CRÍTICA | ‘Pokémon: Detetive Pikachu’

Alê Zephyr

Antes de falar sobre a obra em si, acho importante ressaltar um fato devido a inúmeras vezes que escutei: “achei o trailer legal, mas foi estranho ver o Pikachu falar”.

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Acontece que Pokémon: Detetive Pikachu (Detective Pikachu) é inspirado em um game homônimo, lançado oficialmente em março de 2018 (sendo que, em fevereiro de 2016, uma versão experimental e mais curta do jogo fora disponibilizada para download) para Nintendo 3DS.

O jogo apresenta uma grande diferença em relação à tradicional serie de Pokémon. Aqui, o jogador atua como um personagem chamado Tim Goodman, que, em parceria a um peculiar Pikachu falante, se aproveita do maior trunfo da dupla (enquanto um se comunica com humanos, o outro faz o mesmo com Pokémon). Eles seguem desvendando pequenos casos em torno do mistério central: o que realmente aconteceu com o desaparecido pai de Tim e parceiro do Pikachu falante, o detetive Harry Goodman.

Essa é, inclusive, a ideia geral da trama do filme, então vamos ao que interessa:

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Trama

Pokémon: Detetive Pikachu apresenta uma história de mistério e investigação infanto-juvenil, com seus clichês e frases de efeito bem conhecidos.

Não chega a ser infantil a ponto de irritar adultos, mas, ao mesmo tempo, não possui uma trama incrível, e nesse sentido, perde até mesmo para Pokémon – O Filme: Mew vs Mewtwo, o clássico primeiro longa da franquia de 1998, que desenvolvia uma questão existencialista em sua trama graças à criação sintética de questionador Mewtwo.

Trilha Sonora

Faço um destaque às músicas escolhidas para a trilha sonora, pois são um compilado de novidades (inclusive alguns K-Pop) e outros poucos clássicos da música pop e rock – alguém aí reparou que no próprio trailer toca “Happy Together”, dos Turtles, trilha já utilizada pela Nintendo no comercial do primeiro Super Smash Bros, ainda para Nintendo 64, de 1999? Pois é, deram uma caprichada especial na trilha. Eu tinha que ressaltar isso antes de chegarmos ao ponto mais alto do filme.

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Efeitos Visuais

“Na história do mundo há apenas uma coisa que o dinheiro não pode comprar… a graça do abano da calda de um cachorro”.

Essa frase é de Josh Billings e foi utilizada como abertura do clássico A Dama e o Vagabundo, da Disney. Sempre concordei com ela e, hoje, pude sentir seu significado em um novo nível nostálgico, quando, pela primeira vez, pude ver “a graça do abano da calda muito realista de um Growlithe”, o Pokémon da primeira geração inspirado em cães.

E, assim, são todos os outros que surgem na tela. De longe o detalhe mais emocionante para um fã de longa data é vislumbrar cada manchinha da pele de um Bulbasauro, a calda em chamas realistas de um Charizard, a íris irretocável e simpática de um Squirtle… enfim, toda a experiência visual que essa obra nos traz.

Foto: Warner Bros. Pictures / Divulgação

Diversas vezes durante Pokémon: Detetive Pikachu eu me desliguei do mundo, inclusive da história que estava se desenrolando na minha frente. Bastava surgir na tela um Pokémon real como nunca antes havia visto e lá estava a sensação de que valia a pena estar ali.

Como já disse anteriormente, em geral, Pokémon: Detetive Pikachu é um filme infanto-juvenil, então leve a garotada ao cinema, eles vão se divertir muito. Mas se você gosta de Pokémon, simplesmente não perca essa experiência. VÁ AO CINEMA!!! É um conselho sério de fã pra fã.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Detective Pikachu
Direção: Rob Letterman
Elenco: Ryan Reynolds, Justice Smith, Kathryn Newton, Bill Nighy
Distribuição: Warner
Data de estreia: qui, 09/05/19
País: Estados Unidos, Japão
Gênero: aventura
Ano de produção: 2018
Classificação: livre

Alê Zephyr

Alê Zephyr é um rockeiro e colecionador de biografias e livros de rock. Paulistano, sua profissão é barista, o especialista do café. Não se lembra quando nem como teve início sua paixão por artes.
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