Juntos para Sempre

CRÍTICA | ‘Juntos para Sempre’

Alvaro Tallarico

O cão anjo da guarda.

Um lindo cão feliz, Bailey, e seu dono. Ah… o delicioso cheiro das manhãs. A rotina na fazenda, o companheirismo e a conexão entre homem e cachorro. A felicidade das coisas simples.

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A história

Então, neste adorável cenário de Juntos para Sempre (A Dog’s Journey), Ethan (Dennis Quaid em atuação simples) e Hannah (Marg Helgenbergen, elegante), vivem tranquilamente cuidando – com muita alegria e carinho – de sua neta inteligente, a pura fofura, Clarice Jane, a CJ. O pai, filho deles, por outro lado, faleceu. Por isso, a mãe Glória (Betty Gilpin, esforçada) está perdida, sonha em ser cantora, é displicente, fútil e insegura. Começa a sentir-se diminuída como mãe e vai embora.

Enquanto isso, Bailey está idoso e começa a dar sinais de cansaço e desgaste. Ethan pede a seu cão que proteja sua neta, assim como fez com ele antes.

A saber, Juntos para Sempre é uma sequência de Quatro Vidas de Um Cachorro”, baseado no homônimo best-seller de W. Bruce Cameron, A Dog’s Purpose. Um agitado cachorro morre e reencarna várias vezes em busca do significado de sua vida e querendo sempre reencontrar seu dono mais querido, Ethan. Ambos os filmes são eficientes para comover e trazer algumas lágrimas, principalmente se você gosta de cães. Também existe certa tendência ao conservadorismo familiar, pelo destino de cada personagem a partir de suas escolhas.

Juntos para Sempre

As agruras e alegrias que um filhote pode trazer

Abby Ryder Fortson vive CJ criança ao lado de seu grande amigo Trent (primeiro vivido por Ian Chen, e depois pelo astro canadense do K-Pop, Henry Lau, bem galã). Acabam adotando um cachorro cada. CJ fica com Molly, encarnação de Bailey. Vemos as agruras e alegrias que um filhote pode trazer. A cadelinha vira a grande amiga de todas as horas, até porque Gloria fica só bebendo e saindo com homens diversos.

A vida segue e agora Kathryn Prescott é CJ adolescente, procurando se encontrar no mundo, começando a tocar violão, em uma relação cada vez mais complicada com a mãe. O longa avisa que é mais inteligente gostar de bons meninos e cachorros em vez de babacas metidos a malandros e gente que não gosta de animais.

CJ chega à vida adulta e agora quer evoluir profissionalmente, porém é cheia de insegurança e vazia de autoconfiança. O pequeno cãozinho Max, em mais um retorno de Bailey, vem ao resgate. É um cachorro com uma missão: proteger, amar e cuidar. Não é a mesma de todos os cães?

O câncer é um importante tema que surge em Juntos para Sempre, e a utilização de cachorros para farejar a doença prematuramente, auxiliando em agilizar o tratamento.

Juntos para Sempre

Tocante e eficiente

O filme dirigido por Gail Mancuso é tocante, principalmente se você tem, já teve, ou terá um cão. Se não tem, sai com vontade de adotar um. E, sendo assim, lembre-se, nunca compre, somente adote! O motivo? Você tem ideia de onde vem aquele filhotinho vendido no pet shop e na feira? De um criadouro. Uma fêmea chamada de “matriz” é usada até seu máximo desgaste para ter o maior número de filhotes possível visando lucro. Muitas vezes essas cadelas ficam amarradas para facilitar o cruzamento. Quando ficam velhas e impossibilitadas de reproduzirem são abandonadas ou mortas. Ainda acabam contraindo abscessos nas mamas devido à frequente lactação. Os machos também sofrem. Alguns vão para exposições e quando ficam velhos ou com problema de saúde são descartados ou mortos. Os filhotes? Até irem para feiras ou pet shops são presos em lugares pequenos e lotados. Então, repito, NÃO COMPRE, ADOTE!

Enfim, voltando ao filme, Juntos para Sempre é razoável naquilo que se propõe. No fim, aprendemos que todos os cães merecem o céu. Lá tem muito espaço para brincar.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: A Dog’s Journey
Direção: Gail Mancuso
Elenco: Dennis Quaid, Marg Helgenberger, Kathryn Prescott
Distribuição: Universal
Data de estreia: qui, 06/06/19
País: Estados Unidos
Gênero: drama
Ano de produção: 2018
Duração: 108 minutos
Classificação: 12 anos

Alvaro Tallarico

Jornalista vivente andante (não necessariamente nessa ordem), cidadão do mundo, pacifista, divulgador da arte como expressão da busca pela reflexão e transcendência humana. @viventeandante
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