CRÍTICA | ‘Jurassic World – Reino Ameaçado’ traz à tona versatilidade de Chris Pratt

Stenlånd Leandro

Pouca gente sabe, mas uma das franquias cuja qual rendeu bilheteria durante toda sua longevidade foi Jurassic Park. Lançado em 1993, o primeiro longa-metragem foi uma baita surpresa, gerando milhões aos executivos de Hollywood. Após algum tempo, a Universal Pictures viu que havia mais do que apenas um filme de dinossauros e decidiu continuar com a saga. A expectativa positiva quanto ao sucesso de bilheteria de seu novo lançamento, Jurassic World: Reino Ameaçado vai se tornando uma enorme realidade à medida que a produção é lançada no mercado (aqui há pré-estreias desde esta quinta-feira, 14). Na verdade, a recepção do longa ao redor do globo neste último final de semana já superou as projeções esperadas pelos diretores e produtores.

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Baseado nessa informação, mas com J.A. Bayona (do ótimo “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”) chefiando a direção de Jurassic World: Reino Ameaçado, logo, é de dar certa aflição ao tentar imaginar o que vem por aí. A trama começa alguns anos após Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, quando o vulcão adormecido da Ilha Nublar, na Costa Rica, ameaça entrar em erupção, fazendo com que Owen (Chris Pratt, de “Vingadores: Guerra Infinita”) e Claire (Bryce Dallas Howard, da série Black Mirror”) montem uma campanha para resgatar os dinossauros que habitam o lugar dessa.

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Se este novo título será um sucesso, talvez não seja pelo novo diretor a cargo do projeto, mas por ele ter pego o barco andando na milionária franquia de dinossauros. Bayona absorveu como seu e conseguiu imprimir a sua marca na franquia, mas é algo que possivelmente com ou sem uma qualidade provinda do cineasta o faria no mínimo ter um breve sucesso que poucos possuiriam, visto que foi passado o bastão de Steven Spielberg. Quando se lança uma sequência, é esperado que ela supere as avaliações do filme antecessor. Infelizmente, a continuação não teve o efeito esperado.

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Com o Bayona ou sem, a famosa Ilha de Nublar foi esquecida e, consequentemente, abandonada. Mesmo que isso seja um fator considerável para que possamos imaginar que os animais estejam a salvos da ameaça humana ou qualquer que seja, o vulcão do lugar está ativo e acaba entrando em erupção ameaçando a sobrevivência da espécie e dividindo os humanos entre quem deseja salvar os dinossauros e aqueles que consideram que a natureza tem que seguir seu curso, sem interferências do mundo externo. De qualquer modo, por haver um novo título da franquia, deduz-se que o resgate dos animais é o mínimo concebível. Claire e Owen, protagonistas da aventura, decidem retornar à ilha para salvar os animais. É aí onde todo o tormento se inicia. Esse resgate dos dinossauros planejado pelos humanos acaba se tornando uma das coisas mais tensas e bizarras de toda a franquia, digno de cenário de videogame pela quantidade absurda de computação gráfica adicionada à película.

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Não deixa de ser curioso mencionar como os antagonistas estão retornando ao topo da lista com relançamentos nos cinemas UCI antecedendo à nova película. Se costuma acreditar naquilo que dizemos, sabe muito bem que a maioria das pessoas aprenderam que Blue é o último exemplar vivo de sua espécie – o que significa que os cientistas pretendem explorá-la. Muita gente ficou dividida quando foi revelado pela primeira vez que Jurassic World apresentaria um novo dinossauro criado geneticamente.

Poucos são os atores que possuem tamanha versatilidade como Chris Pratt, que continua beirando a perfeição com seu carisma e, acima de tudo, com uma atuação de dar inveja aos “Guardiões da Galáxia” ao viver o papel de Owen, enquanto os outros atores até que melhoraram se comparados às atuações de outrora, mas que não possuem razão para uma honrosa menção. Uma coisa que ficou bastante óbvia durante a projeção é que o relacionamento de Claire e Owen está muito mais aceitável e com um contraste ao que vimos no primeiro longa.

Assim como as tragédias do DC Universe no cinema aconteceram mesmo com Christopher Nolan assinando como produtor executivo, aqui, a situação é bem parecida. Steven Spielberg ocupa a cadeira de produtor executivo e nada mais. Ao que parece, a influência do histórico cineasta não pesou muito neste longa-metragem. Depois do espetacular “Jogador Nº1” que vimos este ano, é um fato a se lamentar.

::: TRAILER

::: FOTOS

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::: FICHA TÉCNICA

Título original: Jurassic World: Fallen Kingdom
Direção: J.A. Bayona
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Toby Jones
Distribuição: Universal
Data de estreia: qui, 21/06/18
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2016
Classificação: verifique em www.justica.gov.br/seus-direitos/classificacao

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN