Comic Con Experience | Resumo do terceiro dia
Colaboração
Sim, foi o terceiro dia da Comic Con Experience, mas o primeiro para mim, já que tive que passar os dois primeiros gripada, em casa. Não consegui chegar a tempo de pegar a prévia do novo filme da Disney, “Operação Big Hero” (Big Hero 6), mas meu parceiro no “crime”, Iraê Azevedo estava lá e vai contar pra vocês.
Quando a gente acompanha um evento como a San Diego Comic Con, por exemplo, ainda que seja a distância, sempre dá aquela vontadezinha de participar de uma experiência como essa, mas aqui, do lado de casa. Aí, de repente, as pessoas se mobilizam e eis que surge o Comic Con Experience em São Paulo. Eu me lembro de ter levantado a questão do preço dos ingressos e o pessoal ficou incomodado com a minha observação, falando que era assim mesmo e que eventos como estes costumam ter ingressos caros. Ok. Não discuti mais. Caros ou não, o evento estava LOTADO neste sábado, 6 de dezembro. Um fluxo incrível de gente, cosplayers, voluntários e gente, gente e mais gente. Tinha fila até pro carrinho de sorvete, que aliás, deu uma refrescada porque nem o ar condicionado estava dando conta.
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Fila vai e fila vem, entrei em uma para os painéis da Mauricio de Sousa Produções, Lembranças da Terra Média e Crônicas de Game of Thrones. Onde mais eu poderia encontrar esses três juntos??? Só lá mesmo! Aqui cabe uma observação sobre a organização do evento: eles estão fazendo um ótimo papel com a organização, cuidando que os painéis não passem dos seus tempos previstos e ao mesmo tempo gerenciando aquele “mar” de fãs ávidos.
Mauricio de Sousa contou que, em sua cidade natal, havia um professor que decidiu recolher os gibis e queimá-los em praça pública. Ainda bem que ele acreditou que esse professor estava errado, já pensou? Hoje, seu estúdio produz uma revista por dia e conta com uma equipe de 200 desenhistas. Minha parte favorita foi quando ele pediu que levantassem as mãos, quem havia aprendido a ler com gibis. Imagina só quantas apareceram no ar! Falou também de seus planos de futuro, talvez historinhas sobre a Mônica adulta e a construção de um estúdio visitável, aberto a todos.
Curiosidade do momento: uma das pessoas selecionadas para formular perguntas, relatou que aos 17 anos escreveu uma carta pedindo dicas para trabalhar no estúdio de Mauricio de Sousa. Hoje, lá pelos seus trinta anos, voltou a pedir essa chance. Claro que todos aplaudiram! Como um dos últimos comentários, falou sobre seus personagens e aquele que ele mais considera como um veículo das suas ideias é o Horácio.
Seguindo este painel, foi a vez das Lembranças da Terra Média, com as presenças de Sean Astin (Samwise Gamgee) e Brad Dourif (Grima Língua-de-cobra ou Grima Wormtongue). A sessão foi iniciada com uma vinheta com as principais cenas de Sean na trilogia “Senhor dos Anéis” e também sobre um curta-metragem que produziu durante as filmagens na Nova Zelândia. Sean comentou sobre como em eventos como estes, a Comic Con Experience, é possível conhecer 300 pessoas em 30 segundos. Foram feitas perguntas sobre os livros e, é claro, que sempre acabam colocando os atores em saia justa, porque raramente eles os leem. Contou um pouco sobre como recebeu o script dos filmes, cheio de medidas de segurança como uma primeira página falsa e seu nome em marca d’água em todas as páginas. Algo muito interessante que comentou foi sobre a expectativa de excelência que sempre envolvem filmes dessa dimensão.
