CRÍTICA | ‘Game Of Thrones’ – Episódio 3 (8ª temporada)
Pedro Marco
122 minutos. Uma batalha de nível cinematográfico nunca antes vista na história da televisão. O suposto ápice da maior série da atualidade deu as caras na HBO para o deleite de todos os fãs das Crônicas de Gelo e Fogo. Com uma expectativa gerada e alimentada por 9 anos, o embate definitivo entre os humanos e os caminhantes brancos estourou com surpresas, mortes e polêmicas.
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Sendo preparada pelos últimos episódios, a “Batalha de Winterfell” pode começar sem muitos rodeios e permear toda a extensão do terceiro episódio desta temporada final. Dividindo-se os exércitos entre as hordas de Dothrakis, Imaculados e nortenhos, a batalha começa com uma primeira grande baixa onde o exército mais selvagem do além-mar, acaba perecendo e mudando de lado. Com cercos, trincheira de fogo, embate aéreo e até mesmo perseguições furtivas no interior do castelo, o aguardado embate esbanja sua inspiração na “Batalha do abismo de Helm”, e traz de volta a tensão que conquistou os fãs de lutas medievais desde a batalha dos bastardos.
No entanto, o aproveitamento de alguns personagens bastante desenvolvidos nos últimos episódios ficou um pouco aquém da expectativa mais geral do público. A recém nomeada cavaleira dos sete reinos, Brienne de Tarth, Jaime Lannister e Tormund, tiveram apenas breves lampejos quase mudos em uma extensão quase repetitiva de espadadas e recuos. O casal Targaryen mais shipado de Westeros também causou algumas torcidas de nariz, entre um combate de dragões escondido por névoas e nuvens, o público segue se questionando sobre a real motivação da ressurreição do rapaz.
Entre frustrações entre os desfechos de Beric Donddarion e a participação no episódio (e até então, na temporada) de Tyrion, fantasma e Bran, o episódio consegue se salvar em um saldo positivo pela sua variedade e extensão, gerando momentos gratificantes aos espectadores mais rígidos. O sacrifício de Lyanna Mormount, a despedida de Sor Jorah, a aflição de Sandor Clegane e o clima geral de desespero entre os exércitos, mantiveram o gosto de Game of Thrones na batalha.
Falando em gosto de Game of Thrones, tal qual tínhamos nos anos anteriores, a Batalha de Winterfell traz de volta o sentimento de completa dúvida acerca do que teremos pela frente. Ao surpreendentemente matar seu vilão principal no meio da temporada (em uma cena épica e de vibrar o crescimento de uma das personagens mais amadas pelos fãs), a série destina seus últimos momentos para retomar a parte política e de estratégia, desta vez em um embate entre um exército ferido e majoritariamente dizimado, contra outro em expansão e preparo. Será um dragão e um lobo gigante o suficiente para pender o lado desta balança? Ou ficará por conta da garra daqueles que realmente estão pisando em batalha com um objetivo claro, contra aqueles que lutam apenas pela ordem de sua soberana? A guerra dos tronos começa oficialmente agora, e como diria a atual rainha, nela você ganha, ou morre.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Game of Thrones
Temporada: 8
Direção: David Nutter
Roteiro: George R.R. Martin (baseado n’As Crônicas de Gelo e Fogo), David Benioff, D.B. Weiss, Dave Hill, Gursimran Sandhu, Ethan J. Antonucci
Elenco: Peter Dinklage, Nikolaj Coster-Waldau, Lena Headey, Emilia Clarke, Kit Harington, Sophie Turner, Maisie Williams, Liam Cunningham, Nathalie Emmanuel, Alfie Allen, John Bradley, Isaac Hempstead Wright, Gwendoline Christie, Conleth Hill, Rory McCann, Jerome Flynn, Kristofer Hivju, Joe Dempsie, Jacob Anderson, Iain Glen, Pilou Asbæk, Anton Lesser, Richard Dormer, Gemma Whelan, Ben Crompton
Produção: HBO
Distribuição: HBO
Gênero: Drama, Fantasia
Ano: 2019
Classificação: 16 anos