CRÍTICA | ‘Cemitério Maldito’ (2019)

Demétrius Carvalho

Falamos do mestre Stephen King em uma de suas obras mais conhecidas e bem-sucedidas do ponto de público: Cemitério Maldito (Pet Sematary), mas, pasmem, não é uma obra que o agrada.

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Segundo o próprio autor, a proximidade com sua própria vida lhe incomoda, pois ele morou em uma casa em beira de estrada, perdeu um gato atropelado e mesmo o cemitério de animais existia nos arredores. Obviamente, a parte fantástica de “O Cemitério” (nome original do livro) foi criada em sua cabeça e, como todos sabem, fez muito sucesso.

Em tempos de releituras e refilmagens, Cemitério Maldito chega aos cinemas no dia 9 de maio e, se você tem um pouco mais de idade ou teve acesso ao filme de 1989, de cara, sente uma mudança estética da obra.

A família Creed busca uma vida “desacelerada” ao saírem de Boston para morar em uma casa no interior na beira de uma estrada. Cenário perfeito para passarem mais tempo juntos e viverem em família. Apenas os caminhões em alta velocidade na porta de casa parecem incomodar de início a família constituída pelo casal, seus dois filhos pequenos e o gato Church.

Foto: Paramount Pictures / Divulgação

Um certo dia, a pequena Ellie (Laurence Jogado) presencia com sua mãe um fúnebre enterro. O clássico vizinho soturno é Jud Crandall (John Kithgow), que acaba mostrando o pequeno cemitério de animais existente ainda dentro das terras da família Creed. Louis Creed (Jason Clarke) vai tentando restabelecer a nova rotina em suas vidas e, mesmo com uma alucinação não esclarecida sobre um paciente recém morto, tenta dar suporte psicológico, principalmente quando o gato da família é atropelado na estrada. Os pais divergem um pouco da forma como devem tratar a morte do gato amado, mas Jud, o soturno vizinho que aos poucos se afeiçoa à Ellie, não tem dúvidas. Leva o gato para terras um pouco além do cemitério de animais. Mais precisamente um cemitério indígena que tem o poder de trazer de volta os mortos. As alucinações de Jason, somado a certeza de que Church estava morto, no entanto, mexem com Louis, que cobra explicações de Jud.

Aos trancos e barrancos, a vida deles vai seguindo até que a morte de Ellie, em pleno dia de festa, altera todo o curso de suas vidas. Enquanto a mãe resolve passar um tempo com os pais em Boston para viver o luto, o pai, inconformado, resolve apelar para o cemitério para trazer sua filha de volta sem que sua mulher soubesse. Daí para frente, o clima de terror está completamente instaurado e com algumas diferenças do filme original.

Gage Creed (Lucas Lavoie / Hugo Lavoie), o mais novo, tem papel menor em relação ao antigo filme, mas ao término dessa versão, fica claro que seu papel continua tendo imensa importância.

Cabe, em Cemitério Maldito, reinterpretação até da canção “Pet Sematary”, dos Ramones, na nova versão. Fãs do gênero irão aprovar a nova película que está no mesmo parâmetro do que vemos nos filmes de terror dos tempos atuais.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Pet Sematary
Direção: Kevin Kolsch, Dennis Widmyer
Elenco: Jason Clarke, Amy Seimetz, John Lithgow
Distribuição: Paramount Pictures
Data de estreia: qui, 09/05/19
País: Estados Unidos
Gênero: horror
Ano de produção: 2018
Duração: 101 minutos
Classificação: 16 anos

Demétrius Carvalho

Demétrius Carvalho é músico, multi-instrumentista e produtor musical de origem, mas anda com frequência em outras artes passando pela literatura, fotografia. Blogueiro, da suas impressões ainda sobre cinema, artes plásticas e definitivamente é multimídia adorando sobrepor arte sobre arte.
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