crítica da série Boo, Bitch da Netflix de 2022

Foto: Netflix / Divulgação

Não perca seu tempo com ‘Boo, Bitch’

Wilson Spiler

Lana Condor é um rostinho bastante conhecido da franquia teen Para Todos os Garotos. Os três longas fizeram muito sucesso na Netflix e, agora, a atriz se arrisca em uma série volta para o mesmo público, que também vem obtendo êxito na plataforma.

A série Boo, Bitch, da Netflix, foca na história da tímida Erika Vu (Condor). Chateada por  não ser popular no colégio, em grande parte graças à popular e malvada Riley (Aparna Brielle), que constantemente fazia buylling com a protagonista. Mas tudo muda quando, em suas últimas semanas do ensino médio, sua melhor amiga Gia (Zoe Margaret Colletti) a convence a ir ao baile da escola.

Durante a festa, ela chama a atenção de Jake (Mason Versaw), ninguém menos que o ex-namorado da “malvada” Riley. No entanto, quando a ressaca passa, as duas amigas descobrem, na verdade, que Erika sofreu um acidente e está morta, mas, sabe-se lá por que as pessoas ainda conseguem vê-la e se comunicar com ela. A partir disso, a dupla constata que Erika precisa cumprir uma “missão” e mudar a rota de sua vida antes de deixar esse plano espiritual.

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Geração tiktoker

Diante de uma história fantasiosa, é natural o espectador se deparar com situações absurdas. Levando-se em conta que estamos lidando com uma série teen, é ainda mais natural que a produção se volte para o comportamento adolescente atual, viciado em redes sociais e sedento por likes. A novidade aqui é que não sabíamos (ao menos eu) que esse público anda tão bitolado e tão pouco exigente com o que assiste.

Afinal, qualquer linguagem mais jovial, com uma direção de arte colorida e rostinhos fofinhos e bonitos já conquista esse tipo de público. Mesmo sem um roteiro que faça sentido e com situações tanto clichês quanto constrangedoras, é um produção que certamente vai atingir em cheio o público ao qual é voltado. Parece mais um produto previamente encomendado com todos os ingredientes para a agradar a geração tiktoker.

Brega, cafona, forçado e tosco

Mas é tudo tão brega, cafona e pouco espontâneo que chega a dar vergonha alheia em muitos momentos. Se você é um adolescente ou algum adulto que se interessa por produções do gênero, há muitas atrações melhores, inclusive no catálogo da Netflix. Somente para ficar em séries, Sex Education, Heartstopper e As 7 Vidas de Lea são algumas opções muito superiores.

Ao fim, Boo, Bitch tenta construir uma reviravolta na trama das mais toscas, que acaba se tornando pura forçação de barra para que tudo termine bem no final. O desfecho, então, meus amigos, é para fechar a tampa do caixão. Para a nossa felicidade, ao que tudo indica, a história foi concluída. Que os deuses não nos tragam uma segunda temporada.

Onde assistir à série Boo, Bitch?

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Trailer da série Boo, Bitch, da Netflix (2022)

Boo, Bitch (Netflix): elenco da série

Lana Condor
Zoe Colletti
Mason Versaw

Ficha Técnica: série Boo, Bitch (Netflix)

Título original do filme: Boo, Bitch
Episódios: 8
Duração: de 22 a 28 minutos
Criação: Lauren Iungerich, Erin Ehrlich, Tim Schauer e Kuba Soltysiak
Direção: Kimberly McCullough, Erin Ehrlich, Lauren Iungerich e Kim Nguyen
Roteiro: Erin Ehrlich, Vivian Huang, Lauren Iungerich, Tim Schauer, Kuba Soltysiak, Jewel Chanel, Sonia Kharkar e Stefanie Leder
País: Estados Unidos
Gênero: comédia
Ano: 2022
Classificação Indicativa: 14 anos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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