CRÍTICA | ‘Annabelle 2: A Criação do Mal’ é uma mistura de suspense e terror em grande estilo
Ricardo Matui
Desde o princípio dos tempos, a maioria das meninas sempre gostou de bonecas para brincar e se transportar para outro mundo além da imaginação. E por que não pegar algo que a maioria delas gostam e transformá-la em algo que mete medo em qualquer pessoa? Esse é o princípio da sequência de “Annabelle”. O primeiro filme é, na verdade, a continuação do segundo. Nele, conhecemos um casal formado por John e Mia Form, que estão esperando seu primeiro bebê. Já no começo, John dá uma boneca para a esposa, colecionadora desses brinquedos. Ao que parece, trata-se de uma peça muito rara e difícil de ser encontrada. Até aí, tudo tranquilo. Porém, na mesma noite em que a boneca se junta à sua coleção ocorre um assassinato na casa do vizinho. Aí que as coisas começam a ficar estranhas.
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Descobrimos, em seguida, que os assassinos Annabelle Higgins e seu namorado são de uma seita satânica e a polícia começa a investigar o caso. Conforme o filme vai se desenrolando, percebe-se que a culpada de todos os horrores que acontecem com o casal e com as pessoas em volta dele é realmente a boneca que foi dada de presente pelo marido. Não irei detalhar muito sobre esse filme porque não é o foco, mas seria legal assisti-lo antes porque existe uma sequência no segundo que se encaixa perfeitamente com o primeiro.
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Bom, voltando a Annabelle 2: A Criação do Mal, pelo título já entendemos alguma coisa. O longa começa bem interessante, pois mostra a fabricação da nossa “querida” boneca Annabelle, ou seja, o principio de tudo literalmente falando. Depois dessa cena rápida do artesão, somos levados a uma sequência triste: a filha do casal Mullins, conhecida como Abelinha, tem uma morte trágica. Após isso, os pais, por pura caridade, decidem acolher as meninas de um orfanato para não se sentirem tão sozinhos naquela casa enorme. Mas mal sabem elas o que as esperam dentro da nova residência. Conforme as meninas e o casal vão se conhecendo, elas vão ficando curiosas com a história da casa e sobre a filha deles. Porém, coisas estranhas vão acontecendo com elas e mais suspeitas sobre o que ocorreu vem à tona e a história de como surgiu a Annabelle é revelada.
Annabelle 2: A Criação do Mal faz algumas referências a dois clássicos do terror. Um deles – não sei se foi a intenção – remete ao filme “O Chamado”, por causa do seu icônico “poço”. O segundo é em uma foto onde aparecem quatro freiras e o Sr. Mullins vê um vulto no canto escuro da foto. Referência clara a “Invocação do Mal 2”, que é a “Freira” que aterroriza o casal Warren. Esperamos que tenham mais entrelaçamentos de história.
As cenas aqui são muito bem produzidas, onde você é realmente transportado para aquela época. A cenografia, especialmente a igreja ou até mesmo as passadas nos cômodos da casa, é de aplaudir. Os efeitos sonoros da casa rangendo são sensacionais e, claro, a decoração da mesma com aquele “estilão retrô” são impecáveis. A trilha sonora, no entanto, no auge do suspense e terror, poderiam ter mantido o volume igual. O som aumenta muito, sendo que você se assusta mais com o volume alto do que a própria cena em si.
O conceito do filme é muito interessante, transformando o que é “comum” nas casas e em algo que transmite terror insano aos espectadores. Se você se interessou por “Annabelle” e gostaria de saber mais sobre como tudo surgiu, Annabelle 2: A Criação do Mal é um programa imperdível.
::: TRAILER
::: FOTOS
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Annabelle: Creation
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Gary Dauberman
Elenco: Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto
Distribuição: Warner
Data de estreia: qui, 17/08/17
País: Estados Unidos
Gênero: terror
Ano de produção: 2016
Duração: 100 minutos
Classificação: 14 anos