones) e Priyanka Chopra Jonas (Matrix Resurrections). Em seu início, sabemos que eles já foram um casal e não entendemos bem o porque de não serem mais, mesmo notando toda a química que há entre eles. Seja romântico ou seja combatendo juntos. Eles funcionam bem juntos, mesmo que Richard Madden não demonstre lá muitas emoções, mas coloco essa bagagem em cima do personagem mesmo. Aos poucos, o drama que os cercam é revelado e reviravolta atrás de reviravolta revelam o que aconteceu de fato com eles no passado.

Conclusão

Uma boa série para se passar o tempo, mas que não apresentou nada de muito incrível. Ela sabe fazer seu feijão com arroz de modo bem feito e não decepciona. Só não possui aquele diferencial que me faça recomendar para qualquer pessoa. Seu desfecho deixa um gancho grande para a segunda temporada que só deve estrear em 2025. Joe Russo já mandou avisar que vai ser o diretor de todos os episódios do segundo ano. Até lá, a vontade pode ser matada com uma série derivada marcada para 2024 chamada de ‘Citadel: Diana’, que será um capítulo italiano da recém criada franquia.

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Trailer – Citadel

Ficha Técnica

Título original: Citadel
Criador: Josh Appelbaum, Bryan Oh, David Weil
Elenco: Richard Madden, Priyanka Chopra Jonas, Stanley Tucci, Ashleigh Cummings, Rolland Moller, Osy Ihkhile Lesley Manville, Nikki Amuka-Bird
Onde assistir: Prime Video
Data de estreia: 28 de abril de 2023
Temporada: 1
Episódios: 06
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Espionagem, Ficção científica
Ano: 2023
Classificação: 14 anos

Bruno Oliveira

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