Crítica de Filme | Hotel Transilvânia 2
Juliana Góes
Sequências de filmes de sucesso são grandes apostas dos estúdios para faturar alto. A estratégia tem dado certo e leva multidões aos cinemas. A animação da Sony Pictures, Hotel Transilvânia, não poderia ser diferente. O longa de 2012 surpreendeu ao arrecadar US$ 42,5 milhões nas bilheterias. O Conde Drácula e seus amigos monstrengos voltam as telas dos cinemas, em Hotel Transilvânia 2. Como era de se esperar, o segundo filme nem sempre é tão bom quanto o primeiro, mas garante boas risadas.
A história ganha destaque para o nascimento do pequeno Dennis, filho de Mavis, que é uma vampira e, Jonathan, um humano. O vovô Drácula quer a qualquer custo treinar seu neto, a se tornar um vampiro assustador, já que Dennis ainda não demonstra nenhum sinal de que um dia se tornará um vampiro.
A história não empolga no início, quando envolve todos os personagens do filme. Mas começa a ficar interessante e até mais engraçado, quando Drácula recruta seus amigos Frank, Murray, Wayne e Griffin para ajudá-lo a fazer com que seu neto, Dennis passe por uma escolinha de monstros.
Os personagens secundários reforçam a comédia, principalmente a múmia Murray, que constantemente “salva” Drácula com o uso do celular. Enquanto isso, Mavis está ocupada visitando os sogros humanos com o marido Jonathan na Califórnia. Novos personagens como os pais de Jonathan, são engraçados, mas pouco explorados no filme. O pavor de Drácula é uma possível visita de seu pai, Vlad, ao Hotel, e que ele descubra que o bisneto não é completamente um vampiro.
A animação se baseou no mundo virtual para explorar com frequência, cenas que envolvem a nossa atualidade, como a “luta” de Drácula ao ligar de um aparelho celular de tela touch screen, um GPS desesperado sem saber qual caminho seguir, além de selfies entre humanos e monstros.
A ideia de brincar com tecnologia é certeira, mas o longa falha em alguns pontos com personagens dançando meio sem sentido, lição de moral gasta, fora a dublagem brasileira que as vezes não encaixa no contexto do diálogo original.
Na dublagem americana, nomes de peso integram o elenco. O ator Adam Sandler, dá voz ao protagonista, além de assinar como produtor-executivo da animação. A cantora Selena Gomez empresta a voz à Mavis, filha adolescente de Drácula, Andy Samberg, na voz de Jonathan, Kevin James como o Frankenstein e Mel Brooks na voz de Vlad.
Produção e roteiro ficam a cargo de Genndy Tartakovsky, criador dos desenhos ‘O Laboratório de Dexter’ e ‘Meninas Super-Poderosas’, maiores sucessos do Cartoon Network. As duas produções conquistaram o público por sair da mesmice que a indústria se encontrava.
Resumindo, Hotel Transilvânia 2 é uma animação para todas as idades. Diverte as crianças do início ao fim, mas nos primeiros 30 minutos de exibição, não impressiona adolescentes e adultos. Assistir em 3D é ainda melhor.
A sequência estreia nos cinemas no próximo dia 24 de setembro
FICHA TÉCNICA
Gênero: Animação
Direção: Genndy Tartakovsky
Roteiro: Adam Sandler, Robert Smigel
Elenco: Adam Sandler, Andy Samberg, Chris Kattan, David Spade, Fran Drescher, Julia Lea Wolov, Keegan-Michael Key, Kevin James, Mel Brooks, Selena Gomez, Steve Buscemi
Produção: Michelle Murdocca
Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh
Ano: 2015
País: Estados Unidos