Crítica de Filme: Capitão América 2 – O Soldado Invernal

Stenlånd Leandro

Quando tive a oportunidade de assistir Capitão América – O Primeiro Vingador, mesmo sabendo que sou fã da DC, tive uma certa culpa ao sair de lá achando que este filme era apenas legal. Assim foi com o primeiro Thor também o qual eu simplesmente achei de medíocre mas tudo ensina, e a Marvel aprende muito rápido.

Na sequência de Thor (O Mundo Sombrio) fomos capazes de assistir a evolução que uniu o útil ao agradável. Efeitos especiais belíssimos e também uma história coesa, sem muitos furos e com vilões realmente imponentes.

Em Capitão América 2 – O Soldado Invernal a coisa não é muito diferente. E sim, evolução é a palavra mais usada para este longa. O cânone usado para acalentar o coração do fã dos quadrinhos ou não foi dizer que pés no chão seria o mais passível de compreensão e assim a fórmula foi mais simples do que se imagina. Diferentemente de Bryan Singer que não evoluiu ainda em seus Xmen’s, Kevin Feige de um para seu segundo longa, cresceu tanto que aplaudir este longa seria tão pífio e tão pouco, que ainda estou tentando achar uma palavra que designe bem a afirmativa para tal crítica.

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[alert type=red ]SPOILERS ABAIXO[/alert]

Steve Rogers tem seus inimigos espalhados por tanto canto, que ao longo dos seus 70 anos adormecidos, uma coleção de inimigos também foram adormecidos, mas ao ser reativado como uma arma, como o Super Soldado, também super vilões vem à tona, e isso inclui algo que eu jamais pensei que fosse acontecer, ter a chance de imaginar como seria um Arnim Zola na sequência deste em questão. Ao invés de ir de encontro ao Soldado Invernal, falar do ‘’ falecido’’ Zola, que esteve presente no longa anterior, faz do fã mais fiel, tentar entender onde estaria o Arnim Zola ali, mas este vilão não é tão simples de ser adaptado, e todos sabem disso, então, ao invés de reconhecerem que o mesmo teria tal nome esquisito, criou-se um estratagema onde o mesmo de mental não teria muito, mas lembrando que é possível viver dentro de uma máquina, ter sua mente transferida para um computador, como veremos no próximo filme de Johnny Depp em Transcendence, alterando a percepção do que seria válido como real e aceitável. Sendo assim, o Algorítimo de Zola é o que temos para o momento, enquanto a carcaça do vilão mencionado, ainda não foi evoluída.

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Mas agora voltando momentos antes no filme, e dando ênfase realmente ao maior vilão em questão, nada atormentaria mais a vida do Capitão América estar sozinho e lutando contra um inimigo tão poderoso que seu escudo não daria sequer conta de pará-lo, mas e se o inimigo tivesse a chance de ter este escudo em mãos e o capitão estivesse totalmente indefeso?

O Soldado Invernal é tão perturbador para o Capitão quanto Kurse também foi para Thor, e no calor da batalha podemos dizer que tudo estaria perdido, pois o filme vai tendo um lado totalmente investigativo e peças começam a se encaixar e enfim descobrir de onde veio tal soldado, pois de início, sua origem não é revelada, vira realmente um total transtorno psicológico. A Origem do mesmo é real e a mesma dos gibis, sendo ele um amigo antigo de Steve Rogers, que foi aquele quem caiu do trem, no primeiro filme.

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O Soldado Invernal praticamente mostra o Capitão América tentando se adaptar ao mundo contemporâneo depois de passar belos 70 anos congelado e lidando com as consequências dos eventos mostrados em Os Vingadores. Agora, como operador da SHIELD lida com as contradições éticas e morais dos tempos atuais, o que leva a embates com o Diretor do órgão,Nick Fury, mas também com o responsável maior pela agência, Alexander Pierce. Enquanto isso, irá descobrir que seu velho amigo Bucky Barnes não apenas sobreviveu ao tempo da Guerra, mas é agora o vilão chamado Soldado Invernal.

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E não para por ai na quantidade de vilões, afinal se você é fã real da Marvel, verá que ter um BATROC vivido por Georges St. Pierre no seu primeiro embate de vilão complicado, é mais que ver numa vereda, algo totalmente frenético de se assistir em questão de lutas. As cenas, fogem da realidade, apesar de simples, e você vê realmente que o lutador de MMA sequer usa ‘famosos’ dublês para as cenas mais potentes da cena em que se põe à risca.

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Saindo da menção do vilão, e analisando melhor cada herói, numa redoma total, o longa é realmente expansivo, e os erros que acontecem em Wolverine Imortal ao meu ver, graças a deus em Capitão não. As cenas de luta do filme são incríveis e o herói toma tanto tiro na ‘’lata’’, se é que entendem, que sem seu escudo teria virado um saco de batata furado. Em Wolverine, as cenas são em locais muito fechados, parece que é como aquele limitador que os jogos de videogame tem, quando você recua numa fase e chega num ponto onde o personagem não ultrapassa, pois é até onde o personagem consegue ir ou não, e vejo isso como um defeito aguçadíssimo em filmes de herói.

