Foto: Divulgação
Beyoncé segue reinando em ‘Renaissance’
Rafaela Cunha
Após três anos de silêncio a “Queen B” ressurge com um álbum tão bom quanto mel a suas “abelhas” . Como o próprio nome diz Renaissance, marca a volta de Beyoncé, que teve seu último álbum de estúdio lançado no ano de 2016 (Lemonade).
Beyoncé sempre traz em suas composições temas relevantes e necessários como a importância, representação e influência da cultura negra na nossa sociedade; bem como a força e liberdade feminina; o amor próprio; e superação.
Diversão
Dessa vez, diferente das demais, o disco foi produzido única e exclusivamente com a intenção de divertir. Com batidas vibrantes e ritmos extremamente envolventes, Renaissance, composto por 16 faixas, tem o poder de não deixar ninguém parado (ou pelo menos com vontade de se remexer).
Segundo informações dadas pela da própria artista em 30 de julho, um dia após o lançamento do álbum, todas as canções foram produzidas no período da pandemia. Sobre esse processo ela declarou que:
“Criar este álbum me permitiu um lugar para sonhar e encontrar uma fuga durante um período assustador para o mundo. Permitiu que eu me sentisse livre e aventureira em uma época em que poucas outras coisas estavam se movendo”.
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Válvula de escape
E em meio a isso, Beyoncé deixou claro que a intenção é justamente fornecer aos seus fãs uma válvula de escape com seu som envolvente, garantido que pelo menos, naquele momento, os problemas atuais enfrentados por todos nós sejam esquecidos. “Foi uma bela jornada de exploração. Espero que você encontre alegria nestas músicas. Espero que inspire você a liberar o movimento. Ah! E para se sentir tão único, forte e sexy quanto você”.
Mantendo a mesma linha de mistério , como já é característico em seus lançamentos, a artista iniciou o processo de divulgação de Renaissance através de fotos publicadas pela revista Vogue Britânica, que trouxe logo na capa Beyoncé em cima de um cavalo, dando sequência a fotos em que a mesma aparece em roupas com estilos futuristas e cores vibrantes. Mesmo com todo o cuidado o disco passou por um vazamento dias antes da publicação oficial. Os próprios fãs, no entanto, bloquearam esse ‘pré-lançamento’ e, em agradecimento, a a artista publicou:
“Então, o álbum vazou. E vocês realmente esperaram até a data propícia do lançamento. Assim vocês todos podem aproveitar juntos. Eu nunca vi algo assim. Não posso agradecer o suficiente por esse amor e proteção. Eu agradeço a cada um que deu uma bronca naqueles que tentaram dar aquela espiadinha antes da hora. Isso significa tudo para mim. Obrigado pelo apoio inabalável de vocês. Obrigada por serem pacientes. Nós vamos aproveitar e curtir a música. Eu vou continuar dando tudo de mim e fazer o meu melhor para levar alegria a vocês. Amo vocês profundamente”.
Novo e vibrante
Desta maneira, a primeira canção “Break My Soul”, publicada nove dias antes do lançamento oficial, já deixou claro que o que estava por vir seria novo e vibrante, tendo milhares de acessos em poucas horas.
Na desenvolvimento deste trabalho, a artista teve também o cuidado de pesquisar a fundo informações sobre os envolvidos na produção do disco, para garantir de nenhuma das pessoas envolvidas tivesse algum tipo de histórico em casos de abuso (fato que infelizmente se faz recorrente nos meios artísticos).
Entre os compositores integrantes de Renaissance encontra-se nomes como o de Drake, Pharrell Williams, Skrilllex, A.G. Cook, BloodPop, bem como Jay-Z, marido de Beyoncé.
Deslize
Apesar de ter sido um grande sucesso logo de cara e de ter tido excelentes críticas, o disco também contou com um um deslize. Na faixa de número 11, “Heated”, produzida pelo também cantor Drake, foram encontrados termos que carregam consigo cargas pejorativas. Por isso, ativistas denunciaram a música, que faz referências de forma preconceituosa à paralisia cerebral.
A artista reconheceu a falha e declarou que irá regravar a música substituindo os termos. Além disso, completou dizendo que, em momento algum, as palavras foram deferidas na intenção de diminuir alguém, mostrando mais uma vez sua grandeza ao perceber um erro e provar que o processo de evolução é constante a todos.
Trono retomado
No demais , o álbum garante a cantora mais uma vez as melhores posições nas paradas de sucessos, tornando-se em poucos dias referência na música, na moda e iniciando quem sabe uma nova fase para os artistas pop.
Em resumo Beyoncè segue provando em Renaissance o por que tem sido, durante tantos anos, uma artística única em nossa geração. Portanto, devolvam o trono, porque a rainha ela está de volta!
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Ouça Renaissance, novo álbum da Beyoncé (2022)
Rafaela Cunha
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