CRÍTICA | ‘Máquinas Mortais’

Paola Jullyanne

Se você achava que já tinha visto tudo sobre como será o mundo pós-apocalíptico, Máquinas Mortais (Mortal Engines) está aí para mostrar que está totalmente enganado. Este filme traz um cenário completamente novo sobre um mundo que sobreviveu ao que eles chamam de “Guerra dos 60 minutos”, onde uma arma nuclear dizimou quase toda a população. Apesar de ser um assunto bastante explorado no cinema, os detalhes desta história fazem com que ela tenha um atrativo único e especial para o público.

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Estamos falando de cidades sobre rodas. É isso mesmo: cidades móveis e com estilos muito peculiares, desde Londres com seus museus e a catedral intactos, mesmo com o impacto de estar sempre em movimento e algumas vezes passando por terrenos difíceis. Por se tratar de uma megalópole, Londres literalmente se alimenta das outras cidades aproveitando os moradores e sua estrutura para gerar mais energia. A nossa história começa durante uma perseguição a uma dessas cidades.

Hester Shaw (Hera Hilmar) foi uma das moradoras que adentraram Londres por meio da cidade capturada, mas ela estava ali por outro motivo. Sua sede de vingança contra Thaddeus Valentine (Hugo Weaving) foi o que levou ao primeiro ato de confronto direto entre personagens. Daí em diante, várias revelações foram jogadas na tela fazendo com que a trama se tornasse cada vez mais interessante.

Foto: Universal Pictures / Divulgação

Apesar de alguns personagens não terem um bom desenvolvimento durante o longa, podemos destacar a participação de Jihae Kim, que interpreta Anna Fang, uma mulher forte e determinada que comanda as maiores cenas de ação com maestria. Máquinas Mortais é mais um filme com mulheres em destaque onde Hester, Anna e Katherine Valentine (Leila George D’Onofrio) formam as “heroínas”, que, mesmo nem sempre trabalhando juntas, têm o mesmo propósito e seus atos são essenciais para o fim da trama.

Baseado no livro homônimo de Philip Reeve, Máquinas Mortais conta com a co-produção do já conhecido Peter Jackson, o mesmo que dirigiu a trilogia “O Senhor dos Anéis”. A trilha sonora composta por Junkie XL não decepciona e nos envolve ainda mais nas cenas de ação que nos tiram o fôlego. Ao assistir em 3D, é ainda mais incrível ver os detalhes do maquinário e como as cidades conseguem se locomover de maneira espetacular. Uma obra cinematográfica que agrada mais pelos efeitos visuais do que pelo enredo em si, que conta com um desfecho um tanto raso e previsível.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Mortal Engines
Direção: Christian Rivers
Produção: Peter Jackson
Elenco: Robert Sheehan, Ronan Raftery, Hera Hilmar, Hugo Weaving
Distribuição: Universal
Data de estreia: qui, 10/01/19
País: Estados Unidos
Gênero: ficção científica
Ano de produção: 2017
Duração: 128 minutos
Classificação: 14 anos

Paola Jullyanne

Pernambucana/carioca, cinéfila de carteirinha e viciada em séries. Curto uma boa música e uma boa leitura, não sou apegada a padrões e adoro um desafio.
NAN