Sempre aprendi a ver heróis como Wolverine e Capitão América pulando no pescoço das pessoas, dando altos saltos e por mais ágil que eles sejam, Capitão consegue fazer isso com tal façanha que a evolução do campo de batalha passou de um pequeno lugarzinho como foi em Wolverine Imortal na cena da luta final, que parece que os produtores acharam que repetir isso seria interessante, mas numa magnitude muito mais evolutiva. O que estou tentando dizer, é que em Os Vingadores aprendemos que os heróis voam (como Homem de Ferro), andam e pulam como Hulk e o próprio Capitão América de um canto pro outro, sem medo, sem limitação de área e aqui isso é muito crível e incrível ao mesmo tempo,e vale lembrar da incursão daViúva Negra ao ser jogada para o alto pelo Capitão América e lutar contra o Loki naqueles veículos que estavam sob nossas cabeças dentre outras coisas mais que no longa aqui em questão, este limitador quase que não existe.

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Um outro detalhe sobre tal redoma, é que não limitaram os movimentos do Falcão, que voa pra lá e pra cá e os efeitos do mesmo são perfeitos e delineados, de um ângulo muito otimista enquanto que se formos comparar com X-Men, nunca vi uma Tempestade tão furreca que só voa numa direção (de baixo pra cima) rodopia (quando rodopia) e solta raiozinhos de 110 volts e uma leve brisa que até mesmo o cachaceiro mais magro da esquina possa se suportar em pé. Falcão põe suas asas em movimento de uma forma tão realística, tão mais convincente que realmente, valeu a pena saber que ele estava neste longa e pude ver sua forma intrépida de voar e se locomover com tanta facilidade, o que para muitos, numa iniciação do longa, nem parecem ser tão eficazes assim, o que não é o caso.

Saindo da lista de heróis e vilões com poderes, habilidades e ferramentas que os ajudem, Natasha Romanov, ou melhor, a belíssima Viúva Negra, é realmente incrível e se faz necessária para a trama da película. Sem sequer possuir poderes, consegue mostrar ao público que a mesma realmente merece um longa solo, quando pouco ao menos uma série. Natasha possuí um segredo e sabemos disso, aliás, (que não sabemos ?) e isso a deprimi muito em qualquer longa que dê as caras. Trabalhar numa personagem tão complexa, inclusive mais complexa que toda uma rede de heróis com tantos poderes, é pra lá de estranho, mas quem se importa? A Viúva Negra que apareceu pela primeira vez em Homem de Ferro 2, simplesmente ganhou o coração de todos, e por mais que saibamos que todo esse segredo fará com que o mundo da Marvel vire um caldo grosso e empolado, cada vez que ela aparece, mais fãs da mesma surgem pelo globo.

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O vínculo entre Falcão, Viúva Negra e Capitão América é grande, e felizmente, ninguém sairia daí vivo se fossem apenas um na zona de combate, pois sozinho Capitão não teria a menor chance. O impasse retroativo de toda uma vida não vivida enquanto se mantinha ileso no gelo, faz lembrar que uma vez ele já tentou ser alguém diferente e que sim, pudesse fazer a diferença, como o Batman, incorruptível, segundo o Coringa. A frase Incorruptível se faz necessária pela trama toda que envolve o poder que a SHIELD começou a exercer sob a humanidade em segredo. Criar novos porta aviões voando sob nossas cabeças com gigantescas metralhadoras focadas em nosso planeta, focados em uma possível segunda invasão como aconteceu em Vingadores, é pra lá de paliativo, ou não? Vê-se deste ângulo, afinal, tais armas poderiam ser ineficazes contra um Thanos ou contra um Shuma Gorath numa futura invasão, afinal, possuem poderes que vão além de tiro e bombas nucleares.

SHIELD começa a trapacear contra ela mesmo, quando possíveis espiões da antiga HIDRA se instalam e começam a pôr tudo pelos ares, inclusive ameaçam a vida de Nick Fury. Tudo se faz necessário, para um bem maior e sim, um mal ainda mais funesto, pois somente o soldado invernal neste ápice do filme, seria muito pouco, para a grandeza que o herói se faz presente no dia a dia do povo americano.

A cena pós crédito é grande, aproximadamente um minutos e meio, e cria uma ponta para o filme dos Vingadores e seus próximos membros que certo de que vão unir o lado mágico com mais efeitos especiais brilhantes. Apenas digo: PREPAREM-SE.

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Assim, o cume só pode ser alcançado quando se tem aquilo com o que se batalhar, e assim, Capitão tem seu escudo e claro, o povo americano o ovaciona intensamente e por mais que queiram difamar seu renome, a busca pelo outro lado da moeda é sempre derradeira em alguns momentos. De tudo que está por ai, Capitão América é mais uma arma evolutiva da Marvel Studios e Kevin Feige, onde cada dia que passa, me faz crer que a famosa luta entre os Vingadores e Thanos num futuro ainda que distante, possa ser realmente o ápice quanto a filmes heroicos num geral.  Sim, A película é cheia de situações extremas de tirar o fôlego, e uma vibração notória e coesa sobre o mundo de espionagem da Guerra Fria e mixando com os dias atuais.

Tentar ser neutro, não há como, pois o tocante da película agradará até mesmo a realidade mais efêmera do leitor, fazendo com que tudo que dure tão logo assim, prolongue-se por eras, afinal, aqui começa uma nova era e Capitão América 2 – O Soldado Invernal é simplesmente épico, atemporal, torrencial e frenético.

BEM NA FITA: Tudo!

QUEIMOU O FILME: Absolutamente nada…

FICHA TÉCNICA:

Gênero: Ação

Direção: Anthony Russo, Joe Russo

Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely

Elenco: Anthony Mackie, Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Sebastian Stan

Produção: Kevin Feige

Fotografia: Trent Opaloch

Ano: 2014

País: Estados Unidos

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN