Crítica de Série | Jane The Virgin (1ª temporada)
Bernardo Moura
Uma das melhores séries do ano e que rendeu até um Globo de Ouro por melhor atriz em comédia à Gina Rodriguez neste ano, terminou sua primeira parte de capítulos. Jane The Virgin foi mantida durante todo o tempo como a série “fresca” da CW. Uma série que não se via há tempos desde que os lados vampirescos e de super-heróis dominaram a TV e os cinemas norte-americanos.
#Recap:
Bem, para quem não sabe, Jane foi inseminada acidentalmente num hospital onde tinha ido para uma consulta de rotina ao seu ginecologista. A jovem garota e cheia de sonhos era virgem (e permaneceu até o final da temporada como), agora, estava prestes a dar a luz e a desenvolver um feto em seu ventre, no qual nunca havia feito os voos da cegonha (ou do repolho ou do nheco-nheco). Só isso já basta para ser uma série de sucesso.
Ah, JTV foi inspirada na telenovela venezuelana de incrível sucesso “Juana la Virgen”. Seu formato lembra o antigo seriado também filmado pela CW, “Ugly Betty”, que foi inspirado na telenovela colombiana “Yo Soy Betty La Fea”. 😀
Seu caráter altamente jovial, colorido (lembrando facilmente o papa deste estilo, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar, e cheio de tramas que se enroscam umas às outras, JTV se manteve até o final fiel ao seu público: os latino-americanos e todo o restante que sofria e torcia pelos enredos desta história tão envolvente.
Com um auxílio de um narrador (hiper mega ultra bem-humorado, diga-se de passagem) e de ferramentas bastante interativas como o barulho de uma máquina de escrever ao digitar palavras em destaque da trama/cena e muitas, várias hashtags e palavras voadoras, o seriado tornou-se uma boa maneira de se entreter em frente à TV ou ao computador. Ela trouxe o mesmo sentimento que as novelas brasileiras de rádio ou de TV da antiga traziam para os lares brasileiros: a discussão, o debate, além de muitos risos e lágrimas.
Interessante foi ver que as tramas eram muito bem conduzidas. É claro que a história da gravidez de Jane foi o mote central. Mas só a perseguição de Sin Rostro (que, pelo visto, vai voltar na segunda fase), a família Petra, a família Solano, Rogelio (quer personagem mais engraçado que ele?) e a antiga briga de dois homens por uma mulher fizeram da série um caso bem – sucedido.
Após 22 capítulos (ou 22 episódios), Jane continua uma jovem sonhadora mas que agora se torna uma mulher um pouco mal – sucedida. A falta de emprego, a disputa por dois homens, o foco nos estudos de roteiro e as aventuras na família Villanueva se tornam questões menores com o nascimento do novo integrante da família, Mateo Gloriano Rogelio Solano Villanueva. Aliás, deixo aqui a pergunta que não quer calar e que vai ficar até outubro próximo:
#OndeEstaMateoGlorianoRogelioSolanoVillanueva #PobreJane #Atela