Crítica de Série | Reign (1ª Temporada)
Stenlånd Leandro
Warner Bros. e seu poder para criar triângulos amorosos (Vampire Diaries, The Originals, Arrow e claro Reign) faz com que a história desta série seja simplesmente um bocado mais do mesmo. Isso mesmo, está ficando chato, mas vamos lá…não há o que fazer, temos que criar a crítica. Mas sim, Reign é bem legal ainda que tenha esse “trelele” de “amor do triângulo das bermudas”.
Enquanto a TV e suas empresas focam mais e mais em séries de sci-fi e fantasia (Stargate Universe, Once Upon a Time in Wonderland, etc etc), Reign leva até você mais um seriado épico que conta a historia de Maria, Rainha da Escócia.
O problema é que a Warner Bros e seu canal CW já estão exagerando na quantidade de séries que envolvem temas juvenis, fantasia e heróis, entretanto, Reign é praticamente sua primeira série épica e sim, baseada em fatos.
A série enfrentou diversos problemas antes mesmo de sequer estrear. Uma das atrações mais antecipadas da emissora,simplesmente perdeu sua criadora, Stephanie SenGupta, que saiu alegando querer se dedicar a um novo projeto.
Indo direto ao seriado, o mesmo contará a história de Mary Stuart, famosa rainha da Escócia. Hoje conhecemos o país como pertencente ao Reino Unido e sob domínio da Rainha Elizabeth II. Mas no século XVI – período em que viveu Mary – a Escócia era um reino totalmente independente, mas que, por diversas vezes, entrou em conflito com a famosa Inglaterra.
A premissa da atração da CW envolve a juventude da rainha, seu envolvimento com o Rei Francisco II da França e o jogo do poder que envolvia os correspondentes reinos. Contudo o contato com de Mary Stuart com o poder é muito anterior a isso.
Até onde a história conta, com seis dias de idade, Mary já tinha direito legítimo ao trono, uma vez que seu pai Jaime V falecera. A posse do trono foi tomada por Jaime Hamilton, conde de Arran e representante da vertente religiosa protestante, que estreitou os laços do reino escocês com a vizinha Inglaterra. Hamilton chegou a prometer a mão de Mary Stuart ao filho de Henrique VIII – o famoso de The Tudors. No entanto, o parlamento, que ainda pertencia majoritariamente ao catolicismo, não apoiou a ideia, o que acarretou numa guerra entre os dois países.
No meio dessa tormenta , e de diversas ameaças de sequestro pelos ingleses, a mesma foi levada por sua mãe para a França com a promessa de casamento com o filho do Rei Henrique II, o então Delfim Francisco.
Mary Stuart ficou conhecida como Rainha Branca por se vestir da cor durante o luto de Francisco II. Lembram-se do seriado recente The White Queen? Pois aí que mora o problema. Se você tiver a ousadia de assistir “The Tudors” antes de “The White Queen”, até mesmo antes de Reign, vai ”pegar o bonde andando”, pois quanto mais séries épicas tentando explicar o murundum desse desenrolar, mais eu fico atordoado e sem entender necas. Assim como mostrará no seriado, Maria viajará com quatro amigas Mary Fleming, Mary Beaton, Mary Livingstone e Mary Seton para se educada na corte de Catarina de Médici, uma das mais importantes monarcas do Renascimento. Enquanto isso, a Escócia era governada por regentes, dentre eles Maria de Guises. O fato é que tais amigas de Maria, vão fazer toda a corte entrar em colapso, pois elas são muito ‘sapecas’.
E assim, com 16 anos, a futura rainha da Escócia terá de se casar com Francisco I e unir os dois reinos. Três anos depois da união, Francisco morrerá e Maria é obrigada a voltar para seu país e assim tomar posse do seu trono.
De acordo com os fatos que devem acontecer neste épico, Mary também seria herdeira legitima do trono inglês, com a morte de Maria I, filha do casamento católico de Henrique VIII. Ao invés disso quem assume é a famosa Elizabeth I, irmã de Maria I porém do casamento protestante de Henrique e Ana Bolena.
Amado leitor, agora tens ao menos uma pequena ideia de como a história será complexa para ser entendida a cada momento que passa? Disputas políticas e religiosas, casos extraconjugais, disputas com o irmão e primeiro-ministro escocês Jaime Stuart, acusações de traição, aproximar o anglicanismo do catolicismo, e distanciar-se do calvinismo, manifestações de apoio dos governos francês e espanhol, dentre outras desgraças.
O seriado ostenta um visual magnífico e fotografia idem, onde tudo é muito belo, apesar de exageradamente teen, ainda que esse não seja o problema da série, que definha um pouco quanto algumas gafes dos atores, que se você não for crítico, passarão despercebidas.