CRÍTICA | ‘As Tartarugas Ninjas – Fora das Sombras’ é mais divertido que seu antecessor
Anderson Vidal
Dave Green e Michael Bay acertaram mais uma vez com as tartarugas nas telonas. Vendo o resultado geral do longa, fica difícil imaginar um resultado que não tivesse algum dedinho do Michael Bay na produção, certamente, pra mim, ele é o cara certo para dar vida a esses heróis, tanto é que o filme é melhor que o anterior, com mais leveza e mais batalhas e um desfecho bem mais grandioso que o anterior.
Na trama, Vernon é visto como o grande salvador da cidade, após os eventos do primeiro filme e a prisão de Destruidor, e não da nenhum credito as tartarugas. Porém, o Clã do Pé já está armando a libertação de Destruidor, que quer a todo custo se vingar das tartarugas e acaba se aliando ao alienígena Krang.
A primeiro momento, e até agora ao escrever a crítica, não consegui encontrar nenhum ponto negativo sobre o filme, o que é ótimo. As Tartarugas Ninjas – Fora das Sombras segue um ritmo rápido e frenético a todo instante, sem cortes brutos de uma sequencia a outra e nos deixando perdidos.
A cena inicial deles no alto do prédio até chegarem a quadra de basquete já nos dá um deleite da personalidade de seus protagonistas, incluindo várias referências aos desenhos antigos e até aos games da época do Nintendo, deixando os fãs orgulhosos. Talvez eu tenha achado desnecessário a apresentação dos personagens, soou como se fosse o primeiro filme e eles querem fixar em nossas mentes quem é quem, mas fora isso foi tudo ótimo.
Gostei bastante de como incluíram Bebop e Rocksteady (Javali e Rinoceronte) na trama e as suas caracterizações. Ficaram idênticos aos desenhos e aos games das tartarugas, e a personalidade de ambos elevou a diversão do longa.
Outra inclusão muito bem feita foi a de Casey Jonas. Se eu não me engano, a cena foi praticamente idêntica ao de um dos últimos desenhos, Teenage Mutant Ninja Turtles, de 2012. Só senti falta do personagem aparecer fazendo mais o que fez nessa cena, em vez de ficar apenas seguindo a April, mas na história ele é assim também.
O ponto mais alto de As Tartarugas Ninjas são seus vilões, sem dúvida. Todos são bem trabalhados e tem seus bons momentos em cena, e destaque para Krang, e mais um ponto para a produção do longa em ter transformado a estranha criatura dos desenhos para a telona, ficou muito bom.
No mais, As Tartarugas Ninjas diverte e até brinca com Transformers, e até nos faz refletir sobre ser monstros e humanos, uma vez que a goma roxa que movimenta todo o longa transforma humanos em monstros e vice e versa, deixando um pequeno dilema para as tartarugas até o momento em que elas saem das sombras. Em questão do 3D, pouco uso foi feito e acredito que a cópia 2D deve ser tão boa quanto, apenas no momento da queda do avião na volta do Brasil que o 3D é muito bem utilizado, e só.