Crítica de Teatro | O Jovem Frankenstein

Colaboração

*Por Barbara Braga

O Jovem Frankenstein – Um Exercício Cênico

A peça volta à cena no FESTU Rio 2015 e é resultado de muita disciplina, ensaio e dedicação do diretor Rubens Lima Júnior, também coordenador do bem sucedido projeto UNIRIO Teatro Musicado.  Com elenco  e equipe técnica formados por estudantes da UNIRIO e de outras universidades, o espetáculo O Jovem Frankenstein é uma adaptação do texto de Mel Brooks e Thomas Meehan com versão brasileira de Alexandre Amorim.

Durante as três horas do musical (absolutamente não percebidas) conhecemos a história do Doutor Frederick Frankenstein, cientista de Nova York, que após a morte do avô herda um castelo na Transilvânia e lá, primeiramente a contragosto, acaba sendo levado por Igor, Inga e Frau  Blucher a dar continuidade as pesquisas do avô que tinham o intuito de trazer os mortos à vida. Com ritmo frenético, humor clássico e muitas piadas prontas e de duplo sentido que levam o público as gargalhadas, a peça prende a atenção do início ao fim e conta com um elenco afiado que canta dança e interpreta magistralmente, com destaque para Bruno Nunes, que interpreta o hilário servo Igor, impagável com suas caretas e expressão corporal e para os números musicais “Arrasar no Ritz” que tem uma cena de sapateado realmente arrasadora e “Transilvânia Delirante” com praticamente todo elenco em cena e uma música contagiante.

Conta com boa iluminação, cenário funcional, figurino rico e diversificado, coreografias sofisticadas e com influências de balé, jazz e sapateado e músicas muito bem interpretadas e totalmente em sintonia com o texto. Todos esses elementos somados  fazem de O Jovem Frankenstein, um exercício cênico com jeito de peça profissional  que não fica devendo  nada aos musicais da Broadway.

Vale muito a pena ser assistida e além de dar vontade de invadir o palco e dançar e cantar com o elenco, o fim da peça ainda deixa um gostinho de quero mais! Talvez por isso seja comum ver pessoas assistindo ao espetáculo mais de uma vez, eu vi duas e pretendo ver a terceira pois é um trabalho de muita dedicação e que merece esse prestígio.

Curiosidade: Essa peça encerra a trilogia do humor, que anteriormente encenou Spamalot e The Book of Mormon, todas dentro do projeto UNIRIO Teatro Musicado e com elenco universitário.

::FICHA TÉCNICA

Texto: Mel Brooks e Thomas Meehan
Música e letras: Mel Brooks
Versão Brasileira: Alexandre Amorim
Elenco: Luiz Gofman, Bruno Nunes, Flora Menezes, Carol Pita, Juliana Nogueira, Ester Dias entre outros
Figurinos: João de Freitas Henriques
Visagismo e Caracterização: Ester Dias
Iluminação: Anderson Ratto
Cenários: Cris de Lamare
Direção de Produção: Thayana Blois
Direção Musical: Marcelo Farias
Orquestrações e adaptações: Rafael Sant’Anna, Gabriela Alkmin e Erick Soares
Coreografia: Adriana Salomão
Direção Geral: Rubens Lima Jr

* BARBARA BRAGA
Taurina, professora de filosofia, apaixonada por cinema e gatos, atriz, roteirista E quando tem tempo tenta aprender a cantar e fotografar.

Colaboração

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