‘Crise nas Infinitas Terras’ (Crossover) – CRÍTICA
Stenlånd Leandro
Nos dias de hoje é muito difícil confiar na DC e no canal CW. Seja nas telinhas ou nos telões, ceticismo sobre uma boa produção é o que há para muitos. Não é de hoje que nossa equipe vem acompanhando ano a ano todas as séries deste universo. Tudo começou bem com ARROW, foi ficando meia boca com Flash, até lançarem Legends of Tomorrow. Assim, muitos seriados foram ganhando vida pós a do Arqueiro Verde. Foram inúmeros. Tantos que, Black Lighting e Supergirl são apenas a ponta do Iceberg.
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Multiversos foram criados, heróis vivendo em terras diferentes, e muita coisa aconteceu desde então. Foram 8 anos de Arrow. Foram 8 anos com inúmeros vilões, muitos heróis secundários aparecendo na série e de lá, originou-se o ‘problema’ para que este crossover acontecesse: THE FLASH.
Era aguardado que eles apareceriam aqui e ali, lutando contra um vilão que não ameaçasse tanto assim o planeta, como foi o caso do Flash Reverso e muitos outros. Assim, as séries que apareceram em sequência como Titãs e Patrulha do Destino, acabaram trilhando outros rumos, afinal não pertencem à mesma terra, tampouco à mesma emissora.
ESTA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS ABAIXO
‘RESETANDO’ O MULTIVERSO
Na trama de Crise Nas Infinitas Terras, uma onda de antimatéria está erradicando universos inteiros. Para impedir a destruição, o Monitor reúne diversos heróis para viajar pelo espaço e pelo tempo e deter o processo.
Contudo, existe uma contraparte maligna, o Anti-Monitor, por trás do cataclismo. E um trio de personagens – a Precursora, o Pária e acabam se vendo no meio deste evento como um ponto a ser decisivo nesse combate destinado a alterar toda a existência.
Precisamos mencionar que o início do crossover revelou que sete heróis estavam destinados a se tornar os chamados Paragons, pois eles seriam a chave para salvar o Multiverso do Anti-Monitor. Eles foram enviados para uma dimensão conhecida como Vanishing Point e passaram alguns meses tentando encontrar uma forma de fugir do local. Oliver Queen se torna o Espectro, para poder incentivar os amigos caídos que havia uma forma de salvar o Multiverso.
O crossover teve três episódios iniciais bem capengas. Uma narrativa arrastada e sem gerar muito interesse do telespectador, poderia esta lentidão até remover audiência. Mas todos nós estávamos loucos para saber como terminaria essa fusão de encontro dos heróis. Afinal, é preciso lembrar que, graças ao monitor e anti-monitor que existe a famosa equação anti-vida, tão cobiçada por ninguém menos que Darkside. Então, se há matéria anti-vida, logo um vilão muito poderoso deve aparecer. Parece improvável, mas a aparição do Clark Kent de Tom Welling já mostra que, o Darkside do universo dele, que não foi necessariamente aniquilado, possa voltar a dar as caras.
MARV WOLFMAN NO CROSSOVER
Todos aqueles que amam quadrinhos, séries e filmes de heróis acostumaram-se com diversas aparições de Stan Lee nos longa-metragens da Marvel. O teor cômico de sua aparição sempre contrabalanceava momentos de stress e pura adrenalina durante as películas.
Assim, a DC decidiu que era hora também de trazer à tona seus escritores para que apareçam também em seus feitos. Assim, Marv Wolfman, roteirista e responsável por ser um dos escritos das HQs, a participação do mesmo foi confirmado durante a San Diego Comic-Con 2019.
