Crítica de Filme | Minions
Anderson Vidal
Em 2010 quando era lançado Meu Malvado Favorito, algumas criaturinhas amarelas se destacaram mais do que o seu protagonista, mais do os demais personagens e mais do que o próprio filme. Desde então, os Minions ficaram tão queridos pelo publico infantil e adulto, que até já são ícones da cultura pop, podendo ser encontrados em customização de outros personagens, roupas, brinquedos, acessórios e afins. E de tamanha a força foi visto a necessidade de um filme solo, mesmo depois do Meu Malvado Favorito 2.
Minions é um spin-off do que já nos foi apresentado anteriormente, nos mostrando o início, a muitos e muitos anos atrás, quando os minions ‘nasceram’ e o seu primeiro vilão favorito foi o dinossauro. Porém sempre arrumam um jeito de estragar e ter que procurar um novo chefe. E isso acontece em ótimos e divertidos momentos, como quando servem para o Drácula ou no Egito. E como nasceram para servir, a caça de um novo vilão sempre continua, até que se encontram numa caverna e constroem a sua civilização ali. E muitos anos mais tarde, os minions sentem a necessidade de ter um novo mestre para seguir, então o nosso herói Kevin, tem a ideia de sair da caverna e dar esperança novamente ao seu povo, procurar um vilão, e Stuart e Bob – o mais fofo de todos, se juntam a Kevin nessa aventura.
Minions está um pouco longe de ser a melhor animação do ano ou o melhor desenho já lançado, mas cumpre muito bem o papel de nos apresentar os queridos minions e em nos divertir. Com toda a fofura transbordando da tela de cinema sobre a gente, de tão lindos que são!
Com um enredo muito bem construído e amarrado e o roteiro redondinho, acompanhamos Kevin, Stuart e Bob em Nova York de 1968, perdidos e fascinados com a cidade grande até descobrirem sobre a Expor Vilões, em Orlando, onde estará à maior vilã do momento Scarlet Overkill (Sandra Bullock), então, vão atrás da mais nova mestra.
Kevin, Stuart e Bob enfrentam muitos problemas e aventuras que são desenvolvidas de uma forma muito positiva e bem construída, e me agradou muito o lado inocente dos minions, em estarem tão envolvidos em buscar um mestre, que não percebem quando esse mestre quer se livrar deles e eles fazendo o possível para se desculpar ou ajudar. E esse lado inocente que muitas vezes os fazem criar os melhores momentos, como quando Bob e Kevin brigam pela bazuca e acabam disparando, dentro do carro da família traficante. E me decepcionei um pouco com a grande vilã Scarlet, a achei uma charlatona que vive de tecnologia, que nada mais quer do que arrumar ‘empregados’ para roubar algo que ela é incapaz de roubar, mas esse fato em nada compromete o andamento da história.
Pontos positivos para as novas musiquinhas apresentadas pelos minions, nenhuma tão viciante quanto Banana Song, mas tão fofas e engraçadas quanto, destaque para o número com os guardas de Londres. Mais pontos para o minion Bob, é uma fofura e, para mim, o mais engraçado. Ele ‘adotando’ o rato no esgoto é uma amostra do quão carinhoso ele é. Mais e mais pontos a comédia no longa, nós rimos, gargalhamos e ficamos com um sorriso durante toda a seção, e nenhum clichê ou piada batida foi jogada de qualquer forma para forçar uma graça, até com os minions tristes, nós rimos. E temos uma ótima surpresinha no final!
A cópia em 3D talvez não tenha muita diferença da 2D, mas temos ótimos momentos, no início, por exemplo, mostrando os minions ‘nascendo’, a utilização do 3D foi ótima, e algumas outras cenas também teve um bom resultado da dimensão, as explosões de confetes e algumas cenas de ação.
Com estreia para esta quinta-feira (25), é certo dizer que Minions conquistará, ainda mais, o mundo, e com muito mérito. Já quero o Minions 2!
FICA TÉCNICA:
Diretores: Pierre Coffin e Kyle Blada
Elenco: Sandra Bullock, Jon Hamm, Michael Keaton, Allison Janney, Steve Coogan, Jennifer Saunders, Geoffrey Rush, Pierre Coffin, Katy Mixon.
Roteiro: Brian Lynch
Trilha Sonora: Heitor Pereira
Produção: Chris Renaud
Criador gráfico dos personagens: David Rodrigues
Animador: Vincent Le Ster, Jean Duval