Crítica de Série | Fuller House (Episódio Piloto)

Anderson Vidal

Foi liberado nessa quinta-feira (26), a primeira temporada de nova série ‘original’ da Netflix: Fuller House.

Para avaliar esse primeiro episódio, esquecerei um pouco a série original – apesar de comentar suas semelhanças. Fuller House teve vários momentos engraçados e destaco logo de início a explicação para a ausência de Michelle. (Todos sabemos que as gêmeas Olsen não quiseram participar e alegaram que estão envolvidas mais com o ramo fashion, e a sacada deles foi genial).

O que me ganhou nesse episódio, porém, foi o que pode derrubar a série caso ela siga nesse caminho: o excesso de referências e piadas usadas que foram retiradas da série original, acrescentaram pouquíssimos artifícios novos a esse episódio piloto. Mas foi muito bom rever D.J. e Steph relembrando de quando dividiram o mesmo quarto, as manias de limpeza de Danny, a gula sem fim de Steve, o momento em que cantam a música dos Flintstones para o filho de D.J… e por ai vai. Ao meu ver, foi ótimo assistir tudo isso, porém, parando pra se pensar de uma forma mais crítica, o episódio serviu como uma continuação quase que direta de Full House, como se o tempo tivesse estagnado desse 1995, quando Full House foi finalizada. Nada mudou, Joey continua morando no porão e se vestindo igual, Jesse continua sendo lembrado pelo sucesso no Japão e com a canção Forever e o fanatismo pelo Elvis, Rebecca e Danny continuam apresentando um talk show juntos, Kimmy ainda se encontra pirada, o retorno de Cometa Junior Junior, o mesmo mecanismo que funcionou na primeira série. E será que funcionará aqui também?

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Repito que eu não me incomodei com nada disso, como espectador desliguei o lado crítico e aproveitei o nostálgico e ótimo episódio piloto, porém pensando de uma forma crítica houve essas repetições do passado.

Agora falando sobre o que foi apresentado de novo, os filhos de D.J. e a filha de Kimmy. Por enquanto não enxerguei potencial nessas tramas, uma vez que o filho do meio herdou a mania de limpeza do avó, então pode-se perceber que futuramente ele seguirá esses passos, o que me chamou mais atenção e pode render bons momentos, é a implicância entre Jackson e Ramona. Se na primeira série vimos um Tanner e um Gibbler sendo amigos inseparáveis, Fuller House já mostrará uma relação oposta, e o fato de um ser menino e a outra menina, pode ser muito bom. E também gostei da premissa inicial, que é relativamente igual a Full House, onde Jesse e Joey vão morar com Danny para ajudar a cuidar das filhas. Aqui, Steph e Kimmy decidem ‘abrir mão’ de seus afazeres e ficar com D.J. para lhe ajudar a cuidar dos filhos, enquanto os mais velhos seguirão, finalmente, as suas vidas em L.A., mas quero muito que eles voltem a aparecer, não com tanta intensidade como nesse episódio, mas que se tornem recorrentes.

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No mais, não me incomodo de Fuller House seguir os passos de uma série que fez sucesso, porém é preciso saber utilizar isso, uma vez que Full House fez sucesso nos anos 80, e o público de hoje é diferente. Então que ela seja original e que continue nos trazendo momentos do passado.

PS: AMEI a abertura. Foi muito bonito relembrar elas no passado e uma nova versão da música tema.

Anderson Vidal

NAN