NOVAS TERRAS
Após muito tiro, porrada, bomba, uma batalha final épica de tirar o fôlego, de certo modo, tudo se harmonizou. O presidente americano faz uma singela homenagem a Oliver Queen, que morreu uma segunda vez pelo bem de todos. O personagem começa a fazer uma narração esplêndida, de tirar o fôlego e fazer-nos chorar, mostrando as Terras desse novo multiverso do Arrowverso criado pós esta luta:
- Terra-2: realidade da futura série de Stargirl e onde se encontra a Sociedade da Justiça;
- Terra-9: realidade da série dos Titãs;
- Terra-12: realidade em que se encontra a Tropa dos Lanternas Verdes;
- Terra-19: realidade da série do Monstro do Pântano;
- Terra-21: realidade da série da Patrulha do Destino;
- Terra-96: realidade da HQ O Reino do Amanhã (Superman – O Retorno)
Essas terras alternativas existem, mas outras pessoas ficaram sem uma terra própria separada. É o caso de Black Lightning, a Batgirl, o Superman de Tyler Hoechlin, A Supergirl, Caçador de Marte, A Canário Branco, as Lendas do Amanhã e o Flash. Estão todos juntos e misturados na mesma terra agora. Isso pode proporcionar aos fãs diversas aventuras. Como a série de Superman & Lois foi confirmada recentemente, é mais uma forma de vermos os heróis interagindo mais vezes sem ter que aguardar o final do ano para tal. É como no desenho da Liga da Justiça, onde cada episódio tem a história e inimigo de um determinado herói.
CROSSOVER COM FLASH DE EZRA MILLER
Na verdade, esse crossover já era para ter acontecido. Decerto, o final de Crise nas Infinitas Terras contou com uma participação especial de Ezra Miller, o Flash do universo de cinematográfico de filmes da DC.
Em uma cena curta, mas divertida, ambos os heróis interagem entre si antes de desaparecer. Como Crise nas Infinitas Terras praticamente estabeleceu que todos as séries e filmes com personagens da DC fazem parte do mesmo multiverso, esse também deve ser o caso do universo cinematográfico da editora nos cinemas – e a presença do Flash de Ezra Miller é uma prova definitiva disso.
Agora podemos sonhar de forma menos cética em ver uma Gal Gadot aparecendo num crossover futuro. Quem sabe até Henry Cavill possa dar as caras mais a frente, afinal tudo indica que ele não é mais o Homem de Aço das telonas. De qualquer modo, agora, ficou claro que as possibilidades são incontáveis.
A LIGA DA JUSTIÇA
Como mencionado acima, os heróis que lutaram para manter o universo a salvo, acabaram ficando todos numa única terra. Black Lightning, a Batgirl, Caçador de Marte, o Superman de Tyler Hoechlin, A Supergirl, A Canário Branco, as Lendas do Amanhã e o Flash. Estes agora partilham de um mesmo universo e com ‘Lex Luthor’ no poder.
Assim, após todo o combate contra o Anti-Monitor, os heróis criam um memorial em um hangar abandonado dos Laboratórios S.T.A.R. para honrar Oliver Queen e seu legado.
É nesse momento que o Flash tem mais uma ideia para honrar o falecido amigo: o herói sugere que o memorial também se transforme em uma base para que os heróis possam se reunir em situações reais de perigo onde um dependa do outro.
Barry Allen revela a presença de uma mesa redonda com algumas cadeiras, cada uma com o símbolo dos heróis da Terra Prime. Ele também não se esqueceu de incluir uma para o próprio Arqueiro Verde, o que dá indícios que Oliver esteja vivo por ai em algum canto (seu corpo não foi encontrado). Uma imagem também mostrou que o hangar é bem parecido com o QG da equipe na série animada Super Amigos.
Levando em conta os símbolos presentes em cada cadeira, podemos dizer que a escalação inicial é composta dos seguinte heróis: Flash, Supergirl, Superman, Batwoman, Raio Negro, Canário Branco e o Caçador de Marte.
A CENA FINAL
Em Crise nas Infinitas Terras, a cena final é uma das coisas mais fofas já vistas em séries da DC. Apesar de simples e sem muito alarde, com ela, temos três heróis a caminho. É uma coisa tão linda, tão especial que não se faz necessário comentar a fundo, mas tenham em mente só uma palavra que certamente ouvirão muito em breve quando dois punhos se chocarem: ATIVAR!