Counting Crows EP - Butter Miracle, Suite One Artwork (1)

Counting Crows ressurge com ótimo EP e curta-metragem

Cadu Costa

Atire a primeira pedra quem nunca cantou “Mr. Jones” a plenos pulmões, não importa em que época. Por muito tempo, a banda Counting Crows foi conhecida como uma banda de um sucesso só. No entanto, no começo dos anos 2000, ela voltou a estourar com a música “Accidentally In Love“, parte da trilha sonora de “Shrek 2” (2004).

E, só para ilustrar, a Counting Crows não gravava algo inédito desde 2014. Mas isso mudou esse ano pois acabam de lançar o EP Butter Miracle Suite One.

Além disso, junto com o EP, a banda também produziu um curta-metragem que dialoga com o novo trabalho do grupo que já está disponível no canal oficial do Counting Crows no YouTube.

Dirigido por Bill Fishman e estrelado pelo ator Clifton Collins Jr., que autou em séries como “Westworld” e filmes como “Traffic” (2000), “Capote” (2005) e o ainda inédito “Jockey” (2021), o documentário amplia o universo narrativo de ‘Butter Miracle Suite One’.

Counting Crows se reconecta com fãs

Mas vamos falar de música? O EP soa mais como uma ópera rock visto que uma música complementa a outra. Tanto que não faz o menor sentido ouvir Butter Miracle Suite One sem ser na sua ordem natural.

A saber, são quatro músicas que totalizam 19 minutos de duração numa transição perfeita entre uma faixa e outra. Um trabalho realmente fantástico, resultado de um período de imersão do vocalista Adam Duritz numa fazenda no Reino Unido em 2019.

E essa imersão no bucólico se transformou nas músicas “The Tall Grass”, que leva a “Elevator Boots”, que segue em “Angel of 14th Street”, cuja queda climática é o primeiro acorde de energia para a introdução da música final, “Bobby and the Rat-Kings.

Por fim, Butter Miracle Suite One é isso, um misto de canções que conectam o Counting Crows a seus fãs e o público em geral. O resgate de uma banda que vai muito além de um “Sha-la-la-la-la-la-la, yeah“.

Ouça o EP completo

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN