CRÍTICA | ‘Bohemian Rhapsody’ resgata emoção que o poderoso Queen transpassava nos palcos

Bia Merces

Dirigido por Bryan Singer, conhecido do grande público e crítica por produções grandiosas como “X-Men”, Bohemian Rhapsody retrata a vida e trajetória do talentoso e excêntrico Farrokh Bulsara, nome de batismo do memorável Freddie Mercury.

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Figura central da cinebiografia, que tem como nome uma das músicas de maior sucesso da banda da qual assumia total liderança, Freddie é interpretado pelo ator Rami Malek. Tanto nos trejeitos quanto no tipo físico, sua espetacular atuação faz parecer que de fato estamos diante do astro (mesmo com o olhar menos marcante que de Mercury). É preciso destacar que todo elenco demonstra verdade e consegue passar emoção em todas as cenas, sem deixar a desejar! Ponto alto do longa que, em boa parte do tempo, mantém um ritmo lento, podendo facilmente dispersar o espectador, em especial, os que não possuem grande admiração pelo Queen.

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O filme começa exatamente do início de tudo! A trama se concentra em um período de 15 anos, quando Freddie Mercury ainda vivia com a sua família e se ofereceu para ser vocalista da banda Smile, que, posteriormente, deu origem ao grupo que todos conhecemos. A partir daí, entra na trama Mary Austin, interpretada pela lindíssima e delicada atriz Lucy Boynton, o grande amor da vida do cantor e que o inspirou a compor “Love of My Life” e, ironicamente, a grande responsável por ele ter se assumido como homossexual.

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FOTO: FOX FILM / DIVULGAÇÃO

Entre tiradas engraçadas, bastidores de turnês e ensaios, reuniões, desentendimentos, romances e libertinagem “água com açúcar”, mesmo em ritmo “noveleiro”, a obra consegue nos transportar para o universo particular da banda e aprofundar o nosso conhecimento a respeito de Freddie. Rami Malek, seu intérprete, o leva além da arrogância midiática e apresenta o lado humilde, sensível, apaixonado, engraçado e entusiasmado do músico de forma honrosa.

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Além da cinebiografia, a produção assume caráter documental mostrando algumas imagens de época, entre elas a primeira edição do Rock in Rio e o Live Aid, evento beneficente em prol da erradicação da fome na África, ambos em 1985. O filme termina justamente com a apresentação no Live Aid, que marca o retorno do Queen aos palcos, após Mercury declarar que estava infectado pelo vírus da AIDS. Com recursos visuais adequados, somos levados para dentro do evento, colocados no meio da plateia, vibrando, cantando e sentindo toda a emoção que Brian May, Freddie Mercury, John Deacon e Roger Taylor e o poderoso Queen são capazes de proporcionar.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Bohemian Rhapsody
Direção: Bryan Singer
Elenco: Rami Malek, Lucy Boynton
Distribuição: Fox
Data de estreia: qui, 01/11/18
País: Estados Unidos
Gênero: biografia
Ano de produção: 2018
Classificação: 14 anos

Bia Merces

Beatriz Merces, ou simplesmente Bia Merces, é uma amante da sétima arte e de todas as formas possíveis de cultura. Fã de obras que não só entretenham, mas que façam pensar, gosta de prestar atenção em histórias e “cores que nem sabe o nome”. Se sente uma espécie de Zé Wilker de saia quando escreve sobre filmes. Formada em jornalismo, já trabalhou como produtora de conteúdo em rádio. É também fotógrafa, por hobby, e fascinada por tudo que a comunicação pode lhe proporcionar!
NAN