CRÍTICA #2 | ‘X-Men: Apocalipse’ tem roteiro simples, mas efeitos e cenas de luta de encher os olhos
Gabrielle Meira
O mais antigo e poderoso mutante de todos os tempos retorna depois de séculos para destruir a humanidade. O roteiro é simples, mas o diretor Bryan Singer acertou em cheio com a nova Produção de X-Men: Apocalipse. Depois de inúmeras tentativas de consertar a ordem cronológica, finalmente a saga conseguiu realizar um filme que não se complica, segue uma ordem de tempo correta e abre margem para futuros filmes, com menos complexidade e falhas no roteiro.
Em oposto a simplicidade da história, temos efeitos especiais grandiosos. Isso já fica claro na primeira cena do filme. O público é transportado em uma viajem no tempo: pirâmides, faraós e rituais, nos colocam fora do ambiente X-Men. O que poderia ter se tornado um tiro no pé, foi uma grande sacada do roteiro, que utiliza o Poder do Grande Egito, para apresentar o que deveria ser o personagem principal do filme: o Apocalipse.
Ainda assim, os pontos altos e baixos do filme não são os efeitos especiais e nem o roteiro, mas sim a escolha dos atores que compõem o elenco. Depois de a saga sofrer pela falta de carisma em suas primeiras produções, com personagens sem sal, como o de Ciclope, interpretado por James Marsden, os mutantes em suas versões mais novas – Jean Grey (Sophie Turner), Scoot Summers ( Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp) e Noturno (Kodi Smit) – são carismáticos e dão vida ao longa. O ponto forte da história e grande alívio cômico são as cenas interpretadas por Evan Peters, o Mercúrio. O personagem é engraçado, genial e não precisa dizer quase nada para que arranque risos da platéia.
Magneto (Michael Fassbender) e Professor Xavier (James McAvoy), estão muito bem portados como os donos do filme, assim como nas outras franquias que aparecem. Jennifer Lawrence, ainda não consegue atingir o lado misterioso e forte da personagem Mística. A atriz parece estar presa a Katniss (personagem vivida por ela em Jogos Vorazes), em diversos momentos a heroína invade X-Men como um furacão e só percebemos que na verdade é a Mística quando ocorre a transformação de coloração azul da personagem.
Porém, o grande troféu abacaxi do filme vai para o Apocalipse, por Oscar Isaac. O vilão que deveria parecer poderoso e impiedoso, não dá medo em ninguém, possui uma expressão dura e clichê. Poderíamos dizer que é uma falha proposital, uma forma preguiçosa e até enganosa, a eliminação de um grande vilão, para evidenciar as cerejas do bolo: os X-Men.
É preciso comentar que finalmente a saga curou-se da “Wolverine Dependência”, o personagem tem uma cena muito bem executada e importante no filme, porém, não fez falta no decorrer da trama.
X-Men: Apocalipse gira em torno de uma história já conhecida pelos fãs da franquia: a luta do bem contra o mal. Roteiro simples, menos complexo, com efeitos e cenas de luta de encher os olhos. Vale o ingresso e a pipoca.
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