Na sessão de perguntas abertas ao público, houve comentários sobre o vídeo postado pelo próprio Peter Jackson embalado pela canção “The Last Goodbye”, cantada por Billy Boyd, o hobbit Peregrin Tûk, mais conhecido por Pippin. E a pergunta questionava Brad e Sean se esse ‘Adeus’ era triste. Brad disse que seu tempo foi curto na produção e Sean disse: “Me sinto orgulhoso de fazer parte de algo que afetará as pessoas para sempre”.
Curiosidade do momento: Sean convidou a todos a fazer o juramento Goonie em português. Eu, orgulhosamente, depois de 30 anos, finalmente me tornei uma Goonie. Sean Astin e Brad Dourif se despediram da Comic Con Experience no final deste painel.
Não me mexi do ótimo lugar que tinha conquistado à base de cotoveladas e charme para o próximo painel que falaria sobre as Crônicas de Game of Thrones (francamente, quem perderia?). Jason Momoa (Khal Drogo) recebeu aplausos até não poder mais, estava contentíssimo. Brincou com todo mundo, fez piadas, foi tirando a roupa falando que estava quente demais (lembra do ar condicionado que não deu conta?), amarrou o cabelão pra cima e confessou que não tem muito jeito com cavalos. Oi? Você não era o Senhor dos Cavalos? Ok, enfim… Tenho certeza que todos estranharam a ausência de Lino Facioli (Robin Arryn), mas ninguém falou nada, até que ele apareceu, bem depois da sessão ter começado. Tudo bem, gente. Ele é brasileiro. Está desculpado.
Jason falou sobre sentir-se confortável com o fato de que seu personagem não era muito verbal, que digamos. Isso lhe exigiu mais cuidado com o preparo físico e a postura. Lino, que vem de uma família de Ribeirão Preto, São Paulo, comentou que já recebeu algumas reações negativas devido ao seu personagem, mas disse que não se importava. Jason completou esse comentário dizendo que era triste ver que as pessoas levam tão à sério esse tipo de interpretações, a ponto de exteriorizá-las. Eu concordo. É só um personagem, viu, gente?!
Jason contou que na cena em que derrama ouro derretido na cabeça de Viserys Targaryen, eles usaram chocolate derretido com pó dourado e que se pudesse escolher um personagem para interpretar na série, seria Tyrion Lannister porque ele sempre tem bebida e mulheres por perto. Ah, nem um pouco bobo.
Quando as perguntas foram abertas ao público, meio em português e meio em inglês, uma fã nervosa e chorosa ganhou um abraço do Jason, que fez questão de se levantar e ir até ela. Momento Oun!
Curiosidade do momento: Antes de Jason adentrar o recinto, entraram dois guarda-costas. Um ficou à direita do palco e outra à esquerda. O da esquerda, estava de cueca do Capitão América e com uma máscara de ‘luchador’ mexicano. Jason comentou: “Vocês tem uns seguranças meio estranhos aqui.”
Ao finalizar esse painel, fui circular um pouco, já que não tinha visto absolutamente NADA da exposição além de filas. Me deparei com uma grande decepção ao chegar ao stand da BBC e esta ter completamente ignorado a existência de “Sherlock”. Ok, “Doctor Who” é excelente, mas hellooooo? “Sherlock”?!?!
Parti para minha segunda opção, “The Walking Dead”. Novamente a mesma decepção, ok, você podia atirar em ‘walkers’ com uma pistola de paintball, mas não estava a fim de pegar a fila. Aqueles ‘walkers’ pareciam bem mortinhos pra mim.
Desisti de pegar fila pra tirar uma foto no trono de ferro e fui circular pelo Corredor dos Artistas e ver os trabalhos incríveis que tem por lá. Cosplayers adoráveis por todos os lados e também aqueles que não tinha a mínima ideia quem representavam. Apesar de me sentir quase em casa (na minha não costuma ter fila para comer e ir ao banheiro), senti que ainda tenho muita coisa para aprender. Amanhã tem Sessão Especial “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”. Vou madrugar. Quem sabe a Comic Con Experience termina para mim com pelo menos a voz do Smaug para me consolar pela ausência de Sherlock.