CRÍTICA | ‘Stranger Things’ (3ª Temporada)

Stranger Things estreou no dia 04 de julho a sua terceira temporada e mostrou a que veio. Em menos de uma semana, a série já bateu o recorde de mais de 40 milhões de acessos ao conteúdo pelo mundo inteiro. O novo ano do seriado mantém o clima nostálgico dos anos 80 e uma narrativa com características mais voltadas ao gênero do terror.

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A trama

Tendo passado apenas um ano desde os últimos acontecimentos “sobrenaturais” em Hawkins, Will (Noah Schnapp), Dustin (Gaten Matarazzo), Eleven (Millie Bobby Brown), Mike (Finn Wolfhard), Max (Sadie Sink) e Lucas (Caleb McLaughlin) já são adolescentes. Isso faz com que eles passem bastante tempo envolvidos em questões de relacionamento. Enquanto isso, uma equipe militar russa está criando uma máquina para reabrir o portal que leva ao mundo invertido.

Em Stranger Things 3, o grupo de amigos foi dividido entre os casais Eleven e Mike e Lucas e Max. Dustin passou o Verão todo fora e acabou perdendo um pouco a conexão com os outros. Por outro lado, Will só quer que tudo volte a ser como era antes deles descobrirem o mundo invertido. Quando o quarteto ficava no porão de Mike brincando com jogos intermináveis. Steve (Joe Keery) agora trabalha em uma sorveteria do novo shopping da cidade. Já Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan (Charlie Heaton) conseguiram estágio em um jornal e estão tentando aprender a agir como adultos.

Stranger Things / Netflix

Protagonismo feminino

Assim que o Devorador de Mentes reaparece e tenta recrutar o máximo de humanos possível para seguir com seu plano de vingança, a série passa a ser dividida em três núcleos. Hopper (David Harbour) e Joyce (Winona Ryder) estão tentando descobrir o que está levando a cidade a sofrer com acontecimentos “sobrenaturais”. Por outro lado, Dustin, Steve, Robin (Maya Hawke) e Erica (Priah Fergunson) conseguiram interceptar frequências de rádio usadas pelos russos. Já Will, Eleven, Mike, Max, Lucas, Nancy e Jonathan enfrentam o monstro cara a cara.

Vale ressaltar ainda que, nesta temporada, o protagonismo feminino esteve em alta. Erica, irmã de Lucas, teve um maior destaque, tornando-se peça fundamental para a descoberta do esquema russo. A amizade de Eleven e Max, que começou nesta temporada, trouxe muitos momentos divertidos entre as personagens. Entretanto, Joyce e Nancy foram responsáveis pelas investigações que desenrolaram a trama. Algo que as colocou em bastante evidência. Por fim, temos Robin. A personagem foi crescendo aos poucos e passou a ser essencial no decorrer da trama.

Stranger Things / Netflix

Stranger Things é uma série para todos os tipos de público e, desde o seu início, vem unindo gerações. Sejam os que viveram na década de 80 ou os que têm curiosidade de saber como era a vida antes da era digital. Este ano, o seriado aumentou ainda mais o seu núcleo de representatividade, incluindo no elenco uma personagem LGBT. O tema, entretanto, não foi tratado como tabu. Uma decisão que só fez com que a personagem tivesse ainda mais visibilidade.

Carregando fãs de todas as idades pelo mundo inteiro, certamente, o sucesso de Stranger Things está longe de mudar.

::: TRAILER

https://www.youtube.com/watch?v=pfK5oCAK4oE