CRÍTICA #2 | ‘Thor: Ragnarok’ é uma bagunça organizada, divertida e que prende o espectador na cadeira

Breno Rodrigues

Thor: Ragnarok, é uma bagunça organizada, divertida e que prende o espectador na cadeira com bons e mals momentos. Estrelado por Chris Hemsworth, e dirigido por Taika Waititi é uma ótima comédia heróica da Marvel, e de longe acredite se quiser, o melhor filme da trilogia

Pois bem, desde o primeiro filme da franquia da Marvel em 2011 e em Thor: O Mundo Sombrio (2013), tivemos uma certa reformulação do personagem cascudo, turrão e até chato que era o Thor até agora, onde tanto o enredo que acompanhavam esse “humor” do herói, a alteração disso se acompanhou em todos os aspectos, em bom e mal sentido para uns e outros, Ragnarok é um uma bela explosão de luz após mundo sombrio, levando a gente para uma realidade diferente, divertida e questionável em alguns pontos.

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A inserção ao contexto do filme é super sem pé nem cabeça, com uma pegada ao “estilo Guardiões da Galáxia”, com tendências retrô, musical e visual, Thor: Ragnarok veio para dividir opiniões sobre o Deus do Trovão. No decorrer do filme temos momentos de ótimas risadas e alguns de tirar o folego, seja com algum tipo de batalha ou momentos emocionantes da família “Odinson”, onde sempre há conflito e de alguma forma, tudo se resolve (ou não).

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Grande parte do filme se passa no planeta Sakaar, durante e após Asgard, o que algumas vezes pode deixar confuso o espectador confuso. Governado por um “ancião” chamado Grão-Mestre, com muitas bizarrices que lembram um grande lixão, o planeta é uma espécie de catados de seres “perdidos”. Após alguns acontecimentos, Thor vai parar nesse planeta onde conhece uma guerreira que mais tarde tem sua origem revelada, e então é levado a participar de uma espécie de coliseu para lutar com um guerreiro, onde – como vocês já sabem – o nosso “amiguinho” Hulk é o seu adversário, virando parceiro mais à frente.

A construção da vilã, Hela, é um pouco complicada, pois ela simplesmente existe nesse universo de Asgard e tudo que a envolve vai surgindo de maneira atropelada. Então, para alguns, isso será desconfortável, porque são duas histórias acontecendo simultaneamente, que, no final, vão se unir. É uma situação bem interessante, mas forçada ao mesmo tempo. Da mesma forma que ela prende o público por ser muito poderosa, há momentos do filme que existe a famosa “forçada de barra” em cima dela, mas que acaba sendo crucial para o desenvolvimento do Thor.

Falando em vilão, como todos também já sabem, Loki reaparecerá. Então podem esperar para ver uma imagem completamente diferente do personagem na comparação com os longas anteriores. Não garanto que irá agradar a todos, já que ele foge completamente da personalidade Loki de sempre.

Há algumas aparições-surpresa, enquanto outras nem tanto. No longa fortalecem essa conexão do Universo Marvel já deixando todos ansiosos para “Vingadores: Guerra Infinita”. A participação de Hulk nesse filme é SEN-SA-CIO-NAL! Desde o primeiro instante, lutas, diálogos, tudo é muito bem trabalhado com nosso super vingador mega cômico. Foi legal tirar um pouco desse peso (ou tom sombrio se preferirem) de cima do Hulk e do melaço em  Vingadores: Era de Ultron.

Agora, o que INCONTESTÁVEL nesse filme é a evolução de Thor, desde Era de Ultron até os instantes finais do filme. Responsabilidade, respeito, perspectiva e – principalmente – poder, esse é um filme digno para alguém tão poderoso, que ainda assim não está no seu ápice como vemos nas HQs, mas que te deixa orgulhoso de chama-lo de Deus do Trovão, MAS como nem tudo é 1000 maravilhas, eles mudaram completamente a figura do Thor. Ao mesmo tempo que ele tem essa pegada bacana de cara malandro, piadista, beirando o sarcasmo de Deadpool (mas sem o humor negro), o fã de quadrinhos fica aflito por saber que o personagem não é assim.

Se tem uma coisa que, particularmente, eu nunca reclamo da Marvel, é a produção. Fotografia, atuação, sonografia e principalmente efeitos visuais vão te fazer chorar. Thor: Ragnarok é um mix de referências para crianças e adultos da nova e antiga geração. É um filme gostoso para se ver sozinho ou com os amigos e, vale recordar: se você assistiu Guardiões da Galáxia Vol. 2 irá identificar algumas referências, além de um pequeno spoiler: o Stark vai te fazer rir sem nem aparecer no filme.

Então, se você está ansioso para assistir, pode ficar mais ainda, Thor: Ragnarok é uma ótima aposta cheia de criatividade, personagens com ótima bagagem e com uma história com pontos importantes que irão preparar o espectador para algo maior. Que venha a Guerra Infinita!

::: TRAILER

::: FOTOS

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Thor: Ragnarok
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Craig Kyle, Christopher Yost
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Idris Elba, Jeff Goldblum, Tessa Thompson, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Benedict Cumberbatch
Distribuição: Disney
Data de estreia: qui, 26/10/17
País: Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2017
Classificação: 12 anos

Breno Rodrigues

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