Crítica de filme: “A Morte do Demônio”

Colaboração

*** Colaboração de Leandro Steland ***

Após diversas decepções relacionadas a filmes de possessão demoníaca (Último Exorcismo, Alma Perdida e Filha do Mal), finalmente posso morrer em paz ou não, uma vez que A Morte do Demônio faz jus ao seu antecessor e, diga-se de passagem, acaba sendo até melhor.

mortedodemonio_6O que costumava ter no filme anterior (pitadas de humor), já não existe aqui. O longa já se inicia tenso, de forma conturbada e dinâmica quanto a uma possível possessão que acontece alguns anos antes de acontecer com os reais protagonistas da película, o que leva até eles o famoso Livro dos Mortos no porão junto a uma imensa carnificina de bruxaria.

A história é fiel até certo ponto. Vale lembrar que as refilmagens de clássicos do cinema sempre chegam às salas com expectativas negativas e, dessa forma, pensei até ter a chance de me decepcionar. Braços decepados, cabeças amassadas, pistola de pregos, serra elétrica pra lá e pra cá e um filme que vai crescendo e crescendo, criando uma trama incrível, inteligente, e finalmente diferente de algo já visto no cinema quanto às produções de possessão, uma vez que o que parece ser o salvador de nosso filme “Ashe”, não vem a ser algo tão convencional.

O famoso corte da língua com estilete é interessante e cruel. O que se foi feito no clássico número dois (corte de braço e adição do motosserra na mesma, além da queima do Livro) também é algo incrível. Mas, como já era de se esperar, mudaram algumas coisas e consequentemente, o Livro não queima, o que, para o meu próprio desespero, foi algo cruel para aqueles que tinham esperança. Quando tudo parece estar acabando, nosso “Ashe” faz o filme parecer ainda mais digno de assistir (apesar do excessivo e maçante uso de sangue nas cenas, que em certos momentos chega a ser enjoativo). A Morte do Demônio não é só mais um longa sobre possessão, mas algo que me deixou inteiramente satisfeito.

evil dead cena

Sangue, muitoo sangue!

Vale lembrar que há cenas pós créditos e durante a música que encerra os mesmos. Também há o trecho antigo do filme narrado, onde o famoso arqueólogo diz ter encontrado o Livro dos Mortos (o que não é surpresa para vocês) mas é necessário sim, assistir a cena. Irá compensar!

BEM NA FITA: A maquiagem usada para o formato dos demo-zumbis ficou bem ‘limpa’ e interessante; a trilha sonora fez com que o filme ganhasse mais atenção e desespero de alguns na sala, que pulavam da cadeira com um medo pra lá de anormal.

QUEIMOU O FILME: O excessivo uso de sangue – que chega a ter uma chuva disso no filme – é algo desnecessário, fazendo com que o longa acabe ganhando um tom gore além do normal, perdendo um pouco de sua identidade.

FICHA TÉCNICA:

Nome: A Morte do Demônio (Evil Dead)
Diretor: Fede Alvarez
Elenco: Jane Levy, Jessica Lucas, Shiloh Fernandez, Lou Taylor Pucci, Elizabeth Blackmore
Produção: Bruce Campbell, Sam Raimi, Robert G. Tapert
Roteiro: Fede Alvarez, Diablo Cody, Sam Raimi, Rodo Sayagues Mendez
Fotografia: Aaron Morton
Trilha Sonora: Roque Baños
Duração: 92 min.
Ano: 2013
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: FilmDistrict / Ghost House Pictures / Sony Pictures Entertainment
Classificação: 18 anos

Colaboração

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NAN