Supergirl

‘Supergirl’ – 4ª Temporada | CRÍTICA

Fernando Coutinho

Apesar de não ser perfeita (e alguma série é?), Supergirl acaba sendo a de maior constância dentre as séries da CW. Os inevitáveis altos e baixos não formam grandes desníveis entre si e, talvez, seu maior mérito seja conseguir trazer algumas discussões bastante atuais de forma natural e não caricata.

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Temas com viés sociais

Nessa temporada, Supergirl abordou a suspensão do Ato de Anistia Alienígena, um tema de viés social, como a xenofobia (ou seria alienfobia?) e o preconceito. Além disso, voltou a investir na discussão de gênero, trazendo provavelmente a primeira heroína transgênero (ao menos na telinha) – Nia Nall, a Sonhadora, depois de desenvolver de forma muito humana a descoberta da homossexualidade de Alex Danvers em temporadas passadas.

Quanto ao enredo, tivemos o desenvolvimento de Ben Lockwood/Agente Liberty, um outrora “cidadão de bem” que teve sua família atingida por conseqüências de ações da Supergirl,. o que o levou a uma espiral de ódio aos alienígenas e, ao mesmo tempo, tornar-se um líder para os demais “cidadãos de bem” que concordavam com seu modo de pensar. Isso levou à criação do grupo Agentes da Liberdade. No entanto, tal desenvolvimento viria a ser esclarecido numa reviravolta mais ao final da temporada como sendo arquitetado pelo verdadeiro vilão da temporada.

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Ademais, temos a Filha Vermelha, um clone gerado pelo uso do Harun-El pela Supergirl para derrotar Régia na temporada anterior. Ela surge em Kasnia, uma república soviética, sendo “doutrinada” em seus princípios com a ajuda de Lex Luthor, que faz o papel de um tutor que quer ensiná-la a lutar pela justiça.

Melhor Lex Luthor de todos?

O Lex Luthor de Jon Cryer foi, provavelmente, o ponto alto da série, roubando a cena. Embora não tenho sido um primor e suas aparições no total tenham sido curtas e limitadas, tivemos talvez o melhor Lex Luthor de todas as telas (ainda mais se levarmos em conta o ridículo Luthor de Jesse Eisenberg), alternando momentos de frieza e calculismo com crueldade e pura vilania.

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No mais, tivemos os defeitos recorrentes de várias séries de TV, acima de tudo, alguns efeitos especiais muito fracos, subtramas pouco ou mal desenvolvidas, sequências apenas para encher tempo e algumas reviravoltas mal colocadas.

Em suma, diante de tudo, Supergirl, provavelmente, segue como a série do “Arrowverso” com maior fôlego para mais algumas temporadas. Por fim, resta saber como ficará diante das consequências da vindoura Crise nas Infinitas Terras.

::: TRAILER

https://www.youtube.com/watch?v=XcsOph_nqm0

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Legends of Tomorrow
Temporada: 4
Desenvolvedor (es): Greg Berlanti, Andrew Kreisberg, Ali Adler
Produtor(es): Sarah Schechter, Ali Adler, Andrew Kreisberg, Greg Berlanti
Distribuição: The CW
Produção: Berlanti Productions, DC Entertainment, Warner Bros. Television Distribution
Distribuição: Warner Bros. Television
Elenco: Melissa Benoist, Mehcad Brooks, Chyler Leigh, Jeremy Jordan, David Harewood, Calista Flockhart, Chris Wood, Floriana Lima, Katie McGrath, Odette Annable, Jesse Rath, Sam Witwer, Nicole Maines, April Parker Jones
Data de estreia: ter, 14/10/18
País: Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2018
Duração: 45 minutos
Classificação: 12 anos

*Baseado em personagens de Jerry Siegel e Joe Shusterda DC Comics

Fernando Coutinho

Profissional e professor de TI, é nerd desde antes do termo virar moda e da Internet ganhar o mundo. Antenado em tecnologia, literatura, filosofia, quadrinhos, filmes, séries, fotografia e boa música. Acredita que A Verdade Está Lá Fora e ao mesmo tempo dentro de cada um.
NAN