CRÍTICA #2 | ’15h17: Trem para Paris’ tira um pouco o foco do atentado terrorista e quebra a tensão natural do tema abordado
Giovanna Landucci
O título 15h17: Trem para Paris (The 15:17 to Paris) já entrega o que podemos esperar: algo irá acontecer na composição para a capital francesa. O longa se passa entre flashes dos acontecimentos no trem e momentos da vida de três grandes amigos de infância.
Assinado pelo experiente e aclamado diretor Clint Eastwood, este filme foge do perfil hollywoodiano que estamos acostumados a ver a Warner produzir. Baseado em fatos reais, a trama traz como protagonistas os garotos que, na vida real, viveram a história que o filme conta. O fato de não serem atores profissionais, deu um ar de realidade à produção. No entanto, isso não a fez perder o charme do cinema ou parecer um documentário.
A película é indicada para quem gosta de filmes estilo “cult” e que não se importa em esperar para chegar ao ápice da trama, afinal, o longa caminha através da infância até a juventude dos garotos e demora para ir ao encontro dos acontecimentos do trem. No entanto, essa característica não o torna nem um pouco maçante. No início, o enquadramento das cenas parece filmagem feita com câmera de celular, o que dá uma “pegada” real para que o espectador adentre a história como se estivesse na viagem pela Europa com os protagonistas. Esse é o gancho que inicia a história, explicando como eles se conheceram.
15h17: Trem para Paris é um filme que traz uma ótica de amizade e companheirismo, patriotismo, persistência na busca de um sonho onde ser integrante do Exército e fazer algo pelas pessoas, por seu país, tira um pouco o foco do atentado terrorista e quebra a tensão natural do tema abordado.
::: TRAILER
::: FOTOS
::: FICHA TÉCNICA
Título original: The 15:17 to Paris
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Spencer Stone, Alek Skarlatos, Anthony Sadler
Distribuição: Warner
Data de estreia: qui, 08/03/18
País: Estados Unidos
Gênero: drama
Ano de produção: 2017
Classificação: 14 anos