CRÍTICA | ‘Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw’
Paulo Cardoso Jr.
Chega mais um Velozes & Furiosos aos cinemas e daqui a pouco (como diz a música) já não teremos mais dedos para contar o número de continuações! Sendo superado apenas, pelo conjunto da obra, por “Sexta-feira 13” e pelo lendário assassino Jason Voorhees. Mas será mesmo que essa é uma continuação da franquia?
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Carros? Participações especiais
Teoricamente, Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw) seria o 9º filme da série. Lembrando que o segundo e terceiro filmes foram meio que independentes até Vin Diesel se dar conta que a trama rendia milhões de dólares e concordou em voltar. De qualquer forma, todos tinham os carros como atrações em todas as missões e, independente da dificuldade, eles eram sempre coadjuvantes de luxo. Entretanto, isso não foi “respeitado” no longa deste ano. Todo aquele glamour dos carros desapareceu quase por completo nessa nova aventura e nem mais coadjuvantes são. No máximo, fizeram uma participações especiais.
A trama
No filme, o policial Luke Hobbs (Dwayne Johnson) terá que se juntar, meio que a contragosto, com o assassino de aluguel Deckard Shaw (Jason Statham). Eles precisarão enfrentar uma situação de proporções mundiais no prazo máximo de 72 horas. O tempo, no entanto, começou a contar antes mesmo de começarem a trabalhar juntos. O arqui-inimigo da vez é um cyber-terrorista modificado geneticamente e com força sobre-humana. A química entre os dois funciona perfeitamente e ambos conseguem dar um toque de humor no meio de tantas cenas de ação. A forma com que cada um leva a vida, e até mesmo as diferenças de estatura e força são motivos de inúmeras piadas durante toda a projeção.
A trama toda é muito bem amarrada, mas com algumas falhas na parte final. Principalmente no que diz respeito à passagem de tempo. Perseguições, lutas e explosões não faltam. Certamente os US$ 200 milhões de orçamento foram muito bem gastos. O antecessor, “Velozes & Furiosos 8”, porém, custou mais: US$ 250 milhões. O investimento, entretanto, valeu a pena, visto que a produção rendeu mais de US$ 1,2 bilhão. Será que a dupla consegue ultrapassar essa marca? O filme, em si, perde um pouco do seu ritmo alucinante na parte final, mas os 136 minutos passam voando. Destaque para a participação especial de Ryan Reynolds, que faz o papel de uma agente do FBI amigo de Hobbs.
Sem o selo de ‘Velozes & Furiosos’
Mas afinal, Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw é um filme com selo de qualidade “Velozes & Furiosos”? Na minha opinião, não. É um ótimo filme de ação, com muita correria e pancadaria. Contudo, faltam dois ingredientes importantes. Um já citado, que são os carros. O outro é a equipe, a “Família Toretto”, que foi construída e mantida em praticamente quase todas as sequências. Claro que se fosse para fazer algo independente, mas com personagens da franquia, nada melhor que juntar Hobbs e Shaw. Afinal, são os dois personagens mais carismáticos que entraram para a franquia. Não é à toa que Dwayne Johnson e Jason Statham estão como produtores desse filme.
Em resumo, entre mortos e feridos, não sobrou muita gente de pé para contar a história. Independentemente de ser ou não um autêntico “Velozes & Furiosos”, é um ótimo filme de ação. Sem muito que pensar nem reviravoltas mirabolantes, ou seja, entretenimento puro. É só sentar, relaxar e curtir. O longa tem ainda duas cenas pós-créditos. Até a próxima derrapagem!
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw
Direção: David Leitch
Elenco: Dwayne Johnson, Jason Statham, Idris Elba
Distribuição: Universal Pictures
Data de estreia: qui, 01/08/19
País: Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2018
Duração: 136 minutos
Classificação: 14 anos