CRÍTICA | ‘Robin Hood: A Origem’ é um filme raso sobre uma história já contada
Paola Jullyanne
Robin Hood: A Origem (Robin Hood: Origins) é a nova produção da Lionsgate, que estreia no dia 29 de novembro nos cinemas, com distribuição da Paris Filmes. O longa-metragem nos traz uma narrativa sem grandes impactos sobre uma história já bastante conhecida. Com direção de Otto Bathurst e roteiro dos estreantes Ben Chandler e David James Kelly, temos uma versão bem diferente do que vimos anteriormente, com um herói mais jovem e com um tom mais moderno.
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Na cidade de Notthingam, lorde Robin de Loxley (Taron Egerton) é convocado para uma guerra na África, cujo objetivo é levar mais riquezas à Inglaterra. Deixando sua amada Marian (Eve Hewson) e sua vida para trás, ele segue nessa cruzada. Quando volta para casa, percebe que sua fortuna foi confiscada pelo xerife (Ben Mendelsohn), que também deixou a população mais pobre após aumentar absurdamente o valor dos impostos. E para completar, Marian agora tem um relacionamento com Will Scarlet (Jamie Dornan).
Ao encontrar uma cidade em ruínas, a população sofrendo com os abusos da Igreja Católica e do xerife, Robin, com a ajuda de Little John (Jamie Foxx), um amigo que ele conheceu na guerra, trama um plano revolucionário para resolver esta situação. A partir daí, Loxley será um lorde, durante o dia mantendo contato com a monarquia e à noite será o Robin Hood que rouba dos ricos para dar aos pobres.
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Robin Hood: A Origem acerta nas cenas de ação, sejam elas com flechas voando pela tela ou perseguição com cavalos. Já o vilão deixou a desejar. Seus diálogos forçados e caricatos fogem do sentido da trama, tornando algumas cenas que seriam sérias em algo cômico e trágico. O personagem de Jamie Dornan começa como um salvador da pátria, ajudando a população antes da chegada do Hood. No entanto, acaba por se tornar um homem invejoso e ciumento, fazendo com que o personagem fique fraco e sem grande destaque.
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Os atores Taron Egerton e Eve Hewson demonstram bastante entrosamento nas cenas, formando um casal carismático. Quando estão juntos, conseguimos ver um herói revolucionário e também um homem capaz de tudo pela sua amada. Vale destacar a ótima interpretação de Jamie Foxx como coadjuvante, ele rouba a cena em alguns momentos, se tornando totalmente necessário para a resolução da história.
Robin Hood: A Origem não é uma produção acima das expectativas, entregando apenas o básico, com alguns erros no figurino e acessórios. Ao terminar a sessão, temos a convicção que vimos mais do mesmo: um filme bem produzido, mas que não tem nada a acrescentar no mundo da sétima arte.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Robin Hood: Origins
Direção: Otto Bathurst
Elenco: Taron Egerton, Jamie Foxx, Jamie Dornan
Distribuição: Paris
Data de estreia: qui, 29/11/18
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2018
Duração: 91 minutos
Classificação: 14 anos